sábado, 2 de maio de 2020

Avaliações de PL para regulamentar setor de geração solar distribuída

Entidades avaliam positivamente PL para regulamentar setor de geração solar distribuída.
Para a ABSOLAR, trata-se de iniciativa suprapartidária em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do País.
Entidades representantes dos setores de energia solar e geração distribuída avaliam positivamente o Projeto de Lei (PL) para regulamentar o mercado. A proposta do deputado Lafayette de Andrade (Republicanos-MG) é vista como contraponto a revisão da Resolução 484 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para o CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, o PL é benéfico para o desenvolvimento da fonte renovável no Brasil. “Trata-se de iniciativa suprapartidária em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do País, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados, redução de custos para famílias, empresas e produtores rurais, com mais liberdade de escolha para os consumidores”.
“O texto proposto pela Aneel era ruim para o mercado e pegou de surpresa fabricantes e investidores, só agradava as distribuidoras. A mobilização foi positiva, o deputado ouviu todos os setores e chegou-se a um termo mais próximo de um consenso”, aponta o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista.
Originalmente, a Aneel propunha reduzir gradualmente subsídios da geração distribuída para remunerar o custo da rede. O debate gerou polêmica, pelo entendimento que a taxação poderia inviabilizar novos projetos e trazer insegurança jurídica. “Passou-se a ideia de que quatro ou cinco pessoas podiam mudar todo o setor em uma canetada”, conta Evangelista.
A repercussão gerou manifestações do presidente da República, Jair Bolsonaro, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, contra a taxação do setor. A articulação resultou no PL, que estabelece que projetos de GD que protocolarem solicitação de acesso até 31 de dezembro de 2020, ficam nas regras atuais até 2045. Já as novas instalações ficam com os incentivos atuais, sem nenhuma mudança, até o fim de 2021. A partir de janeiro de 2022, a geração distribuída entra em um processo de aumento gradual na tarifa. O texto ainda não foi apresentado para votação. “Ainda não temos a minuta, só os principais pontos. Mas é um projeto muito interessante, esperamos que seja rapidamente aprovado”, diz Evangelista.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, promover a energia solar fotovoltaica é medida alinhada com as melhores práticas internacionais. “No Brasil, a fonte é cada vez mais acessível à população, de todas as faixas de renda, além de ser uma locomotiva de crescimento econômico. O mercado poderá gerar cerca 672 mil novos empregos aos brasileiros na microgeração e minigeração distribuída até 2035, com a manutenção das regras atuais”. (portalsolar)

Nenhum comentário: