• A BYD deu mais detalhes sobre o início
das suas operações no Brasil. A fabricante chinesa abriu as pré-reservas do BYD
Tan, que será o primeiro SUV elétrico de sete lugares do Brasil, e prometeu a
inauguração de 35 concessionárias no primeiro semestre de 2022 para iniciar as
vendas do modelo.
Black
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A
fabricante planeja que o lançamento do BYD Tan aconteça entre janeiro e
fevereiro, com preços entre R$ 400.000 e R$ 500.000. Sua oferta ficará maior em
maio com o lançamento do sedã elétrico Han na mesma faixa de preço. Até o final
do ano ainda terá modelos menores e híbridos no Brasil, o SUV Song e o sedã
Qin.
O BYD Han tem dois motores elétricos. O dianteiro tem 245 cv e o traseiro, 272 cv. Combinados, entregam 517 cv e 69,3 kgfm. Com seus 2.455 kg, inclina pouco nas curvas graças ao peso das baterias concentrado no assoalho. A direção é rápida e fica bem pesada em alta velocidade para garantir a estabilidade mesmo quando alcança (rápido, diga-se) a máxima de 180 km/h. Em teste exclusivo feito por QUATRO RODAS, foi de 0 a 100 km/h em 4,9 s.
Pela lanterna, vai ter gente achando que o BYD Tan é um Dodge.
De
acordo com a BYD, a bateria Blade, de fosfato de ferro-lítio (LFP) tem 86,4 kWh
e garante autonomia combinada de 437 km segundo o Inmetro, sendo 395 km para
uso em estrada e 472 km em rodagem urbana.
Como
é o BYD Tan?
Na lateral do SUV, o vidro que cobre toda a coluna C lembra o Toyota SW4 e as rodas aro 22 não destoam do tamanho das caixas de roda. Por sinal, encobrem os grandes freios Brembo, necessários pelo porte e peso. O limpador traseiro escondido no aerofólio revela preocupação com detalhes, mas a traseira chama atenção mesmo é pelas lanternas integradas, que parecem as mesmas dos Dodge Durango e Charger.
Painel tem visual moderno e bom acabamento, com direito a faixa de Alcantara.
A cabine surpreende pelo design e pelas superfícies de toque macio com costuras, nas portas e no painel, que também têm partes em Alcantara e outras retroiluminadas pelas luzes ambiente configuráveis. A qualidade dos acabamentos não se compara com outros carros chineses que vimos no Brasil.
Bancos da frente têm ajuste elétrico e ventilação. Atrás, ajuste de inclinação.
No console, um bom porta-objetos sob as saídas de ar centrais, botões de acesso rápido às funções do carro ao redor da alavanca seletora de marcha, um carregador sem fio para smartphones e o apoio de braços com um grande compartimento dentro.
Fabricante de telas, a BYD colocou o que tem de melhor em seus carros. A qualidade do quadro de instrumentos digital salta aos olhos, tanto pela definição quanto pelo contraste e pela profundidade da cor preta.
Espaço da terceira fila é apenas bom, mas porta-malas varia entre 235 e 940 litros.
A central multimídia parece saída de um bom notebook, tanto pelas dimensões (são 15,6 polegadas) quanto pela qualidade da imagem. Contudo, em vez de se fechar, a tela rotaciona em 90° para uma exibição vertical. O movimento é automático, acionado por botões na tela e no volante. Ao desligar o carro, ela volta à horizontal. A intenção é permitir que os passageiros possam visualizar as informações como bem quiserem, inclusive dividindo a tela entre os apps disponíveis.
A interface da central é rápida e intuitiva, com direito a um menu com as principais funções ao arrastar o menu superior para baixo. Contudo, a integração da interface com Android Auto e Apple CarPlay ainda está em desenvolvimento. A BYD também prepara um app para comandar o carro remotamente – na China, é possível acionar o assistente de baliza automática pelo celular, de fora do carro.
Freio com disco perfurado da Brembo são de série.
Há mais equipamentos de carros de luxo, como o ajuste elétrico para a direção, câmeras de visão 360° de alta resolução, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa (que exibe alertas na base do volante), teto solar panorâmico, porta-malas com abertura elétrica e um potente sistema de som Dirac – mesma fornecedora dos Rolls-Royce e Bentley.
Cofre é grande, pois há versões híbridas na China.
Como nos Tesla, há câmeras para gravar o trânsito e a cabine integrados ao carro (dá até para tirar fotos com elas), e um cartão NFC que pode substituir a chave presencial. Os bancos dianteiros abraçam os ocupantes, têm ajustes elétricos, ventilação e aquecimento, mas o material sintético da forração poderia ter toque melhor.
Quadro de instrumentos é configurável e oferece ótima resolução.
O
espaço na segunda fila é bom e a bateria no assoalho não compromete o conforto
para as pernas. A seção direita rebate para facilitar o acesso à terceira
fileira e também pode deslizar para aumentar o espaço por lá (que não sobra,
mas também não é dos piores). Ou seja, é ótimo para levar crianças e tolerável
para adultos apenas em viagens curtas.
O
BYD Tan está disponível em cinco cores: azul, branca, vermelha, cinza e preta.
A garantia é de cinco anos para o carro e oito anos ou 500.000 km para as
baterias. (quatrorodas.abril)
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