domingo, 28 de novembro de 2010

Energia solar: PE terá fábrica de placas

Pernambuco abrigará a primeira fábrica de painéis de geração de energia solar das Américas. Em 11 de novembro de 2010, o governador em exercício, João Lyra Neto, o presidente da Eco Solar do Brasil, Emerson Kapaz, e diretores da empresa suíça Oerlikon – que fornecerá a tecnologia e os equipamentos – , assinaram um protocolo de intenções para a construção de uma unidade no Parque Tecnológico de Pernambuco (Parqtel), no Recife.
Atualmente, existem apenas 13 fábricas desse gênero no mundo em países do leste europeu e da Ásia como China e Taiwan. O investimento é de R$ 500 milhões. Segundo Kapaz, o Banco do Nordeste do Brasil financiará 70% do valor, enquanto o fundo de investimentos europeu FXX Corporate aportará cerca de R$ 100 milhões. “Há ainda interesse de uma grande empresa brasileira e de um fundo de investimentos americano em participar do negócio”, garante.
A fábrica terá capacidade anual de produzir 850 mil painéis fotovoltaicos – responsáveis pela captação e armazenagem da energia solar. Um diferencial da nova tecnologia adotada pela Eco, chamada de “filme fino” é que as placas são feitas de material 100% limpo, mais eficiente e mais barato. “Pernambuco se sente muito feliz em sediar mais um investimento de vanguarda, com tecnologia de ponta, para produzir não só para o Nordeste e o Brasil, mas para o mercado mundial”, afirmou João Lyra Neto.
O número de empregos gerados é bastante significativo. Cerca de 400 postos de trabalho serão abertos durante as obras de construção da unidade, que começam em 60 dias. Outros 250 trabalhadores serão necessários para a sua operação, em 2012. Além desses, 1.300 homens irão atuar na instalação das placas.
Segundo Kapaz, além da logística, fez diferença para a escolha da empresa o forte desenvolvimento de Pernambuco, puxado pelo Complexo Portuário de Suape. “A estrutura e o potencial de Suape foram um diferencial. Mas esse é um pontapé inicial. A demanda vai ser muito grande, o Brasil ainda não descobriu sua força nesse setor”, disse, explicando que a produção pernambucana deverá ser exportada para os EUA, Chile, Peru e Argentina.
O uso dos painéis é abrangente. Vai de residências, estabelecimentos comerciais, bancos, supermercados, até grandes empresas. Uma placa – com tempo útil de vida de 25 anos – deve sair inicialmente em torno de R$ 320 e tem capacidade para armazenar até 150 watts. Para uma casa com quatro pessoas, por exemplo, seriam necessárias seis placas. A economia de energia ficaria em torno de 30%.
Também prestigiaram a cerimônia realizada no gabinete do governador no Palácio do Campo das Princesas, o secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Anderson Gomes, a secretária de Desenvolvimento Econômico em exercício, Danielle Duca, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães. (As informações são do governo de Pernambuco) (ambienteenergia)

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