Em janeiro, as fontes
renováveis de energia hidráulica, eólica e solar, somadas, foram responsáveis
por 91,2% do abastecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nos meses
seguintes, esse patamar se manteve elevado, com fevereiro registrando 92,6% e
março, com base nos dados apurados até o dia 29, chegando a 92,4%. A
participação de geração das fontes renováveis não superava 90% desde 2011,
reflexo não só do bom aproveitamento de recursos, como também da ampliação do
número de usinas.
De acordo com o ONS, os números confirmam que o Brasil tem uma capacidade diferenciada de geração de energia limpa, se comparado com outros países. O sistema elétrico brasileiro já é sustentado por fontes renováveis que também oferecem segurança energética, isto é, conseguem atender plenamente às demandas de carga e potência.
Ainda de acordo com a ONS, os cenários prospectivos para os próximos meses são positivos. Estudos apontam que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), ao final de agosto, deve atingir Energia Armazenada (EAR) entre 76,2%, nas análises menos favoráveis, e 90%, na perspectiva mais elevada. Mesmo se confirmada a suposição inferior, o indicador estará 20,2% acima do aferido em agosto de 2022.
O SE/CO é responsável por 70%
da energia armazenada no país. Para 31 de agosto, a EAR do SIN deve variar
entre 77,6% e 89,3%. Os armazenamentos projetados pelo Operador indicam
condições confortáveis para o atendimento ao SIN em 2023.
Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ano de 2023 deverá ter recorde histórico de expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica. A expectativa é de um crescimento da geração de cerca de 10,3 GW (2023). O MME estima que as usinas solares centralizadas e eólicas responderão por mais de 90% da ampliação na capacidade de geração do Brasil.
Investimentos
Alexandre Silveira reforçou o
empenho do MME e do Governo Federal em avançar na geração de energia limpa e renovável.
Na última semana, o ministro participou, ao lado do presidente da República, da
inauguração do primeiro complexo de geração associada de eólica e solar no
Brasil, no sertão paraibano.
Durante o evento, Silveira
anunciou o investimento de aproximadamente R$ 50 bilhões para a execução do
maior programa de transmissão de energia elétrica no Nordeste brasileiro, com a
construção de mais linhas que consigam escoar a geração de energia solar e
eólica no País.
O investimento em renováveis é parte integrante do planejamento energético realizado pelo Ministério de Minas e Energia, gerando um fomento constante que permita que sejam competitivas e disponíveis na cesta de ofertas da expansão energética do País.
Nesse sentido, o Plano Decenal de Expansão (PDE), importante instrumento indicativo do planejamento nacional para o período decenal, estima que, até 2031, cerca de R$ 119 bilhões sejam investidos na geração renovável centralizada. Cerca de 60% desse total deve ser disponibilizado para as fontes solar e eólica, principais vetores da expansão renovável no Brasil. Na geração descentralizada, que inclui a Geração Distribuída e os Sistemas Isolados, esse montante poderá alcançar R$ 121 bilhões, com quase 80% do total referente às fontes anteriormente citadas. (canalenergia)
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