Todavia, antes mesmo de ser
habilitada pelo Programa, a VWCO já havia anunciado investimentos na ordem de
R$ 2 bilhões no desenvolvimento de novas soluções de mobilidade. Parte dos
recursos ainda asseguraram pesquisas em inovação e engenharia. O que lhe
garantiu credenciais para receber entrar no programa do governo federal.
Diretor de gerenciamento de portfólio, estratégia de produto e digitalização da VWCO, Felipe Nogueira, explica que para se habilitar ao Mover, a VWCO tem como vantagem sua engenharia brasileira. Isso garantiu know-how para a fabricante, no segmento de veículos comerciais, ser a primeira a introduzir caminhões elétricos no País, com projeto nacional. Assim como desenvolver um parque de eletromobilidade, por meio do eConsórcio.
O que vem pela frente
Mas com a recente aprovação
do Mover pelo Congresso Nacional, a fabricante informou ao Estradão que terá
condições de avançar ainda mais com novos projetos.
Nesse sentido, a VWCO
trabalha na ampliação da família de veículos elétricos. Ou seja, a gama
e-Delivery e e-Volksbus vai crescer.
“Entendemos que esse é o
caminho. Do ponto de vista de custo operacional, nos segmentos urbanos é o que
mais faz sentido”, diz o executivo.
Todavia, ao tratar da eletrificação,
Nogueira acredita que o Mover permitirá desenvolver com mais agilidade a
infraestrutura de recarga. Assim, permitir a maturação dos veículos elétricos
nas cidades, bem como nas curtas distâncias. Isso se dará por meio também da
nacionalização de componentes e aumento do parque fabril.
A bateria dos motores elétricos também é foco de desenvolvimento. Dessa forma, a Volkswagen e as empresas do eConsórcio trabalham no intuito de aumentar a autonomia e vida útil do componente, bem como nacionalizar mais itens. Para, assim, tornar o veículo mais atrativo do ponto de vista do custo de operação. O que envolve o custo de aquisição.
Outras matrizes
Além disso, a fabricante
anuncia que já trabalha na pesquisa de uma segunda geração do biodiesel. Para
isso, a Volkswagen Caminhões mantém parcerias com empresas, inclusive do
segmento de componentes, com o objetivo de avançar na melhoria do combustível.
Vale lembrar que o biodiesel sofre alterações na sua composição, muito relacionado ao problema de estocagem. O que compromete o sistema de injeção dos veículos, reduzindo a vida útil. Com uma possível segunda geração, a intenção é solucionar esse problema.
“Acreditamos em alguns modelos de como a mobilidade vai se desenvolver no País.
Diante disso, o diesel vai
continuar. Portanto, nosso desafio é apostar na sua melhor eficiência. E o
Mover nos permitirá trabalhar nisso”.
Do mesmo modo, a fabricante
acredita em outras alternativas energéticas para reduzir emissões. Como o
biometano e o HVO. Neste último, Nogueira acredita ser mais fácil para o País
absorver a tecnologia. Tanto do ponto de vista produtivo e de disponibilidade.
Porém, o desafio é torna-lo viável em escala. O que depende de investimentos.
(biodieselbr)
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