segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Eficiência reduzirá consumo elétrico em 6,8% até 2034

EPE: Ações de eficiência devem reduzir consumo elétrico em 6,8% até 2034.

Dados são comparativos ao ano passado de 2023 e mostram que setor de edificações devem representar mais da metade da demanda por eletricidade daqui a 10 anos.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que a eficiência elétrica resultará em uma redução de 6,8% no consumo de eletricidade em 2034 na comparação com 2023.

Consumo de energia no Brasil deverá crescer 2,1% ao ano até 2034

Estudo do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 prevê crescimento no uso de eletricidade e ganhos de eficiência energética.

O consumo de energia no Brasil deverá aumentar em média 2,1% ao ano até 2034, de acordo com projeções elaboradas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e coordenadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Os dados estão no Caderno de Demanda e Eficiência Energética do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), divulgado em 11/10/24, que apresenta uma visão abrangente do futuro do consumo energético no país.

O estudo aponta que em 2034, os derivados de petróleo devem continuar sendo a principal fonte de energia no Brasil. No entanto, prevê-se um aumento de 2,5% na participação da eletricidade, que é majoritariamente renovável, e um crescimento de 1,6% na utilização do gás natural.

Cenários de consumo e eficiência energética

Um dos destaques do caderno são as projeções para o consumo de eletricidade, que foram apresentadas em três cenários possíveis para lidar com a incerteza do crescimento econômico na próxima década. Os cenários ajudam a prever como a demanda de energia elétrica poderá evoluir, considerando diferentes ritmos de expansão econômica.

Além disso, o relatório enfatiza a importância da eficiência energética. Em 2034, os ganhos de eficiência previstos devem equivaler a uma economia de 6,7% do consumo energético final do Brasil registrado em 2023. O setor de transportes e o setor industrial são os principais contribuintes para essa economia, com participações de 46% e 36%, respectivamente.

Especificamente para a eletricidade, espera-se uma redução de 6,8% no consumo em 2034 em comparação a 2023, resultado de iniciativas como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), o Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL e os Índices Mínimos de Eficiência Energética.

Segurança energética e mudança climática: diferentes visões, diferentes políticas

Segurança energética e mudança climática são os dois grandes eixos em torno dos quais se estruturam atualmente as políticas energéticas no mundo.

Políticas públicas e segurança energética

As políticas públicas de eficiência energética promovem a inovação tecnológica e a substituição de equipamentos por versões mais eficientes, além de incentivar hábitos de consumo que economizem energia. A adoção de práticas eficientes visa garantir a segurança energética do país, além de contribuir para a modicidade tarifária e a competitividade econômica.

De acordo com o PDE 2034, essas iniciativas são essenciais para o planejamento energético de longo prazo e para assegurar que o Brasil continue a avançar em direção a um futuro sustentável e economicamente competitivo.

O investimento do Brasil em energia renovável está crescendo de forma exponencial.

O aumento do consumo de combustíveis fósseis, o esgotamento do petróleo e a poluição do meio ambiente são alguns dos fatores que incentivaram a sociedade a procurar por fontes alternativas. Com o tempo, as energias renováveis evoluíram tecnologicamente e se tornaram tendência ao redor do mundo.

Mais do que isso, elas se tornaram uma necessidade. Graças à abundância, às pequenas taxas de poluição e aos valores cada vez mais acessíveis, as energias renováveis foram impulsionadas durante a pandemia da Covid-19. Elas são vistas por diversos especialistas como a melhor opção para diversificar a matriz energética do Brasil e ajudar na recuperação econômica de várias empresas, que viram seus gastos superarem os lucros. (guiadefatos)

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