Em 13/01/20 a empresa Enel
Green Power iniciou operações daquela que alega ser a maior usina da América
Latina, localizada em São Gonçalo do Gurguéia – PI.
A seção iniciada da usina São
Gonçalo tem capacidade de 475 megawatts (MW) e teve um investimento total de
R$1,4 bilhão.
Uma segunda seção de 133 MW,
em construção desde agosto/2018 ao custo de R$422 milhões, está prevista
para entrar em operação ainda este ano.
Quando finalizado, o complexo
será capaz de produzir 1.500 GWh (Gigawatts-hora) anual de energia através de
placas solares bifaciais, que captam a luz do sol dos dois lados, diferente das
usadas em sistemas de energia solar para casas.
A produção irá evitar a
emissão de 860.000 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano e somará
grande volume para a produção de energia renovável no Brasil.
De acordo com a empresa, a
entrega da primeira parte da usina aconteceu um ano antes do prazo previsto no
contrato firmado em 2017, quando adquiriu o direito de concessão de energia por
20 anos no leilão A-4 do Governo.
Apenas 265 MW da
energia desta seção serão injetados no Sistema Interligado Nacional (SIN),
enquanto os outros 210 MW destinam-se ao mercado livre de energia.
Com este novo projeto, o
estado do Piauí agora assume a liderança da energia solar centralizada no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR).
São 989,9 MW de capacidade
solar no estado, com o Ceará em segundo lugar (829,1 MW) e em terceiro a Bahia,
com 776,8 MW.
Um dos projetos solares do
Piauí, o parque solar Nova Olinda, localizado na cidade de Ribeira do Piauí,
era até então o maior da América do Sul, também construído pela Enel.
No total, o Brasil hoje
acumula mais de 2,48 Gigawatts (GW) em capacidade de usinas solares em
operação, somado a mais 883 MW de projetos em construção.
A participação da fonte na
matriz elétrica brasileira cresce rápido e, em março de 2019, desbancou a
nuclear na 7ª colocação entre as maiores geradoras.
Maior usina solar da América
do Sul entra em operação.
Com atuais 1,4% da produção
elétrica, a ABSOLAR prevê que a fonte solar se tornará líder da matriz elétrica
até 2040, com 32% de participação. (ecodebate)
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