quarta-feira, 20 de maio de 2020

Enel mantem planos de expansão para os próximos anos

Grupo tem meta de acrescentar 14 GW de energia limpa em seu portfólio até 2022.
A Enel minimizou os possíveis efeitos da crise do coronavírus em seus planos de crescimento em projetos renováveis em 2020. Ao divulgar resultados financeiros na última quinta-feira (19), a companhia italiana declarou que a pandemia não trouxe prejuízos materiais a cadeia de fornecimento de seus projetos. O grupo tem meta de acrescentar 14 GW de energia limpa em seu portfólio até 2022.
“Nós temos um horizonte de ganhos muito visível. Mais de 80% do nosso EBITDA tem origem em atividades contratadas que não são afetadas pelo COVID-19”, declarou o CEO da Enel, Francesco Starace, durante teleconferência. O executivo afirmou que acredita que a empresa pode sair desse ciclo com poucas perdas.
Mais de 35 mil funcionários, cerca de metade da força de trabalho global da Enel, estão trabalhando de maneira remota atualmente. Em 2019, a empresa apresentou crescimento de 6,3% da receita, totalizando US$ 86,2 bilhões, e um incremento de 8,3% no EBITDA, registrando US$ 19 bilhões.
A Enel apontou que a geração por fontes renováveis foi a principal impulsionadora do crescimento do ano passado. Por meio da Enel Green Power, o grupo adicionou cerca de 3 GW de capacidade ao longo de 2019, contrastando com uma redução de 4,1 GW na energia de carvão no mesmo período.
Em novembro, a companhia revelou planos de expandir investimentos em projetos de energia limpa, reforçando foco em mercado onde tem presença integrada, como Itália, Espanha, Chile e Brasil. É esperada uma capacidade adicional de 4 GW em renováveis apenas em 2020 a um portfólio que já conta com 45,9 GW. Com 3,6 GW, a energia solar está em terceiro no ranking da Enel, atrás da fonte hídrica (28,1 GW) e eólica (10,8 GW).
Empreendimentos em geração fotovoltaica são parte integral desses planos, incluindo a expansão do parque solar São Gonçalo, no Piauí. A obra irá aumentar para 608 MW a capacidade total da usina, que já é considerada a maior da América do Sul. Serão investidos R$ 422 milhões e a previsão é que a operação comece a funcionar ainda nesse ano. (portalsolar)

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