Energia solar gerada por
residências e comércios atinge marca histórica no Brasil.
De acordo com a ABSOLAR, as
usinas de micro e minigeração de energia distribuída a partir de sistemas solares
fotovoltaicos já geram 250 MW de potência no Brasil.
Painéis
solares residenciais.
O Brasil atingiu uma nova
marca histórica na microgeração e minigeração de energia elétrica a partir de
sistemas solares fotovoltaicos. De acordo com mapeamento da Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país alcançou 250
megawatts (MW) de potência, um aumento de 36,6% em relação a 2017.
As usinas de microgeração e
minigeração distribuída se caracterizam pela instalação próxima ou no próprio
local do consumo, como comércios, iluminação pública, pequenas indústrias e,
principalmente, residências — onde estão os “prosumidores”, consumidores que
também produz energia elétrica. Elas se diferenciam das de geração centralizada,
grandes fazendas solares que distribuem energia em longas distâncias.
Ao todo, segundo a Absolar, o
Brasil tem 27.803 sistemas de microgeração e minigeração distribuída conectados
à rede, um crescimento de quase 70% em menos de um ano. A maioria, 77,4% deles,
são sistemas de consumidores residenciais. Em segundo lugar aparecem as
empresas dos setores de comércio e serviços, com 16%, seguidas dos consumidores
rurais (3,2%), indústrias (2,4%), poder público (0,8%), serviços públicos
(0,2%) e iluminação pública (0,03%).
No que fiz respeito à
potência gerada, as primeiras posições do ranking se invertem: empresas de
comércio e serviços geram 42,8% da potência instalada no Brasil e os
consumidores domésticos, 39,1%.
O estado com a maior potência
instalada é Minas Gerais, com 22,9%. Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul
(13,9%) e São Paulo (13,5%).
De acordo com Rodrigo Sauaia,
presidente executivo da Absolar, três fatores têm impulsionado o crescimento da
microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica:
1) uma forte redução, de mais
de 75%, no preço da energia solar fotovoltaica na última década;
2) o aumento do custo da
energia elétrica para o consumidor, de cerca de 500% desde 2012;
3) a consciência e responsabilidade
socioambiental do consumidor, que, além de economizar no longo prazo, ao mesmo
tempo ajuda na preservação do meio ambiente.
Em janeiro, o Brasil entrou
para o seleto grupo dos países que geram mais
de 1 GW de energia solar fotovoltaica — somando as usinas
centralizadas às de microgeração e minigeração. São cerca de 30 em todo mundo.
De acordo com o último relatório do setor da Agência Internacional de Energia
(IAE, na sigla em inglês), referente a dados de 2016, os líderes são a China
(78 GW), Japão (42,7 GW) e Alemanha (41,2 GW). (gazetadopovo)
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