Países estudam
integração produtiva da cadeia eólica no MERCOSUL
Aumento de alíquota
de importação de produtos vindos de fora dos países membros é uma ideia em
análise
Brasil, Argentina e
Uruguai estão estudando como realizar uma integração produtiva da cadeia eólica
no MERCOSUL. A princípio, as propostas, que envolvem desde aspectos tributários
até aspectos técnicos, como certificação de produtos e conteúdo local, valerão
para os três países, mas depois, podem ser estendidas para outros membros do
MERCOSUL e até América do Sul. De acordo com o secretário executivo de
Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de
Pernambuco, Roberto Abreu e Lima, uma ideia, que está em análise, é a de
aumentar a alíquota de importação de produtos vindos de fora do MERCOSUL.
"A ideia é
unificar a questão tarifária dentro dos países e, eventualmente, no início de
crescimento do setor, aumentar a alíquota de importação de produtos vindos de
fora do MERCOSUL. Essa é uma ideia que ainda está sendo estudada, que faz parte
das tratativas", disse o secretário em entrevista à AgênciaEnergia.
Segundo ele, o objetivo é estimular que empresas dos três países se
complementem no fornecimento de equipamentos para parques eólicos.
Emílio Guiñazu,
diretor da WPE, unidade da Impsa em Pernambuco, disse que a ideia é atingir o
máximo potencial da indústria na região. "Tem muitas coisas que estão
sendo discutidas, como tarifas, financiamento, certificação, mas não com o
intuito de impedir a entrada de produtos de fora, mas sim de dar mais
competitividade aos produtos da região. As discussões ainda estão em estágio inicial",
comentou. A Impsa tem fábricas no Brasil e na Argentina e opera ainda no
Uruguai e na Venezuela.
Os executivos
participaram de um encontro que reúne autoridades dos três países e acontece em
Porto de Galinhas, em Pernambuco, em 16 e 17 de agosto de 2012. O objetivo do
encontro foi debater uma política de integração produtiva do setor de energia
eólica no MERCOSUL. (canalenergia)
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