quarta-feira, 6 de junho de 2018

Energia solar garante desenvolvimento de forma sustentável

Empresário do segmento de ferramentas, parafusos e máquinas em Palmas (TO), Ivan Naves, proprietário da Ferpam, já oferecia em suas lojas, há mais de um ano, projetos de implementação de sistemas de energia fotovoltaica, ou simplesmente energia solar. No início de 2018, entendeu que seria, além de um cartão de visitas, uma enorme economia investir na instalação de um desses projetos na maior das unidades de seu negócio, para começar. 
Com um investimento de R$ 300 mil parcelados em 8 anos que só começam a ser pagos em 2019, ele afirma que em quatro meses já conseguiu reduzir o custo com energia em mais de R$ 6,5 mil mensais, graças à linha de financiamento “verde” criada no ano passado por meio de uma parceria entre o Banco da Amazônia e o Ministério da Integração Nacional com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) - em um aporte total de mais de R$ 5 bilhões.
Cliente do banco antes de optar pelo financiamento, Ivan relata que esperou menos de um mês entre a apresentação do projeto e aprovação. As contas, que chegavam a R$ 8 mil, seguem despencando, desde o primeiro mês, cada vez mais. “Acredito que depois a economia será até maior, porque subiram os impostos e o clima ainda está meio nublado, o que mantém a geração de energia ainda pequena”, avalia. Por trabalhar com esse tipo de tecnologia antes mesmo de se utilizar dela, o empresário garante que a viabilidade é quase garantida em todos os casos, até onde o consumo não é tão alto. Mas isso não desobriga uma prévia avaliação antes de qualquer instalação. 
“A lei trata de mini e microgeração de energia, que vai até 75 kwh no pico. No caso da minha loja, estou no limite, então a minha energia aqui é de consumidor classe A. O retorno do capital investido para um consumo classe C é de 4 anos e meio, no máximo”, orienta. “Minha conta já baixou em mais de R$ 6 mil, e daqui a um ano, quando acabar a carência do financiamento, vou pagar ao banco R$ 3,5 mil mês, sendo que a minha economia começou já no primeiro dia de instalação do sistema”, afirma.
RETORNO
Para Ivan, o mais válido desse tipo de investimento é que se trata de um pagamento longo, de um bem duradouro que traz retorno imediato. “A gente vê muito financiamento de depreciação rápida. Esse produto, além de depreciação lenta, porque uma placa solar dura 25 anos, tem um retorno garantido, não fica na expectativa”, justifica.
Em Palmas, a situação ainda melhora por conta de um projeto da prefeitura que vincula um desconto de até 80% no pagamento da taxa do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para quem investe em energia limpa. “Só no mês passado eu consegui um abatimento de R$ 18 mil no IPTU. Fora que os R$ 26 mil reais de energia que deixei de consumir em 4 meses, são 350 árvores que deixaram de ser derrubadas”, calcula. 
Assim, com um investimento de R$ 300 mil, ele economizou quase R$ 45 mil de janeiro para cá. Além de ser um processo que contribui para a não degradação do meio ambiente”, destaca ele, que no próximo ano deve investir em sistemas de energia solar para suas outras lojas.
A energia solar é gerada pela luz do sol, que incide diretamente ou por meio de reflexo em painéis de materiais semicondutores (silício). Esses últimos contêm células menores, que ficam dispostas em duas camadas, uma positiva e outra negativa. Quando a energia do sol chega, o material semicondutor faz com que os elétrons se movimentem entre as duas camadas e gerem uma corrente elétrica contínua.
O Brasil alcançou a marca histórica de 1 gigawatt (GW) de potência instalada em usinas de fonte solar fotovoltaica conectadas à matriz elétrica nacional. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Investimentos garantem a base para a geração de emprego e renda nos estados
A energia solar garante economia na conta de luz e preservação do meio ambiente.
O empresário Eliesio Gama, dono da empresa Armazém da Construção, em Santarém, está na expectativa de ver as contas de energia elétrica que chegam a R$ 16 mil mensais de suas duas lojas despencarem nos próximos meses. Ele está prestes a concluir a implementação em suas unidades, de um sistema de geração de energia solar, que embora não muito grandes, são totalmente climatizadas. “Quando analisei o projeto, achei muito interessante a linha oferecida pelo Banco da Amazônia. Optei por um investimento de R$ 600 mil para ser quitado em 8 anos, mas quero usar o valor que eu vou economizar na conta de luz para quitar essa dívida em quatro anos”, adianta.
A expectativa é de, após o início do funcionamento do sistema, lidar somente com a tarifa de iluminação pública, uma despesa de R$ 500, R$ 600 por mês, no lugar da antes astronômica conta. “E é energia limpa. Cotei com outros bancos, mas a taxa do Banco da Amazônia foi a mais atraente, e com carência, é de dois anos. Depois é só reinvestir com o que se economizar”, relata, sobre sua escolha de contar com a mesma instituição financeira que viabilizou a construção de sua primeira loja. “Para quem está aqui, no Norte, é um banco que soma muito. Há outros bancos, mas as menores taxas são do Basa”, garante. Para ele, é muito bom ter um apoio como esse enquanto está gerando emprego e renda. “É fantástico para o nosso país e para o Estado”, elogia.
Taxas e prazos são os principais diferenciais das linhas de crédito para energia verde
Gerente de Pessoa Jurídica do Banco da Amazônia, Nélio Gusmão explica que os critérios de seleção utilizados para a concessão do financiamento da empresa que quer investir em Energia Verde começam no cadastro do cliente junto ao banco, o qual serve de base para verificar se a empresa está habilitada ou não a apresentação de projeto junto ao banco.
Depois, é identificar o que o financiamento vai mudar na realidade da empresa. “Estamos falando de uma linha que vai de encontro à necessidade urgente das empresas, em virtude do o custo que elas têm de energia no seu dia a dia, dentro do seu processo produtivo”, analisa. E é justamente uma alternativa de redução de custos que o financiamento apresenta. “O Banco da Amazônia pode fazer financiamentos de pequenas centrais hidrelétricas, de fontes alternativas de energia através de centrais fotovoltaicas e de aproveitamento das fontes de biomassa para geração de energia. Medidas que vão garantir a autossuficiência daquela indústria”, detalha o executivo.
Ele explica que, considerando que a maior parte da matriz energética do país é derivada de hidrelétricas e que com a escassez de chuvas nos reservatórios as falhas no fornecimento tornam-se cada vez mais constantes, “a geração própria torna-se uma oportunidade bastante interessante para garantir a competitividade das empresas, além de reduzir as perdas de produção ocasionadas pelas interrupções no fornecimento de energia”.
Nélio Gusmão ressalta que a energia é um fator primordial para o funcionamento das empresas.
Licenças dos projetos tem que ter cunho ambiental definido e devem estar regularizadas.
Todos os projetos e financiamentos apoiados pelo Banco da Amazônia têm de obedecer a um tripé de sustentabilidade apoiado no ecologicamente correto, economicamente viável e sustentável. É uma prerrogativa para a liberação do crédito da instituição bancária que todas as licenças relativas à atividade do empreendimento tenham um cunho ambiental definido e estejam liberadas.
“Nosso interesse é apoiar empreendimentos que respeitem o meio ambiente e que garantam a sustentabilidade ambiental, gerando desenvolvimento sem degradar a natureza”, completa Gusmão. Trata-se de um suporte grande e importante, se for levado em consideração que gera mais eficiência dentro do processo produtivo, elimina a possibilidade de falhas, naturalmente contribui para gerar mais emprego, mais renda e injeta mais recursos na economia.
TAXAS 
O Banco da Amazônia trabalha com taxas subsidiadas pelo Governo Federal, tornando-as bastante diferenciadas em relação ao praticado pelas demais instituições financeiras. Os prazos chegam a 12 anos, com carência de até 4 anos. Hoje as taxas tem composição de variação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). “No mês de maio, para esse tipo de financiamento, temos taxas a partir de 5,91% ao ano, o que permitem tranquilidade ao investidor na hora de honrar os compromissos”, mostra Nélio Gusmão. “Se só com a economia de energia é possível paga a parcela, já valeu a pena. A empresa Não imobiliza o capital próprio e sim emprega naquilo que traz mais retorno”, analisa. (m.diarioonline)

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