Energia solar pode aumentar
confiabilidade do fornecimento e baratear conta, diz ministro de Minas e
Energia.
Para Bento Albuquerque, fonte
solar é grande geradora de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em
vista os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.
Em quarentena após ter
testado positivo para o coronavírus, o ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, afirmou, em entrevista exclusiva ao Portal Solar, que vê potencial
de crescimento na energia solar, elogiou os projetos de regulamentação no
Congresso e disse acreditar que “ainda temos muito o que avançar com relação à
fonte solar no Brasil”.
“A energia solar tem uma
importância crescente no setor elétrico brasileiro. Hoje temos cerca de 5 GW de
capacidade instalada de empreendimentos de energia solar fotovoltaica, sendo
2,6 GW de empreendimentos centralizados, que são aqueles de maior porte
contratados por leilões, e 2,4 GW de empreendimentos de geração distribuída,
que são aqueles de menor porte localizados junto ao consumo”, disse.
Segundo o ministro, com esse
aumento na participação, a fonte solar contribui para o aumento da
confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, “com um potencial de
redução de custos aos consumidores pela grande competitividade da fonte observada
nos últimos leilões”.
Bento Albuquerque salientou
ainda a grande vantagem da tecnologia fotovoltaica como uma fonte limpa de
energia. “A fonte solar contribui para a descarbonização da nossa matriz, que
já é uma das mais limpas do mundo, sendo também responsável por gerar uma
grande quantidade de empregos, aspecto ainda mais importante tendo em vista os
impactos econômicos da pandemia da Covid-19”, destacou.
Na avaliação de Albuquerque,
a fonte solar passou por um processo de amadurecimento significativo nos
últimos anos, “com redução nos valores de investimentos, principalmente a queda
nos preços dos painéis fotovoltaicos, o que traz ganhos para os consumidores
que podem utilizar uma fonte renovável e com preços cada vez mais competitivos”.
“Diria que um dos desafios a
ser enfrentado pelo mercado solar passa pelo desenvolvimento dos projetos
híbridos, principalmente com armazenamento de energia por meio de sistemas de
baterias. Esse desenvolvimento gerará profundas transformações no setor
elétrico que conhecemos hoje”, prevê.
Albuquerque destacou ainda
que a fonte solar, assim como a fonte eólica, caracteriza-se por ser uma fonte
intermitente, ou seja, variável de acordo com a disponibilidade da fonte. “Isso
gera uma complexidade maior para a operação do nosso sistema e também a
consideração de custos sistêmicos, como uma maior exigência de geração
complementar para quando faltar vento ou insolação. O desenvolvimento de
empreendimentos híbridos, com armazenamento de energia devem suprir essa
característica da fonte solar”, diz.
Coronavírus
Albuquerque, que termina seu
período de quarentena nesta semana e não teve os sintomas do coronavírus,
destacou que, além dos desafios típicos da fonte solar, o país passa por um
momento complexo causado pela pandemia da Covid-19. “Não sabemos ainda
exatamente quais serão os impactos na demanda por energia elétrica nos próximos
anos, o que pode afetar o mercado de todas as fontes de energia”, disse.
O ministro destacou ainda que
a participação do Congresso é fundamental na definição das políticas públicas
relacionadas as fontes renováveis, como a fonte solar. “Os debates em torno da
regulamentação da geração solar, especialmente a geração distribuída, não são
uma exclusividade do Brasil, ocorreram em diversos países do mundo. O que deve
se ter como objetivo é uma regulamentação que venha a ser implementada de forma
a garantir o desenvolvimento da fonte solar de forma sustentável, trazendo
benefícios para todos os consumidores do País”, finalizou. (portalsolar)
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