domingo, 4 de junho de 2023

Brasil apresenta a maior produção de energia limpa dos últimos 12 anos

Em janeiro/2023, as fontes renováveis de energia foram responsáveis por 91,2% do abastecimento do SIN.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelaram que o Brasil registrou, no primeiro trimestre/2023, a maior produção de energia limpa dos últimos 12 anos. Com isso, mais de 90% da energia gerada e utilizada pela sociedade foi produzida a partir de fontes renováveis – hidráulica, eólica, biomassa e solar, o que não acontecia desde 2011. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os resultados apurados nos 3 primeiros meses deste ano representam não só o bom aproveitamento das hidrelétricas e dos recursos, mas, também, o resultado das políticas para a atração de investimentos e a ampliação do número de parques eólicos e usinas solares no país.

Em janeiro, as fontes renováveis de energia hidráulica, eólica e solar, somadas, foram responsáveis por 91,2% do abastecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nos meses seguintes, esse patamar se manteve elevado, com fevereiro registrando 92,6% e março, com base nos dados apurados até o dia 29, chegando a 92,4%. A participação de geração das fontes renováveis não superava 90% desde 2011, reflexo não só do bom aproveitamento de recursos, como também da ampliação do número de usinas.

De acordo com o ONS, os números confirmam que o Brasil tem uma capacidade diferenciada de geração de energia limpa, se comparado com outros países. O sistema elétrico brasileiro já é sustentado por fontes renováveis que também oferecem segurança energética, isto é, conseguem atender plenamente às demandas de carga e potência.

Ainda de acordo com a ONS, os cenários prospectivos para os próximos meses são positivos. Estudos apontam que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), ao final de agosto, deve atingir Energia Armazenada (EAR) entre 76,2%, nas análises menos favoráveis, e 90%, na perspectiva mais elevada. Mesmo se confirmada a suposição inferior, o indicador estará 20,2% acima do aferido em agosto de 2022.

O SE/CO é responsável por 70% da energia armazenada no país. Para 31 de agosto, a EAR do SIN deve variar entre 77,6% e 89,3%. Os armazenamentos projetados pelo Operador indicam condições confortáveis para o atendimento ao SIN em 2023.

Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ano de 2023 deverá ter recorde histórico de expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica. A expectativa é de um crescimento da geração de cerca de 10,3 GW (2023). O MME estima que as usinas solares centralizadas e eólicas responderão por mais de 90% da ampliação na capacidade de geração do Brasil.

Investimentos

Alexandre Silveira reforçou o empenho do MME e do Governo Federal em avançar na geração de energia limpa e renovável. Na última semana, o ministro participou, ao lado do presidente da República, da inauguração do primeiro complexo de geração associada de eólica e solar no Brasil, no sertão paraibano.

Durante o evento, Silveira anunciou o investimento de aproximadamente R$ 50 bilhões para a execução do maior programa de transmissão de energia elétrica no Nordeste brasileiro, com a construção de mais linhas que consigam escoar a geração de energia solar e eólica no País.

O investimento em renováveis é parte integrante do planejamento energético realizado pelo Ministério de Minas e Energia, gerando um fomento constante que permita que sejam competitivas e disponíveis na cesta de ofertas da expansão energética do País.

Nesse sentido, o Plano Decenal de Expansão (PDE), importante instrumento indicativo do planejamento nacional para o período decenal, estima que, até 2031, cerca de R$ 119 bilhões sejam investidos na geração renovável centralizada. Cerca de 60% desse total deve ser disponibilizado para as fontes solar e eólica, principais vetores da expansão renovável no Brasil. Na geração descentralizada, que inclui a Geração Distribuída e os Sistemas Isolados, esse montante poderá alcançar R$ 121 bilhões, com quase 80% do total referente às fontes anteriormente citadas. (canalenergia)

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