Rede de recarga agrava
obstáculos ao crescimento de carros elétricos.
“A União Europeia precisa instalar quase oito vezes mais pontos de recarga de veículos elétricos por ano do que em 2023 para atender à demanda prevista. Estamos muito preocupados com o fato de que a implantação da infraestrutura não acompanhou o ritmo das vendas de carros elétricos a bateria nos últimos anos. Essa ‘lacuna de infraestrutura’ corre o risco de aumentar em um grau muito maior do que as estimativas da Comissão Europeia”.
Infraestrutura de recarga se tornou um problema até mesmo em mercados desenvolvidos como Europa e Estados Unidos.
Outro problema é que apenas
um em cada oito carregadores na Europa são de carga rápida, o que atrapalha viagens
por estradas.
Nos EUA o cenário se repete. A proporção ideal, segundo o Ministério de Energia do país, é uma porta de carregamento para cada 25 veículos elétricos. Mas isso depende da composição da malha rodoviária de cada país. Alguns estudos apontam que deve haver um carregador para cada 10 veículos. O governo americano pretende ver instalados 500.000 carregadores até 2030, ou seja, cerca de 200 por dia. Mas até agora o ritmo está muito abaixo do esperado.
Assista ao vídeo relacionado: Autonomia dos carros elétricos - https://www.youtube.com/watch?v=dce2D7B_PFc
No Brasil, os números são
pouco precisos porque há conflito de informações. Como nos EUA, a concentração
de carregadores está nas cidades, quando já deveria ter avançado nas estradas.
Outro percalço começa a
atingir veículos elétricos. Teve início na Nova Zelândia e agora em um estado
no Canadá. Ambos passaram a taxar carros elétricos pelo uso de estrada e ruas,
pois não utilizam combustíveis e, portanto, não pagam impostos que os governos
precisam para manutenção. Há tempos antecipei nessa coluna que isso iria
acontecer, pois os governos dependem dessas e outras receitas.
Aqui no Brasil o preço do kWh
nos postos de carregamento começou a subir, antes mesmo de o governo aumentar
os impostos. E agora há uma proposta do Governo Federal para elétricos também
pagarem o “imposto do pecado” sobre automóveis por sua pegada de carbono. Neste
caso pela mineração dos metais e produção das baterias. Esse imposto tornaria
todos os carros mais caros, mas ainda não foi aprovado.
Ainda mais rápido: Porsche Cayenne Turbo E-Hybrid
Porsche cayenne e hybrid 2025 azul frente em movimento.
Primeiro modelo SUV de um
fabricante de carros esporte, o Cayenne nasceu há 22 anos e foi responsável
pela Porsche recuperar seu fôlego financeiro. O modelo teve uma versão híbrida
em paralelo ainda em 2010, quando esta solução estava muito pouco difundida.
Agora a linha inclui nada menos de 11 versões, somando as carrocerias SUV e SUV
cupê, com preços entre R$ 770.000 e R$ 1.410.000, das quais cinco são híbridas
plugáveis e as demais com motores a combustão V-6 e V-8.
O visual da linha 2025 mudou
pouco, mas dá para reconhecer modificações nos faróis, grade e lanternas, novas
rodas, além de lanternas traseiras e nova tampa do porta-malas de 539 litros.
Não tem estepe, mas a fábrica fornece um sob pedido protegido por uma capa. No
interior, mudanças na alavanca de câmbio que saiu do console para o painel
totalmente novo de ponta a ponta, além de um novo botão de partida acionado
pela mão esquerda como todo Porsche. Carregamento do celular por indução
recebeu refrigeração. Há um senão: regulagem de distância do volante não é
elétrica. Acabamento de alto nível, padrão da marca.
Coube-me a versão Turbo
E-Hybrid na viagem de teste entre São Paulo e Itu (SP). O renovado V-8 biturbo,
4-litros, 599 cv e o motor elétrico de 176 cv entregam a potência combinada de
739 cv e torque combinado de incríveis 96,6 kgf·m. Mais surpreendente é
aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos para um carro de tração
integral sob demanda e massa em ordem de marcha de impressionantes 2.490 kg.
O Cayenne apresentou-se
sempre sob controle total, direção bastante precisa, equilíbrio surpreendente
em curvas (comportamento neutro a levemente subesterçante quando muito exigido)
e freios de grande potência típicos da marca. Nem parece tratar-se de um carro
com quase 2,5 toneladas.
BYD King para fazer frente ao Corolla
A vantagem do King sobre o Corolla é poder rodar alguns km apenas como elétrico.
Primeiro híbrido plugável em
tomada da categoria dos médios-compactos, King chega com força ao mercado.
Sedãs deste porte estão em declínio pelo forte avanço dos SUVs. O principal
concorrente e atual líder do segmento, Corolla híbrido, não é plugável.
O King tem distância entre eixos
de 2.718 mm quase a mesma do modelo japonês (2.700 mm), mas a diferença no
comprimento é marcante: 4.780 mm contra 4.630 mm. Também é mais largo (1.837
mm) e mais alto (1.495 mm), porém ainda assim perde no porta-malas: 450 L
contra 470 L. Diferença pequena, mas desvantajosa pois dispensou o estepe e o
Corolla, não.
Interior inclui materiais de
boa qualidade e tela giratória de 12,8 pol. que, no fundo, não faz diferença.
Pode espelhar (com fio) Android Auto e Apple CarPlay. Para cortar preço, a BYD
dispensou itens de segurança como frenagem autônoma de emergência e alertas de
pontos cegos, entre outros, presentes no Corolla.
O modelo chinês combina motor
1,5 L aspirado de 110 cv com um elétrico de 180 cv, 32,2 kgf·m na versão GL e
197 cv, 33,1 kgf·m na GS. Potência somada de 209 cv e 235 cv, respectivamente.
Acelerações de 0 a 100 km/h em 7,9 s e 7,3 s bem melhores que o Corolla.
Alcance de 80 km (ciclo Inmetro) no modo elétrico e no total 806 quilômetros na
cidade e 720 quilômetros na estrada.
Avaliação no estacionamento
de shopping center foi muito limitada. Apenas deu para sentir posição de
dirigir e comportamento em curvas de baixa velocidade muito bons.
Preço também atrai: R$
175.800 (GL) e R$ 187.800 (GS).
Nissan adiciona retoques no Sentra 2025
Novo Nissan Sentra exclusive e advance 2025.
Vindo do México sem imposto
de importação, Sentra mudou pouco para enfrentar a forte concorrência do
Corolla e agora do King. As principais alterações estéticas são sutis: grade e
para-choque atualizados, mas perdeu faróis de neblina. A Nissan melhorou os
itens de segurança ativa na versão de entrada ao agregar alertas de mudança de
faixa, de tráfego traseiro transversal, troca automática de facho dos faróis e
monitoramento de ponto cego. O sistema de alerta de colisão detecta carros e
motos, mas não pedestres.
No interior a tela multimídia continua com dimensões acanhadas (8 pol.), conexão apenas com fio e sem carregador de celular por indução. Ainda não foi desta vez que a Nissan abandonou o acionamento por pedal do freio de estacionamento, algo bastante datado. Já o nível de acabamento é muito bom. Porta-malas de 466 litros, praticamente o mesmo volume do Corolla. Outro empate no espaço interno: distância entre eixos quase coincidente (ínfimos 7 mm maior).
Nissan Sentra
Numa rápida viagem de
avaliação, nada mudou no desempenho. Motor a gasolina de 1.997 cm³, 151 cv e 20
kgf·m é nitidamente mais fraco que o flex do Corolla de mesma cilindrada.
Câmbio automático CVT tem 8 marchas e há 4 modos de condução. Destaques:
conforto dos bancos e câmera com visão de 360 graus.
Preços: R$ 156.390 a R$
176.690. (msn)
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