sábado, 30 de maio de 2020

Programa de energia solar em moradias de baixa renda

ABSOLAR propõe criação de programa de energia solar em moradias de baixa renda.
Proposta pode trazer uma economia de R$ 817 milhões ao longo de 25 anos nas contas de luz e aumentar a arrecadação direta e indireta em R$ 237 milhões aos cofres públicos
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apresentou uma proposta de criação de um programa emergencial voltado à instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica em moradias de baixa renda contemplados pelo Tarifa Social. A entidade estima que a destinação de R$ 350 milhões por mês, num período de 90 dias, para a iniciativa possibilitaria a implementação de 87,5 mil sistemas e economia líquida de R$ 817 milhões ao longo de 25 anos de vida útil dos equipamentos.
“A ABSOLAR tomou conhecimento de que o Congresso Nacional e o Governo Federal estudam alternativas para isentar da cobrança de energia elétrica os brasileiros de baixa renda cadastrados no programa Tarifa Social por um período de três meses. A medida seria um importante alento à parcela mais frágil da população brasileira, impactada pela atual situação extraordinária e inédita de pandemia da COVID-19, representando um investimento estimado em R$ 350 milhões por mês, totalizando R$ 1,05 bilhão no referido período”, diz o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia, em ofício enviado ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, ao presidente do Senado, David Alcolumbre, e ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Unidades do Minha Casa, Minha Vida poderão ter painéis solares.
Sauaia acredita que a proposta da ABSOLAR poderia contribuir com o esforço em viabilizar a redução dos impactos econômicos e trazer alívio financeiro à população de baixa renda, além de fortalecimento da recuperação da economia, geração de novas oportunidades de empregos e contribuição aos cofres públicos.
“O programa proporcionaria economia imediata e duradoura nas contas de energia elétrica desses consumidores vulneráveis e uma expressiva redução nos custos estruturais da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que levaria, em consequência, uma possível redução na conta de luz de todos os demais consumidores brasileiro dado que hoje são eles que arcam com a CDE”.
Moradias populares usam energia solar para o sistema de aquecimento de água.
A ABSOLAR também avalia que a medida levaria à arrecadação direta e indireta de R$ 237 milhões ao longo dos 25 anos de operação dos sistemas e economizaria cerca de R$ 253 milhões na CDE no período. “Cabe destacar que, dada as características dos sistemas a serem instalados, tal programa e instalação poderiam ser estruturados rapidamente, correspondendo à urgência do momento”, aponta o documento. (portalsolar)

Vendas de veículos elétricos no ano deve recuar 43%

Vendas de veículos elétricos no ano deve recuar 43%, estima consultoria.
Estimativa da Wood Mackenzie aponta como argumentos a pandemia de covid-19 e a guerra de preços do petróleo como os dois principais motivos para a retração em 2020.
As vendas globais de veículos elétricos devem cair 43% neste ano em comparação com o resultado de 2019. A estimativa é da consultoria Wood Mackenzie que projeta a aquisição de 1,3 milhão de unidades até o final do ano ante os 2,2 milhões do período anterior.
Entre os motivos apontados estão o surto de coronavírus, possíveis atrasos na compra da frota devido ao menor preço do petróleo e uma abordagem de compra e venda de novos modelos. A China alcançará a demanda de 2019 um mês antes neste ano, em novembro. Na Europa a expectativa é de estabilidade. Contudo, a previsão é de queda nos Estados Unidos, na ordem de 30%.
Segundo a análise da consultoria, as vendas de todos os carros na China caíram 21% em relação a 2019 no mês de janeiro. Em fevereiro, haviam caído 80%. Já em termos de veículos elétricos, as vendas foram mais afetadas, retração de 54% e de mais de 90%, respectivamente. Esse segmento da indústria automotiva representa cerca de 5% de todas as vendas de veículos na China nos últimos dois anos.
Esse comportamento, explica a Wood Mackenzie deve-se à incerteza e o medo criado pelo surto, que tornaram os consumidores menos inclinados a adotar uma nova tecnologia. E continua ao apontar que uma vez a epidemia contida na China, os consumidores deverão retornar às concessionárias.
As vendas na Europa registraram um aumento de 121% em janeiro – apesar de uma redução de 7% no mercado geral. A tendência de aumentar a adoção de VE persistiu em fevereiro, embora menor que no mês anterior. Contudo, os números de janeiro e fevereiro ainda não refletem o impacto do coronavírus na região, assim como na América do Norte. (canalenergia)

1ª turbina de eólica da Casa dos Ventos na Bahia entra em operação

Primeira turbina de eólica da Casa dos Ventos na Bahia entra em operação.
Folha Larga Sul tem investimentos de R$ 750 milhões e tem contrato no ACL com Vale.
O primeiro aerogerador do complexo eólico Folha Larga Sul, localizado em Campo Formoso (BA) foi ativado. O empreendimento da Casa dos Ventos possui 36 turbinas V150-4.2 MW da dinamarquesa Vestas e terá parte de sua energia destinada ao mercado livre. O investimento total realizado pela Casa dos Ventos na construção do empreendimento foi de aproximadamente R$ 750 milhões, tendo como principal agente financiador o Banco do Nordeste.
Folha Larga Sul possui contrato de venda de energia com a Vale por 23 anos – o maior prazo já assegurado por um parque eólico no país – com a possibilidade por parte da mineradora de aquisição de participação na usina, de modo a se tornar autoprodutora.
De acordo com Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, a empresa desenvolveu um modelo customizado, no qual assumiu os riscos e investimentos de construção do projeto, tendo o consumidor a possibilidade de, no futuro, tornar-se acionista do ativo, passando a usufruir dos benefícios de ser um autoprodutor. Segundo ele, a contratação por prazos maiores também garante baixo custo e previsibilidade, o que é interessante em países como o Brasil, onde há alta volatilidade de preços.
As obras de Folha Larga Sul começaram em 2019 e a previsão é que o projeto inicie sua operação comercial plena em julho deste ano. O cronograma vai ser antecipado, comprovando o histórico da empresa de competência em implantação. (canalenergia)

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Oportunidades de negócio para fornecedores e prestadores de serviço

Setor solar brasileiro tem oportunidades de negócio para fornecedores e prestadores de serviço.
Novos projetos fotovoltaicos são anunciados em diversas regiões do País.
Em meio aos impactos econômicos provocados pela pandemia de coronavírus, o setor solar fotovoltaico brasileiro oferece oportunidades de negócios para fornecedores e prestadores de serviços em diversas regiões do país.
Em Pernambuco, o município de Tamandaré abriu uma licitação para contratação de empresa para aquisição de geradores fotovoltaicos, para atender a prefeitura, hospital e duas escolas. O prazo de abertura das propostas é no próximo dia 06.
No Amazonas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia oferece oportunidade de aquisição de materiais e equipamentos para implantação do curso pós técnico em energia solar fotovoltaica. O prazo de abertura das propostas é no dia 08 de abril.
Em São Paulo, a Sabesp abriu licitação para prestação de serviços de engenharia para execução, operação e manutenção de uma miniusina fotovoltaica de 1200kWp na estação de tratamento de esgotos do município de Gastão Vidigal. O prazo de abertura das propostas é no dia 15 de abril.
Também em São Paulo, o Grupamento de Apoio de Pirassununga abriu cadastro e seleção de empresa ESCO ou empresa de engenharia habilitada para prestar serviços especializados na elaboração de diagnóstico energético contemplando fontes incentivados, especificamente usina fotovoltaica, e execução de todas atividades necessárias à implementação do Programa de Eficiência Energética (PEE) de forma a viabilizar a participação do Grupamento em concurso público de projetos de eficiência energética de empresas de distribuição de energia elétrica.
O prazo de abertura das propostas é 05 de maio. (portalsolar)

Consumo anual de biodiesel na Alemanha foi o maior desde 2012

Biodiesel na União Europeia.
Embora ainda esteja bem longe de uma volta ao grupo de elite do mercado de biodiesel, os ventos estivaram soprando a favor da indústria de biodiesel da Alemanha em 2019. É o que mostram os números mais recentes do Escritório Federal de Assuntos Econômicos e Controle de Exportações (Bafa, na sigla original). Segundo os relatórios divulgados pelo órgão, o mercado alemão movimentou praticamente 2,66 bilhões de litros de biodiesel ao longo do ano passado.
Embora o avanço na demanda em relação ao ano anterior tenha sido de modestos 1,1%, este foi o quarto ano consecutivo de números positivos. O crescimento acumulado ao longo desse período se aproxima de 9,5%. (biodieselbr)

Eficiência energética é aprovada em hospitais na BA e PE

Projeto de eficiência energética é aprovado para hospitais na BA e PE.
Iniciativa da Coelba e Celpe destinará R$ 3,2 milhões para modernização dos sistemas de ar condicionado e troca de lâmpadas de cinco instituições de linha de frente ao combate da Covid-19.
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou um projeto de eficiência energética para hospitais na linha de frente de enfrentamento da Covid-19 na Bahia e em Pernambuco. A ação envolve investimentos de aproximadamente R$ 3,2 milhões e trata principalmente dos sistemas de ar condicionado e troca de lâmpadas, conforme indicam os planos de contingência determinados pelo governo federal.
A proposta foi apresentada pela Coelba em cooperação com Celpe, subsidiárias da Neoenergia nos respectivos estados. O objetivo é que as medidas possam gerar uma economia de até 30% na conta de energia das instituições estaduais. Serão contemplados, num primeiro momento, o Hospital Espanhol, Santa Clara e Riverside, na área de concessão baiana, e Hospital Universitário Osvaldo Cruz – HUOC e Hospital Alfa, em Pernambuco, que se encontram em processo de estruturação e montagem.
Serão disponibilizadas também novas alas de UTIs e ampliação de enfermarias em hospitais existentes, como parte do Plano de Contingência para enfrentamento da disseminação do novo coronavírus nos estados.
Hospitais públicos serão abastecidos por energia solar eficiente.
Também há a possibilidade de atendimento a outros hospitais públicos, conforme previsão no projeto. (canalenergia)

terça-feira, 26 de maio de 2020

Geração solar volta a bater recorde no Nordeste

Segundo o ONS, pico foi de 1.544 MW ao meio dia de 03/04/2020.
Com uma produção máxima de 1.544 MW às 12:26 horas de 03/04/20, o Nordeste do país registrou novo recorde de geração solar instantânea, chegando a 16% do abastecimento da carga na região, informa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A geração média de 523 MW médios também apresentou novo recorde para o submercado e o Sistema Interligado Nacional (SIN), representando aumento de cerca de 5% quando comparado com o melhor desempenho em 28/03/20, quando apontou média de 496 MWmed. A energia gerada seria suficiente para abastecer por um dia o estado de Alagoas.
(canalenergia)

Austrália vai exportar energia solar para Singapura

Eletricidade será transportada por meio de um cabo submarino de 3,8 mil quilômetros.
Um novo projeto na Austrália com o nome de ‘Sun Cable’ prevê a construção de uma usina solar em uma área de 15 mil hectares, perto de Tennant Creek, com capacidade para 10 gigawatts. A energia irá abastecer Darwin e será exportada para Singapura, por meio de um cabo submarino de 3,8 mil quilômetros.
O projeto Sun Cable poderá ser pioneiro na indústria de exportação de energia renovável na Austrália, podendo dar origem a novas indústrias de manufatura e empregos na construção. Além disso, o projeto é uma oportunidade de reduzir a dependência do país de exportação de carvão e gás para China.
A Austrália é o terceiro maior exportador de combustíveis fósseis do mundo, o que gera intenso debate em relação às mudanças climáticas. Mas a economia depende fortemente das receitas de exportação de combustíveis como carvão e gás, que criam emissões substanciais de gases do efeito estufa quando queimados.
Além do ‘Sun Cable’, outros projetos semelhantes caminham com a ideia de explorar os vastos recursos de energia renovável do país. Com investimento de custo de 20 bilhões de dólares, o projeto foi anunciado no ano passado por um grupo de investidores australianos. Segundo os investidores, a iniciativa poderá suprir até um quinto das necessidades de energia de Singapura até 2030, e substituiria uma grande parte da eletricidade gerada por combustíveis fósseis utilizados em Darwin. A previsão é que a Sun Cable seja concluída em 2027.
A empresa 5B de Sydney foi contratada pelo projeto Sun Cable para utilizar a sua tecnologia de pré-fabricação de painéis solares, de forma a acelerar a construção da usina solar. A empresa vai pré-montar os painéis solares e entregá-los no local, prontos para montagem rápida.
Outros projetos similares de exportação de energia renovável já estão pegando carona no país como o Projeto de Hidrogênio Renovável de Murchison, na Austrália Ocidental. Este utilizará a energia produzida por parques eólicos e solares, de modo a criar hidrogênio renovável para transportá-lo para o leste da Ásia como hidrogênio líquido.
Estas iniciativas vão ao encontro da estratégia de hidrogênio renovável do governo da Austrália Ocidental que se esforça para tornar o hidrogênio limpo um fator determinante para o futuro das exportações do país.
Pode parecer “insano”, mas a Austrália poderá em breve exportar a luz do sol para a Ásia, através de um cabo. (portalsolar)

Nordeste bate recorde de geração solar

Nordeste registra novo recorde de geração solar, diz ONS.
Geração média alcançou 496 MW e pico de 1.465 MW foi registrado na manhã de 28/03/2020.
O Nordeste do país apresentou novos recordes de geração solar média e instantânea em 28/03/2020, chegando a 496 MW médios e representando 5,4% da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 03/03/2020. O recorde anterior havia sido em 11/02/2020, quando foram gerados 471 MW médios.
No pico de produção, as usinas fotovoltaicas atingiram 1.465 MW às 9:58 horas, volume suficiente para abastecer 17,4% do submercado. A melhor marca até então tinha sido em 06/03/2020, quando o Operador registrou 1.378 MW.
No Brasil, a energia solar contribui com 1% do total de carga de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN). (canalenergia)

domingo, 24 de maio de 2020

Banco BV alonga parcelas para aquisição de equipamentos fotovoltaicos

Portal Solar e banco BV alongam parcelas para aquisição de equipamentos fotovoltaicos.
Modelo de prestação inédita pode chegar até 72 vezes, com prazo de carência de 90 dias.
O Portal Solar, marketplace de equipamentos fotovoltaicos, em parceria com o banco BV, reformulou o financiamento para equipamentos fotovoltaicos. Agora, a linha crédito permite o parcelamento inédito no mercado em até 72 vezes, facilitando ao consumidor a instalação de sistemas de geração de energia solar em residências, comércios e indústrias sem a necessidade de desembolso próprio.
Além do alongamento das parcelas, o prazo de carência para o pagamento da primeira parcela passou de 60 para 90 dias. Essa medida, segundo o Portal, tem o objetivo de dar mais tempo ao consumidor para obter as primeiras economias na conta de luz antes de receber o carnê do financiamento, uma vez que o tempo médio para adquirir um sistema fotovoltaico, despachar, instalar e homologar na distribuidora de energia é de três meses. 
Segundo os cálculos do Portal Solar, em cerca de 70% das operações de crédito contratadas, o alongamento do prazo possibilitará que a economia na conta de luz seja maior do que a parcela do financiamento.
“Agora, é possível comprar energia solar sem gastar dinheiro de imediato e já se beneficiar com a economia na conta de luz num valor maior do que a prestação que será paga mensalmente. Na prática, é como se o consumidor conseguisse na hora um desconto na sua conta de luz e, depois de seis anos, o sistema de energia solar se pagou com a própria economia na conta de luz”, explica Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.
Para as novas regras de financiamento, a base de cálculo do Portal Solar considerou os preços praticados no mercado, a radiação solar das capitais e as tarifas das distribuidoras de energia que atendem em baixa tensão.
Para o superintendente de Produtos Varejo do banco BV, Daniel Monteiro, o crédito para instalação de placa solar está em expansão, acompanhando o crescimento do próprio mercado. “Uma vantagem é que o financiamento para o sistema de geração de energia limpa tem parcela fixa durante todo o contrato, ao contrário da conta de luz, que aumenta todo ano. Dessa forma, a economia do cliente aumenta progressivamente. Se hoje há uma economia de R$100 na conta de luz, daqui a dois anos, poderá chegar a R$ 115. E, quando acabar a prestação, vai economizar R$ 800 ao mês”, detalha.
Preços praticados no mercado usados como premissa nos cálculos:
Sistema 2,07 kwp: R$ 14.550,36
Sistema 3,45 kwp: R$18.760,03
Sistema 5,52 kwp: R$ 24.012,82
Sistema 8,28 kwp: R$ 35.892,36
Sistema 10,69 kwp: R$ 44.279,92
Sistema 16,56 kwp: R$ 60.859,90
Sistema 20,7 kwp: R$ 73.752,67
Sistema 52,44 kwp: R$ 170.112,91
Sistema 102,47 kwp: R$ 332.535,26
Sistema 310,5 kWp: R$ 975.135,25 (portalsolar)

Indústria gaúcha vai usar energia solar para produção de arroz

Indústria gaúcha vai usar energia solar para produção de arroz.
Coradini Alimentos investe R$ 5,5 milhões em placas solares com objetivo de economizar R$ 80 mil ao mês.
A gaúcha Coradini Alimentos, de Bagé, está prestes a inaugurar um projeto que usa a energia solar para a produção de arroz na unidade. Com investimento de R$ 5,5 milhões, em parceria com o fundo de investimentos americano Long Light Energy, foram instalados na fábrica 3,6 mil painéis solares com capacidade para gerar 1,150 megawatts. O projeto iniciou em agosto do ano passado. Com a ação, a indústria pretende economizar R$ 80 mil ao mês.
A empresa já alia sustentabilidade e economia. A mesma unidade, em Bagé, usa a biomassa, formada pela casca de arroz, para gerar energia elétrica, reduzindo-se assim a quantidade de resíduos e sem utilizar recursos do meio ambiente.
Agora, a ideia é produzir sua própria energia, por meio da fonte solar, para o beneficiamento do arroz. (portalsolar)

Case lança primeira retroescavadeira totalmente elétrica

A empresa de equipamentos de construção está familiarizada com as retroescavadeiras: a CASE alega que construiu a primeira retroescavadeira integrada em fábrica em 1957. E agora, a empresa está progredindo em direção ao futuro da eletrificação, criando o que afirma ser a primeira retroescavadeira totalmente elétrica do setor.
O novo Projeto Zeus tem as mesmas funções e potência que uma retroescavadeira a diesel. No entanto, por ser elétrico, o custo de operação do 580 EV é significativamente menor do que o de operar um modelo a diesel, segundo Case. Também é mais silencioso e emite zero emissões, otimizando-o para uso em construções em cidades lotadas.
A qualidade eletrificada do 580 EV também o torna atraente para empresas incentivadas a trabalhar com equipamentos de baixa emissão, afirma Case. Duas unidades do Projeto Zeus serão entregues a empresas nos EUA durante o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Um será enviado à Avangrid – que atende Nova Inglaterra e Nova York – e o outro à National Grid, que serve Rhode Island, Massachusetts e Nova York.
A Case Construction Equipment apresentou o 580 EV “Project Zeus”, uma retroescavadeira totalmente elétrica.
A primeira retroescavadeira totalmente elétrica é tão poderosa quanto uma movida a diesel, segundo seu fabricante. (biodieselbr)

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Mercado de carros elétricos na Europa triplicará até 2025

Mercado de carros elétricos na Europa deve triplicar até 2025.
Estudo divulgado com base nos dados de consultoria internacional mostra que as montadoras devem investir US$ 163 bilhões nos próximos anos.
Estudo por grupo europeu confirma velocidade de crescimento dos carros elétricos no continente
Principal grupo de defesa do transporte limpo na Europa, o Transport & Environment (T&E) divulgou estudo sobre o futuro dos carros elétricos (EV, veículos elétricos, na sigla em inglês) na Europa, que confirma a velocidade de crescimento desses veículos.
O número de modelos desse tipo de veículo no mercado europeu deve triplicar nos próximos três anos. A conclusão foi feita depois de o T&E analisar quais serão os próximos lançamentos, a partir de dados da IHS Markit.
O número de modelos, que no fim do ano passado chegou a 60, deverá alcançar 214 baterias elétricas (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e células de combustível (FCEV) em 2021, acelerando para 333 modelos em 2025.
Para chegar a esses números, será preciso não apenas tecnologia, mas muito dinheiro. As montadoras estão investindo US$ 163 bilhões em eletrificação.
Todas as grandes montadoras europeias, como a Volkswagen, a BMW, a PSA e a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, têm previsão de lançar uma série de veículos elétricos na Europa. Ainda segundo o relatório, até 2025, a Fiat Chrysler e a Ford deverão oferecer novos modelos no continente.
“Até recentemente, o mercado de EV estava limitado a um nicho de usuários precoces (ou ‘early adopters’), mas a realidade de amanhã será muito diferente, já que os EVs entram em uma nova fase e se aproximam do mercado de massa", informa o relatório da T&E.
Ainda segundo a previsão de produção de veículos leves da IHS Markit e a análise interna da T&E, a produção de VEs na Europa deverá triplicar entre 2019 e 2025, ultrapassando os 4 milhões de carros e vans. Se os dados se confirmarem, esse volume de produção representaria cerca de 1/5 dos volumes de produção automóvel da UE.
O levantamento mostra também que a fabricação de veículos elétricos vai substituir as linhas de produção dos carros movidos a diesel em toda a Europa, com a concentração na Europa Ocidental – Alemanha, França, Espanha e Itália. Já na Europa Central e Oriental, deverão se consolidar como centros de fabricação desses modelos a Eslováquia, a República Tcheca e a Hungria.
Apesar de o estudo ser para o mercado europeu, há dúvidas quanto ao futuro do veículo no Reino Unido, por causa do risco de não negociação dos termos do Brexit, o que afetaria o crescimento da produção e das vendas.

Exemplo
Para Lucien Mathieu, analista de transporte e e-mobilidade da T&E, parte do estímulo para o crescimento projetado para os carros elétricos vem do fato de a União Europeia ter adotado padrões rígidos de emissão de C02 para veículos. No entanto, é preciso adotar outras mudanças para estimular essa motorização, como alterar a tributação de carros para tornar os elétricos ainda mais atraentes do que as alternativas disponíveis atualmente no mercado.
Esse tipo de incentivo será fundamental para os planos de crescimento das montadoras, já que, juntas, elas despejarão bilhões de dólares para continuar a desenvolver o mercado de carros elétricos.
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“Precisamos enviar um sinal claro à indústria de que não há como voltar atrás e concordar com a eliminação progressiva das vendas de carros a gasolina e a diesel nas cidades, em nível nacional e da UE. A era do motor de combustão está chegando ao fim”, avalia.
Apesar de não fazer parte da UE, a Noruega é um exemplo no mercado de veículos elétricos. Em março passado, pela primeira vez, a venda desses modelos superou a de gasolina e diesel juntas. A participação nas vendas quase chegou a 60%, impulsionada por dois fatores principais: a política consistente do governo norueguês de estimular as compras de carros com emissão zero e um número recorde de entregas de Tesla Model 3 naquele mês.
Apesar de ser um país pequeno, com uma população de 5,3 milhões de pessoas, a Noruega é considerada um mercado importante para os elétricos, em particular para a Tesla, de Elon Musk, que festejou na sua conta do Twitter o resultado obtido naquele país.
Carros elétricos serão mais baratos até 2025.
No Brasil, por enquanto, há uma frota de cerca de 10,6 mil carros elétricos, vendidos no período que vai de 2012 a 2018. (correiobraziliense)

Carros elétricos cresceu exponencialmente na Europa em fevereiro

Registo de carros elétricos cresceu exponencialmente na Europa em fevereiro/2020.
A adesão aos carros elétricos na Europa seguia a um ritmo elevado nos últimos meses. Este é um movimento natural e que vai mudar completamente o panorama das nossas estradas no futuro próximo. A mudança está decidida e está já em prática.
Os números referentes a fevereiro foram agora apresentados e revelam um cenário muito animador. O registo de carros elétricos cresceu exponencialmente na Europa em fevereiro, chegando agora aos 92%.
Mercado competitivo
Quem acompanhava os números do mercado automóvel tinha uma visão de que os registos de novos carros elétricos estavam a crescer a um ritmo muito elevado. Cada vez mais estes são uma opção no momento da compra, com todas as vantagens associadas.
Os valores deste mercado para o passado mês de fevereiro vêm mostrar que este ritmo acelerou e que esta presença está ainda mais visível. De acordo com a JATO Dynamics, uma empresa do mercado automóvel, os registos de BEVs aumentaram 92%, para um valor de 38.700 unidades, e os híbridos plug-in aumentaram 153%, para 28.700 unidades.

Tesla não domina
Embora o Model 3 da Tesla domine as vendas de veículos elétricos no mercado global, esse domínio não existe na Europa. Consegue apenas a terceira posição neste mercado, com 3.481 novos registos em fevereiro de 2020. Curiosamente, o seu volume de vendas caiu 6% em comparação com o ano anterior.
Quem domina é o Renault Zoe que vende quase o dobro das unidades, com 6.391 registos em fevereiro. Surpreendentemente, o VW Golf Electric continua popular com 3.695 registos. O Peugeot 208 EV elétrico e o Nissan Leaf completam a tabela dos cinco carros elétricos mais vendidos com 3.463 e 2.416 novos registos.
Vendas de fevereiro
Os números de carros elétricos continuam a crescer de forma elevada. Os seus registos saltaram das 75.400 unidades em fevereiro de 2019 para as 135.500 unidades no mês passado. O aumento de mais de 80% ocorreu às custas dos carros a diesel e gasolina.
Registros de Carros Novos na Europa por Tipo de Combustível.
Até agora, os veículos elétricos foram a maior salvação para os fabricantes que operam na Europa. Esta é uma boa notícia, pois os planos de eletrificação do setor finalmente receberam uma resposta positiva dos consumidores.
As vendas por país
Embora a JATO englobe todos os tipos de veículos eletrificados não nos permite determinar números exatos de VE numa base geográfica, os dados mostram as vendas de carros elétricos por país. Em todo o continente, os VEs representaram quase um terço de todos os chamados registos eletrificados.
Assim, temos em França um valor de 14%, no Reino Unido temos 13%, na Alemanha 11%, em Espanha 10% e em Itália 8,6%.
A Noruega liderou todos os outros mercados com 75% de registo de carros novos como modelos elétricos. (biodieselbr)

Energia solar pode aumentar confiabilidade do fornecimento e baratear conta

Energia solar pode aumentar confiabilidade do fornecimento e baratear conta, diz ministro de Minas e Energia.
Para Bento Albuquerque, fonte solar é grande geradora de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em vista os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.
Em quarentena após ter testado positivo para o coronavírus, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou, em entrevista exclusiva ao Portal Solar, que vê potencial de crescimento na energia solar, elogiou os projetos de regulamentação no Congresso e disse acreditar que “ainda temos muito o que avançar com relação à fonte solar no Brasil”.
“A energia solar tem uma importância crescente no setor elétrico brasileiro. Hoje temos cerca de 5 GW de capacidade instalada de empreendimentos de energia solar fotovoltaica, sendo 2,6 GW de empreendimentos centralizados, que são aqueles de maior porte contratados por leilões, e 2,4 GW de empreendimentos de geração distribuída, que são aqueles de menor porte localizados junto ao consumo”, disse.
Segundo o ministro, com esse aumento na participação, a fonte solar contribui para o aumento da confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, “com um potencial de redução de custos aos consumidores pela grande competitividade da fonte observada nos últimos leilões”.
Bento Albuquerque salientou ainda a grande vantagem da tecnologia fotovoltaica como uma fonte limpa de energia. “A fonte solar contribui para a descarbonização da nossa matriz, que já é uma das mais limpas do mundo, sendo também responsável por gerar uma grande quantidade de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em vista os impactos econômicos da pandemia da Covid-19”, destacou.
Na avaliação de Albuquerque, a fonte solar passou por um processo de amadurecimento significativo nos últimos anos, “com redução nos valores de investimentos, principalmente a queda nos preços dos painéis fotovoltaicos, o que traz ganhos para os consumidores que podem utilizar uma fonte renovável e com preços cada vez mais competitivos”.
“Diria que um dos desafios a ser enfrentado pelo mercado solar passa pelo desenvolvimento dos projetos híbridos, principalmente com armazenamento de energia por meio de sistemas de baterias. Esse desenvolvimento gerará profundas transformações no setor elétrico que conhecemos hoje”, prevê.
Albuquerque destacou ainda que a fonte solar, assim como a fonte eólica, caracteriza-se por ser uma fonte intermitente, ou seja, variável de acordo com a disponibilidade da fonte. “Isso gera uma complexidade maior para a operação do nosso sistema e também a consideração de custos sistêmicos, como uma maior exigência de geração complementar para quando faltar vento ou insolação. O desenvolvimento de empreendimentos híbridos, com armazenamento de energia devem suprir essa característica da fonte solar”, diz.
Coronavírus
Albuquerque, que termina seu período de quarentena nesta semana e não teve os sintomas do coronavírus, destacou que, além dos desafios típicos da fonte solar, o país passa por um momento complexo causado pela pandemia da Covid-19. “Não sabemos ainda exatamente quais serão os impactos na demanda por energia elétrica nos próximos anos, o que pode afetar o mercado de todas as fontes de energia”, disse.
O ministro destacou ainda que a participação do Congresso é fundamental na definição das políticas públicas relacionadas as fontes renováveis, como a fonte solar. “Os debates em torno da regulamentação da geração solar, especialmente a geração distribuída, não são uma exclusividade do Brasil, ocorreram em diversos países do mundo. O que deve se ter como objetivo é uma regulamentação que venha a ser implementada de forma a garantir o desenvolvimento da fonte solar de forma sustentável, trazendo benefícios para todos os consumidores do País”, finalizou. (portalsolar)

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Geração de energia à carvão segue caindo em todo o mundo

Geração de energia à carvão segue caindo em todo o mundo, mas ainda aquém das necessidades climáticas globais.
Pelo quarto ano consecutivo, o número de usinas de energia operadas a partir de carvão caiu em todo o mundo em 2019, de acordo com um novo relatório publicado hoje pela Global Energy Monitor, com apoio do Greenpeace International, Sierra Club, e o Centre for Research on Energy and Clean Air.
Esta é a 5º edição do relatório, que faz um levantamento sobre projetos novos de energia termelétrica de carvão. Dentre suas conclusões, destaca-se que, desde 2015, houve uma queda anual de 16% na construção de novas infraestruturas para carvão no setor, totalizando 66% de queda ao longo desses anos. Em 2019, a construção de novos projetos desse tipo foi 5% menor que em 2018 e 66% menor que em 2015.
A despeito do declínio observado em novos projetos de carvão, a capacidade instalada de geração energética a partir desse combustível cresceu cerca de 34,1 gigawatts (GW) em 2019, o primeiro crescimento desde 2015. Quase 2/3 (43,8 GW) dos 68,3 GW adicionados foram instalados na China. Fora desse país, a capacidade instalada caiu pelo segundo ano consecutivo, já que o resto do mundo desativou mais capacidade (27,2 GW) do que construiu (24,5 GW).
“A geração energética a carvão caiu de forma recorde em 2019, à medida que fontes renováveis cresceram e a demanda caiu”, diz Christine Shearer, principal autora do relatório e diretora do programa de carvão do Global Energy Monitor. “De toda forma, o número de novas plantas adicionadas ao grid acelerou, o que significa que as usinas globais de energia a carvão estão operando menos – ou seja, mais plantas gerando menos energia. Para bancos e investidores que continuam sustentando esses projetos, isso significa menor lucro e risco mais elevado”.
Ainda que a implementação de novos projetos energéticos a carvão tenha caído ao redor do mundo, as tendências observadas na China seguem sendo alarmantes. A quantidade de nova capacidade energética a partir desse combustível fóssil adicionada ao grid aumentou em 2019, mesmo que a utilização dessas plantas tenha caído, o que indica uma sobrecapacidade piorada. Projetos anteriormente abandonados foram retomados já que os controles sobre sobrecapacidade foram flexibilizados no país.
“O lobby da energia a carvão na China está pressionando por centenas de novas usinas termelétricas no país até 2030, em contrariedade aos compromissos globais da China de ser um contribuidor na luta contra a mudança do clima”, explica Lauri Myllyvirta, analista-chefe no Centre for Research on Energy and Clean Air. “Como formuladores de políticas públicas buscam por outras formas para estimular a economia após a crise do coronavírus, uma onda de novos projetos de carvão seria o pior tipo de desperdício. Tanto os compromissos climáticos da China como a maior competitividade de tecnologias de energia limpa significam que as instalações para energia limpa vão se acelerar, limitando o espaço para geração a carvão crescer”.
Entre os membros da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a capacidade energética a carvão vem decaindo desde 2011. Quase metade da capacidade abandonada em 2019 se deu nos Estados Unidos, a segunda maior já registrada. Na União Europeia, o abandono de capacidade foi o 4º maior registrado. Sob Trump, o descomissionamento de usinas a carvão cresceu 67% em comparação com a administração Obama: a média de desativação sob a gestão anterior foi de 8,2 GW anuais entre 2009 e 2016, e de 13,7 GW por ano no atual governo (2017-2019), (veja figura abaixo).
“A desativação de usinas a carvão não apenas continuou sob Trump, mas se acelerou nos últimos”, diz Neha Matthew-Shah, representante do Sierra Club para justiça ambiental internacional. “O carvão simplesmente não é competitivo frente a alternativas mais baratas e menos poluentes para a economia energética moderna. Está na hora dos Estados Unidos se conscientizar disso e abraçar a transição energética limpa”.
Enquanto Estados Unidos e União Europeia se distanciam do carvão, o Japão é agora o maior gerador de energia a carvão entre os países da OCDE. O país tem 11,9 GW de capacidade energética a partir desse combustível em desenvolvimento doméstico, o que aumentaria as emissões de dióxido de carbono ao longo da vida útil de sua infraestrutura de carvão existente em 50% (de 3,9 para 5,8 bilhões de toneladas). Fora de suas fronteiras, o capital japonês está por trás de 24,7 GW em novos projetos a carvão, maior do que a capacidade instalada atual da Austrália (24,4 GW).
“Ainda que o carvão siga avançando em alguns países asiáticos, no resto do mundo o que vemos é claramente um declínio desse combustível para geração de energia. Esta é uma tendência global que deve continuar nos próximos anos”, aponta Gyorgy Dallos, estrategista global do Greenpeace International. “Infelizmente, China e Japão seguem contrariando essa tendência global, se tornando os países com maior capacidade em instalação e financiando projetos desse tipo na Ásia”.
Mesmo com a queda no desenvolvimento de novos projetos energéticos baseados no carvão em 2019, o mundo segue fora de uma trajetória que permita viabilizar as metas do Acordo de Paris sobre mudança do clima. A capacidade instalada para geração de energia a carvão precisa cair 80% até 2030 para que possamos ter condições de manter o aumento de temperatura média global abaixo de 1,5°C, de acordo com projetos do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (IPCC). Além disso, as Nações Unidas pediram que o ano de 2020 seja o último para novas propostas de plantas energéticas a carvão.
“O mundo já possui mais capacidade energética a carvão do que poderia ter dentro do Acordo de Paris”, diz Greg Aitken, analista de pesquisa financeira para o Global Energy Monitor. “Está na hora dos investidores e financiadores se alinharem à realidade”.
Energias renováveis ou energias alternativas.
Nota: O tamanho médio das unidades geradoras a carvão é de 350 megawatts, sendo que a maioria das centrais elétricas tem duas ou mais unidades deste tipo. (ecodebate)

Enel mantem planos de expansão para os próximos anos

Grupo tem meta de acrescentar 14 GW de energia limpa em seu portfólio até 2022.
A Enel minimizou os possíveis efeitos da crise do coronavírus em seus planos de crescimento em projetos renováveis em 2020. Ao divulgar resultados financeiros na última quinta-feira (19), a companhia italiana declarou que a pandemia não trouxe prejuízos materiais a cadeia de fornecimento de seus projetos. O grupo tem meta de acrescentar 14 GW de energia limpa em seu portfólio até 2022.
“Nós temos um horizonte de ganhos muito visível. Mais de 80% do nosso EBITDA tem origem em atividades contratadas que não são afetadas pelo COVID-19”, declarou o CEO da Enel, Francesco Starace, durante teleconferência. O executivo afirmou que acredita que a empresa pode sair desse ciclo com poucas perdas.
Mais de 35 mil funcionários, cerca de metade da força de trabalho global da Enel, estão trabalhando de maneira remota atualmente. Em 2019, a empresa apresentou crescimento de 6,3% da receita, totalizando US$ 86,2 bilhões, e um incremento de 8,3% no EBITDA, registrando US$ 19 bilhões.
A Enel apontou que a geração por fontes renováveis foi a principal impulsionadora do crescimento do ano passado. Por meio da Enel Green Power, o grupo adicionou cerca de 3 GW de capacidade ao longo de 2019, contrastando com uma redução de 4,1 GW na energia de carvão no mesmo período.
Em novembro, a companhia revelou planos de expandir investimentos em projetos de energia limpa, reforçando foco em mercado onde tem presença integrada, como Itália, Espanha, Chile e Brasil. É esperada uma capacidade adicional de 4 GW em renováveis apenas em 2020 a um portfólio que já conta com 45,9 GW. Com 3,6 GW, a energia solar está em terceiro no ranking da Enel, atrás da fonte hídrica (28,1 GW) e eólica (10,8 GW).
Empreendimentos em geração fotovoltaica são parte integral desses planos, incluindo a expansão do parque solar São Gonçalo, no Piauí. A obra irá aumentar para 608 MW a capacidade total da usina, que já é considerada a maior da América do Sul. Serão investidos R$ 422 milhões e a previsão é que a operação comece a funcionar ainda nesse ano. (portalsolar)

Carros elétricos são melhores para o clima em 95% do mundo

O medo de que os carros elétricos possam realmente aumentar as emissões de carbono é infundado em quase todas as partes do mundo, mostram novas pesquisas.
Os relatos da mídia questionam regularmente se os carros elétricos são realmente “mais ecológicos” quando as emissões da produção e da geração de eletricidade são levadas em consideração. Mas um novo estudo da Universidade Radboud, com as universidades de Exeter e Cambridge, concluiu que os carros elétricos levam a menores emissões de carbono em geral, mesmo que a geração de eletricidade ainda envolva quantidades substanciais de combustível fóssil.
Já nas condições atuais, dirigir um carro elétrico é melhor para o clima do que carros a gasolina convencionais em 95% do mundo, segundo o estudo. As únicas exceções são lugares como a Polônia, onde a geração de eletricidade ainda se baseia principalmente em carvão. As emissões médias da vida útil de carros elétricos são até 70% inferiores às de gasolina em países como Suécia e França (que obtêm a maior parte de sua eletricidade de fontes renováveis e nucleares) e cerca de 30% menores no Reino Unido.
Em alguns anos, até carros elétricos ineficientes serão menos intensivos em emissões do que a maioria dos carros a gasolina novos na maioria dos países, pois a geração de eletricidade deverá ser menos intensiva em carbono do que hoje. O estudo projeta que, em 2050, cada segundo carro nas ruas poderia ser elétrico. Isso reduziria as emissões globais de CO2 em até 1,5 gigatoneladas por ano, o que equivale ao total de emissões atuais de CO2 da Rússia.
O estudo também analisou as bombas de calor elétricas domésticas e descobriu que elas também produzem emissões mais baixas do que as alternativas a combustíveis fósseis em 95% do mundo. As bombas de calor podem reduzir as emissões globais de CO2 em 2050 em até 0,8 gigatoneladas por ano – aproximadamente o mesmo que as atuais emissões anuais da Alemanha.
“Começamos esse trabalho há alguns anos atrás, e os formuladores de políticas no Reino Unido e no exterior mostraram muito interesse nos resultados”, disse Florian Knobloch, do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Radboud (Holanda), líder autor do estudo. “A resposta é clara: para reduzir as emissões de carbono, devemos escolher carros elétricos e bombas de calor domésticas em vez de alternativas a combustíveis fósseis”.
“Em outras palavras, a ideia de que veículos elétricos ou bombas de calor elétricas poderiam aumentar as emissões é essencialmente um mito. Vimos muita discussão sobre isso recentemente, com muita desinformação por aí. Aqui está um estudo definitivo que pode dissipar esses Temos números para todo o mundo, analisando uma grande variedade de carros e sistemas de aquecimento. Mesmo em nosso pior cenário, haveria uma redução nas emissões em quase todos os casos. Esse insight deve ser muito útil para os formuladores de políticas”, disse Knobloch.
O estudo examinou as emissões atuais e futuras de diferentes tipos de veículos e opções de aquecimento doméstico em todo o mundo. Ele dividiu o mundo em 59 regiões para explicar as diferenças de geração e tecnologia de energia. Em 53 dessas regiões – incluindo toda a Europa, EUA e China – os resultados mostram que carros elétricos e bombas de calor já são menos intensivos em emissões do que as alternativas a combustíveis fósseis. Essas 53 regiões representam 95% da demanda global de transporte e aquecimento e, com a produção de energia descarbonizando em todo o mundo, Knobloch disse que “os últimos casos discutíveis desaparecerão em breve”.
Os pesquisadores realizaram uma avaliação do ciclo de vida em que não apenas calcularam as emissões de gases de efeito estufa geradas ao usar carros e sistemas de aquecimento, mas também na cadeia de produção e processamento de resíduos. “Levando em conta as emissões da fabricação e do uso contínuo de energia, é claro que devemos incentivar a mudança para carros elétricos e bombas de calor domésticas sem arrependimentos”, concluiu Knobloch. (ecodebate)