Aconteceu, entre os dias 24 e 25 de outubro, a Conferência Por um Desenvolvimento Durável nas Zonas Áridas da África, organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/ Brasil) em parceria com Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD/ França) e Agência Pan-Africana da Grande Muralha Verde (APGMV/ África do Sahel) para o combate à desertificação.
A ICID+19 África, que aconteceu em Niamey, capital do Níger, contou com pesquisadores e formadores de políticas de diversos países africanos, da Argentina, do Brasil e da França, além de organizações internacionais do mundo inteiro. O evento teve como objetivo avaliar a situação das zonas áridas, semiáridas e secas da África de Sahel – faixa que se encontra logo abaixo do deserto do Saara e inclui países como Níger, Sudão, Etiópia, Mali e Senegal – e outras atingidas pela desertificação.
Durante o encontro foram analisadas políticas de desenvolvimento sustentável, luta contra degradação do solo, combate à seca e diminuição dos efeitos da desertificação. Quatro mesas temáticas integravam a conferência: mudança do clima, politica social e segurança alimentar; gestão dos recursos hídricos e dos solos; desertificação e dinâmica de comunidades vegetais; zona árida em sua dimensão regional.
A primeira mesa foi organizada pela consultora técnica do CGEE, Betina Ferraz. Nela, Mariza Luz, também consultora do Centro, palestrou sobre mudança climática e segurança alimentar. A mesa que avalia a as terras secas em sua dimensão regional contou com a presença de assessor técnico do CGEE e presidente do Comitê Científico da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), Antônio Magalhães.
Como resultado do evento, a Declaração de Niamey contém 22 recomendações que visam reforçar governança e desenvolvimento sustentável nas terras secas áridas, e apoiar políticas nacionais e locais. Também haverá uma promoção da cooperação internacional para otimizar programas de desenvolvimento nessas áreas. Entre as recomendações estão: reforçar o uso de energias renováveis como a solar, eólica e biomassa em zonas áridas, doadores e financiadores internacionais devem trabalhar em estreita colaboração com as agências de desenvolvimento regionais promovendo um intercâmbio de informações em ciência e tecnologia e assim impulsionar o desenvolvimento sustentável em terras secas.
Com o documento, será possível melhorar a cooperação científica dedicada à capacitação no combate à desertificação na região e aperfeiçoar, também, a transferência de tecnologia por meio de iniciativas de apoio e programas de pesquisa interdisciplinar. (ambienteenergia)
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