O uso da energia solar
cresceu de forma notável no Brasil nos últimos anos e poderá expandir ainda
mais na próxima década.
Segundo informações do Plano
Decenal de Expansão de Energia (PDE 2019-2029), divulgada em fevereiro pelo MME
(Ministério de Minas e Energia), a capacidade instalada de placas solares no
Brasil deverá crescer quatro vezes nos próximos dez anos.
Somente no segmento de
geração distribuída, a geração deverá saltar dos atuais 2 GW (Gigawatts) para
11 GW, impulsionado pela queda de preços dos sistemas fotovoltaicos.
Na produção através de
grandes usinas, as hidrelétricas, que hoje lideram a matriz brasileira com 58%
da sua produção, deverão cair para 42% a sua participação no período.
Outra fonte de energia
renovável que deverá crescer nos próximos anos segundo o estudo é a eólica,
saltando de 9% para 16% de participação no mix de energia do país.
Por outro lado, o aumento
estimado da geração por usinas térmicas a gás, de 7% para 14%, irá resultar na
queda da participação das fontes limpas, que pode passar dos atuais 83% para
80% nesse prazo.
A capacidade total de geração
elétrica instalada no Brasil é de 176 GW (gigawatts) e pode atingir 251 GW nos
próximos 10 anos.
Para isso, o setor elétrico
precisará investir em média R$ 2,34 trilhões até 2029, segundo estudos e
projeções do governo.
Na infraestrutura de
transmissão, as redes elétricas terão aumento de 32%, crescendo de 154,4 mil km
para 203,4 mil km até 2029.
De
acordo com Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, o plano decenal
serve como referência para “fornecer a segurança energética que o país precisa
para o desenvolvimento econômico”, “O mundo está passando por uma transição
energética, por isso temos que ter cuidado no planejamento”, destacou.
Sobre as estimativas do
governo, o secretário de planejamento e desenvolvimento de energia, Reive
Barros, explicou que o PDE é baseado em avaliações sócio econômico e de demanda
de energia.
“As premissas consideradas
explicam que a população do país crescerá a uma taxa média de 0,6% ao ano,
atingindo 224,3 milhões de habitantes em 2029. O cenário de referência da
pesquisa considera um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9%
por ano e expansão de 2,2% do PIB per capita por ano até 2029”, ponderou.
Barros destacou ainda que a
indústria tem 30% de ociosidade e pode ocupar sua capacidade rapidamente,
motivo pelo qual o setor tem que se antecipar a esse crescimento para garantir
capacidade instalada de energia.
Setor Solar
No final de 2019, o país
registrava um total de 4,4 Gigawatts (GW) gerados por placas solares
fotovoltaicas, divididos entre Geração Centralizada (GC) e Geração Distribuída
(GD).
De acordo com o levantamento
da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), eram
aproximadamente 2,5 GW na centralizada e 1,9 GW em distribuída.
Ainda segundo a associação,
somente as instalações de micro e minigeradores trouxeram investimentos
acumulados de R$8,4 bilhões desde 2012, ano em que foram criadas as regras do
segmento de geração distribuída.
Para 2020, a Absolar projeta
que os investimentos no setor deverão ultrapassar R19,7 bilhões, sendo 83%
resultante de instalações residenciais e comerciais.
Essas previsões favoráveis
atraem cada vez mais brasileiros para o setor, que oferece boas oportunidades
para quem quer trabalhar ou abrir empresa energia solar. (ecodebate)
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