O debate sobre realocação de subsídios e novas contrapartidas sociais vindas das atividades de mineração e das fontes de energia renováveis esteve em pauta na coletiva concedida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele defendeu que é hora de discutir alternativas para maiores compensações, citando especificamente “mazelas deixadas por alguns parques eólicos” no Brasil.
Expansão das renováveis vive melhor ritmo em três décadas, diz AIE.
Adições globais de energia
solar e eólica subiram 50% em relação a 2022, atingindo 510 GW e recordes no
Brasil, China, EUA e Europa, mas financiamento para economias emergentes e em
desenvolvimento ainda é um gargalo.
“Quando se fala em incentivo
e subsídio é música, quando se fala em deixar um pedacinho do setor elétrico
para a população é guerra”, comentou Silveira na abertura da terceira reunião
do Grupo de trabalho de Transição Energética do G20, realizada em Belo
Horizonte.
Ele destacou que além do presidente Lula, tem conversado muito com a primeira dama Janja, que já trabalhou em Itaipu e conhece o setor elétrico. “Lula propôs uma discussão pública com especialistas há alguns meses e queremos finalizar esse projeto até agosto ou setembro”, pontuou, classificando a iniciativa que será levada ao Congresso Nacional, como naturalmente polêmica.
O ministro também reforçou o fato do Brasil ser um dos poucos países de seu porte em desenvolvimento que tem 100% da energia rateada pelos consumidores como um erro, e que existe um conjunto de políticas públicas dentro da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) que deveria ser financiada pelo Orçamento Geral da União. “Se está apertado ou não é outra discussão, que passa pelo marco fiscal e aceitar menos pressão do mercado financeiro e abrir mais espaço para política pública”, defendeu. (canalenergia)
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