Albuquerque participou da
abertura da décima edição da Conferência Internacional Nuclear do Atlântico,
quando destacou que MME tem avançado, em coordenação com outras áreas do
governo, para promover a expansão da energia nuclear na matriz energética e
consolidar a posição do Brasil no setor. O evento promovido de forma virtual
pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) tem como tema a tecnologia
nuclear e a redução da pegada de carbono.
“Temos foco no desenvolvimento de energias limpas e renováveis, e destacamos que o Brasil tem uma das matrizes de energia elétrica mais limpa do mundo, com 85% de fontes renováveis”, disse o ministro no discurso em 29/11/21. Albuquerque lembrou que nos últimos três anos os investimentos contratados nos setores de energia e mineração ficaram próximos de US$ 90 bilhões e representaram mais de 70% de toda a carteira de projetos do governo federal.
Ele disse ainda que o Brasil vai começar uma nova etapa na atividade de regulação, fiscalização e licenciamento, com a atuação da recém-criada Autoridade Nacional de Segurança Nuclear. A nova agência reguladora da atividade no país terá, na visão do ministro, grandes desafios com a retomada do Programa Nuclear Brasileiro e a expansão esperada em todos as áreas desde a mineração até a aplicação final na geração de energia elétrica, passando pela fabricação de radiofármacos, radiação de alimentos, e pelo futuro reator multipropósito (RMP), que vai concentrar as pesquisas relacionadas a todos os setores.
O presidente da Aben, Carlos
Henrique Mariz, ressaltou que o setor está em sintonia com as preocupações da
sociedade com o aquecimento global, e que a fonte nuclear tem um grande papel
como alternativa para produção de energia de base, com mínima emissão de gases
de efeito estufa, para substituir a produção a partir de combustíveis fósseis. “O
momento é de intensa atividade na geração de energia nuclear no mundo e no
Brasil com anúncios de projetos de construção de novas usinas e expansão da
vida útil de muitas em operação”.
Já o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, afirmou há pessoas no mundo sem acesso à eletricidade. “Aliviar a sua pobreza tem que fazer parte do nosso plano, e isso significa que a demanda por energia vai crescer, e que a demanda por energia nuclear vai aumentar, sendo necessário desenvolver ações para aumentar matrizes energéticas com baixo teor de carbono”, acrescentou Grossi.
Além da conferência que termina em 02/12/21, vários eventos voltados para a academia, centros de pesquisa e para a indústria estarão acontecendo simultaneamente. Entre eles, os encontros técnicos de Física de Reatores e Termo hidráulicos (Enfir), de Aplicações Nucleares (Enan) e da Indústria Nuclear (Enin). Há também a ExpoINAC, uma exposição de projetos e materiais, e sessões técnicas de pôsteres Juniores, destinadas a estudantes de graduação. (canalenergia)
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