Para
o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que é um equívoco
as empresas de petróleo como a Petrobras, investirem em projetos de fontes
renováveis por falta de vantagens comparativas com opções que oferecem retornos
muito mais elevados.
Investir pesado em renováveis agora seria um erro grave da Petrobrás
Reduc
Pode
vir a faltar recursos para o que nos é essencial
Nomeado
pelo presidente Lula para presidir a Petrobrás, Jean Paul Prates, desde sua
posse, tem informado que pretende fazer investimentos em energias renováveis.
Senador suplente da agora governadora Fátima Bezerra pelo Estado do Rio Grande
do Norte, Prates já informou que a nova diretoria ficará sediada em Natal,
capital do estado.
Neste
sentido, recentemente, a diretoria executiva da estatal aprovou a criação da
Gerência Executiva de Transição Energética e Energias Renováveis, nomeando
Marcio Tolmassquim para comandá-la.
Por outro lado, a empresa já anunciou, sem muito detalhamento, que assinou um compromisso de parceria com a Shell para exploração do pré-sal e da margem equatorial, ao mesmo tempo em que o atual diretor financeiro, Sergio Leite, informa às autoridades americanas (SEC) que, no novo Plano Estratégico da companhia, “os investimentos devem ser financiados pelo fluxo de caixa ao nível dos pares e preferencialmente por parcerias”.
Tanque de petróleo da Petrobras
Petrobras
descarta investir em energia renovável
"Não
é por que a Shell está fazendo que vou copiar", diz Roberto Castello
Branco, presidente da estatal brasileira.
Significa
dizer que para cobrir suas necessidades de investimento (petróleo, refino,
renováveis etc.) a empresa pretende utilizar apenas sua geração de caixa e,
havendo necessidade, jamais recorrer a recursos de terceiros (empréstimos),
sempre a parcerias (Shell).
É
preciso deixar bem claro que o que o Brasil precisa para se desenvolver é de
energia a mais barata possível. Com a descoberta das reservas de petróleo
(pré-sal etc.), o que precisamos é adequar o parque de refino para atender todo
o mercado brasileiro, no menor preço possível (sem PPI), e exportar o
excedente. O fluxo de caixa da Petrobrás é mais do que suficiente para cobrir
estes investimentos.
Agora,
se vamos usar parte deste fluxo de caixa para cobrir investimentos em
renováveis, os quais não precisamos no momento, pode vir a faltar recursos para
o que nos é essencial.
Vão
investir pesadamente em renováveis aqueles países que não dispõem de petróleo e
estão em dificuldade para adquiri-lo e ao mesmo tempo assumiram compromisso de
“carbono zero” até 2050. Este não é o nosso caso.
Creio que devemos aceitar e incentivar que tais países venham investir no Brasil, aproveitando nosso sol e ventos. Naturalmente, cobrando os royalties adequados.
O futuro da nação está em jogo. Não podemos nos permitir decisões açodadas. (monitormercantil)
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