Para viabilizar a construção de novas linhas e subestações de energia, é
essencial a aprovação de leilões de transmissão. No entanto, a melhoria do
sistema de transmissão pode demorar a chegar, pois as obras de novas usinas e
unidades eletrolisadores levam cerca de 3 anos, enquanto os projetos de
novas linhas de transmissão se concluem entre 5 e 7 anos.
O Nordeste tem um potencial de 107 gigawatts para produção de hidrogênio
verde. A região é fundamental na geração de energia elétrica a partir de fontes
renováveis, produzindo 68% de toda a energia solar e eólica do Brasil.
O Ceará deve ter sua produção de hidrogênio verde em larga escala a
partir de 2026. Em janeiro/2023, o estado do Ceará produziu a primeira molécula
de hidrogênio verde do país.
Estudo estima que a região poderia absorver até 8,35 GW de projetos em 8 pontos de conexão, próximos às regiões portuárias. O Ministério de Minas e Energia já registrou o interesse de acesso à transmissão de 11 projetos de produção de hidrogênio que totalizam 45,4 GW de potência instalada até 2038. Capacidade identificada também poderia atender data centers.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de publicar um novo estudo que traz uma avaliação prospectiva das margens do sistema de transmissão da região nordeste para conexão de cargas de produção de hidrogênio. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, que é responsável por receber os protocolos de acesso de consumidores livres à Rede Básica, foram registrados o interesse de 11 projetos que totalizam um montante de 45,4 GW de potência instalada até 2038.
A EPE realizou uma análise prospectiva para avaliar a capacidade do sistema de transmissão da região Nordeste para o atendimento de cargas de grande porte. A margem foi avaliada para 8 pontos de conexão em 500 kV (Parnaíba III, Pecém III, João Câmara III, João Pessoa II, Suape II, Messias, Porto Sergipe e Camaçari II), abrangendo todos os estados da região geoelétrica do Nordeste.
O estudo estimou uma margem total agregada na região Nordeste de 3,9 GW no cenário inferior e de 8,35 GW no cenário superior, conforme detalhado na figura.
Apesar de o foco da análise ter sido a conexão de cargas de produção de hidrogênio, os resultados de margens apresentados para os pontos de conexão selecionados se aplicam a quaisquer tipos de cargas de grande porte, inclusive a projetos de datacenters, empreendimentos para os quais tem se observado também um aumento no interesse de implantação na região Nordeste do Brasil. O MME identificou uma demanda de 9 GW de projetos de centros de processamento de dados no país.
A nota técnica “Avaliação Prospectiva das Capacidades da Rede de Transmissão da Região Nordeste para Conexão de Cargas de Grande Porte: Plantas de Produção de Hidrogênio” é a primeira etapa do “Estudo prospectivo para inserção de cargas de hidrogênio na região Nordeste”, com previsão de término em outubro de 2025, que terá como objetivo avaliar obras prospectivas para o aumento das margens para conexão de cargas de produção de hidrogênio na região Nordeste.
Casa dos Ventos avança na produção de hidrogênio verde no Ceará com uso de água de reuso
A produção de hidrogênio verde é vista como uma peça chave na transição
para uma economia de baixo carbono, substituindo combustíveis fósseis.
(pv-magazine-brasil)
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