A capacidade instalada de
energia eólica no mundo deve crescer 9% entre 2021 e 2030 e chegar a mais de
1.756 GW acumulados, segundo novo relatório da Wood Mackenzie divulgado em
14/12/21. A China deu um grande impulso às últimas previsões, com incrementos
médios de 48 GW a cada trimestre, sendo responsável por quase 70% do aumento
para a perspectiva global de 10 anos.
A análise deste quarto
trimestre reporta aumento de 69 GW em novos aerogeradores na comparação com a
perspectiva do trimestre anterior para o final desta década. Para o diretor de
pesquisa da Wood Mackenzie, Luke Lewandowski, o rápido crescimento da demanda
energética segue impulsionado pelo setor industrial chinês, com a recente
escassez de energia em setembro tendo acelerado a determinação do país no
desenvolvimento das tecnologias renováveis.
“Atualizamos nossa
perspectiva de capacidade eólica instalada na China, que deve adicionar 458 GW
nesta década e continuará a liderar o ranking global”, destacou o executivo.
O levantamento aponta que a
demanda aguda por energia ao longo da costa chinesa desencadeou uma atualização
de 13 GW no setor eólico offshore, em grande parte concentrado de 2023 a 2026.
Já o compromisso da nação com emissões líquidas zero deve gerar 88 GW de vento
offshore adicional capacidade até 2030.
Na perspectiva trimestral nos
Estados Unidos e na Europa os ajustes combinam-se para contribuir com 22 GW de
capacidade adicional, uma vez que esses mercados respondem às metas de
descarbonização e aos mecanismos de incentivo esperados.
A expectativa é de que o congresso americano aprove uma extensão de 100% do Crédito Fiscal de Produção, o que resultaria em quase 12 GW adicionais, impactando principalmente o período de 2026 a 2030, quando os incrementos atingirão em média 18 GW se os investimentos na rede se materializarem. Hoje USA está em 2º lugar em termos de nova capacidade global na década, com 150 GW.
Por sua vez os 3,3 GW na perspectiva do sul europeu, principalmente devido aos desenvolvedores eólicos que ganharam a totalidade de um lote de 1,1 GW tecnologicamente neutro em outubro, contribuiu para perspectiva de quase 10 GW em todo continente neste trimestre. Oriente Médio e África tiveram ajustes mínimos, embora o avanço da construção eólica na África do Sul, Omã, Israel e Egito indique que o desenvolvimento está no ritmo da previsão.
Japão
cai, Vietnã sobe
Contrariando
a tendência de aumento de capacidade está o Japão, que caiu cinco posições para
a 16ª posição nos principais mercados para novas classificações de capacidade
eólica. O rebaixamento de 2,5 GW para o país é causado por uma meta offshore
mais conservadora do que o previsto, com menos 800 MW para a perspectiva da
Ásia-Pacífico, excluindo a China. O país agora está projetado para adicionar
11,7 GW de nova capacidade nesta década.
Por
sua vez o Vietnã é considerado a estrela em ascensão, tendo relatado um aumento
de 33 vezes em novas adições de potência em apenas um ano, já que os
desenvolvedores pressionaram para capitalizar no FIT eólico que expirou no
final de outubro. O mercado está atualmente classificado em 17º no quesito, com
9,9 GW de novas instalações esperadas no período.
Na visão do analista Robert Liew o Vietnã deixou de ser um mercado emergente para se tornar o segundo maior mercado eólico regional da Ásia-Pacífico, excluindo a China. Os 3,3 GW oficiais divulgados pelo Ministério da Indústria e Comércio provavelmente incluirão projetos que conseguiram garantir certificados COD, apesar de não estarem totalmente concluídos, já que as empresas correram para garantir FITs eólicos antes que expirassem no final de outubro/2021.
Potencial de solar e eólica é 100 vezes maior que a demanda global de energia. (canalenergia)
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