Brasil
ultrapassa 1,5 GW de energia solar fotovoltaica e abastecem mais de 633 mil
residências.
A fonte solar fotovoltaica no Brasil desponta em um
crescimento vertiginoso e já ultrapassamos a marca de 1,5 GW de capacidade
instalada. O País deverá fechar o ano de 2018 com 2,4 GW em nossa matriz
elétrica, com a contribuição das usinas solares fotovoltaicas dos leilões de
energia de reserva de 2014 e 2015. A cada ano, junto a esta fonte renovável e
limpa, crescem também os números de novos postos de trabalho, renda e de
investimentos.
Há um ano, a energia elétrica gerada pela fonte era
capaz de abastecer 60 mil residências brasileiras (compostas de 4 a 5 pessoas).
Hoje este número é mais de 10 vezes maior, passando para mais de 633 mil
residências. O Brasil celebra a marca de 30.039 sistemas de geração distribuída
solar fotovoltaica conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade
ambiental a 35.667 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,1 bilhões em
investimentos acumulados desde 2012, distribuídos por todas as regiões do País.
A novidade foi apresentada esta semana durante o Brasil Solar Power -
Conferência & Exposição pelo Grupo UBM|CanalEnergia e a Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo o presidente executivo da Absolar, Rodrigo
Sauaia, somando os segmentos de mercado de geração distribuída e centralizada,
os investimentos acumulados no Brasil neste setor fecharam 2017 com R$ 6
bilhões, e este ano devem atingir aproximadamente R$ 20 bilhões até final de
2018.
Embora tenha começado a acelerar seu
desenvolvimento recentemente no Brasil, já entramos para o seleto grupo de 30
países com mais de 1 GW de potência instalada operacional desta fonte renovável
e de baixo impacto ambiental. Considerando a potência adicionada apenas no ano
de 2017, atingimos, pela primeira vez na história, o ranking dos 10 países que
mais adicionaram projetos da fonte solar fotovoltaica em suas matrizes,
incorporando aproximadamente 1 GW em um único ano. "Com isso, o Brasil
caminha se tornar um protagonista mundial neste setor. Atualmente, a fonte
ainda representa menos de 1% da matriz elétrica brasileira, mas levantamentos
da empresa de pesquisa energética projetam, até o ano de 2030, este número
subirá para mais de 10%", afirma Sauaia.
No último ano, já foram gerados mais de 20 mil
novos empregos diretor e indiretos, e a expectativa é de que este número se
repita até o fim de 2018, sendo que a cada MW de energia solar fotovoltaica
instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho. Sauaia destaca que esta
é uma das maiores taxas de geração de emprego do setor elétrico. "A fonte
solar fotovoltaica lidera a geração de empregos renováveis no mundo, com 3,4
milhões do total de 10,3 milhões de empregos de fontes renováveis no planeta",
observa.
Geração Distribuída- De acordo com a Absolar, a
fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em
energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o
segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das
instalações do País. Em números de sistemas instalados, os consumidores
residenciais estão no topo da lista, representando 77,4% do total. Em seguida,
aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16%), consumidores
rurais (3,2%), indústrias (2,4%), poder público (0,8%) e outros tipos, como
serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,03%).
Já em termos de potência, os consumidores dos setores
de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 42,8%
da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais
(39,1%), indústrias (8,1%), consumidores rurais (5,6%), poder público (3,7%) e
outros tipos, como iluminação pública (0,03%), e serviços públicos (0,6%).
O crescimento da microgeração e minigeração
distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por dois fatores principais: a
redução de 75% no preço da energia solar fotovoltaica nos últimos 10 anos e o
forte aumento do preço da energia elétrica dos consumidores, que desde 2012
acumula uma alta de 499%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia.
Se aproveitarmos somente os telhados de residências
brasileiras e instalarmos sistemas fotovoltaicos, a geração de energia seria
2,3 vezes a necessária para abastecer todos os domicílios do País. Para se ter
uma ideia, enquanto o potencial técnico hidrelétrico nacional é de 170
Gigawatts (GW) e o eólico é de 440 GW, o potencial técnico solar fotovoltaico
supera 28.500 GW, sendo maior do que o de todas as demais fontes combinadas. A
título de comparação, a matriz elétrica brasileira atual possui aproximadamente
160 GW de capacidade instalada total, somando todas as fontes de geração.
Investimento- O investimento de aproximadamente 5
mil reais é suficiente para reduzir em 70% os gastos de energia elétrica para
uma família de 4 pessoas de baixa renda. Para uma residência de classe média
brasileira, seriam investidos de R$15 a 20 mil reais, com um retorno sobre o
investimento de 5 a 7 anos.
Financiamento- Na última semana, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou mudanças no Programa Fundo
Clima, permitindo pessoas físicas tenha acesso a financiamentos para a
instalação de sistemas de geração solar fotovoltaica. Segundo o executivo da Absolar,
as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado
para projetos de energia solar fotovoltaica. "O BNDES confirmou
financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos
novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano,
prazo de amortização de até 12 anos e carência de até 2 anos.
O BSP - Promovido pelo Grupo UBM|CanalEnergia e
Absolar, o Brasil Solar Power - Conferência e Exposição se consolidou como o principal
evento do setor fotovoltaico no Brasil e América Latina. Dentre seus
participantes, 64% possuem forte poder de influência e decisão em suas
empresas. O evento traz conferências simultâneas sobre geração centralizada e
distribuída, workshops e feira de negócios; conta com a presença das principais
lideranças nacionais e internacionais do setor, membros do governo, importantes
players de mercado para tratar dos caminhos do segmento, modelos de negócios,
regulamentação, novas tecnologias e opções de financiamento. (terra)
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