Fonte
do setor das energias renováveis, disse à Reuters Brasil, que os investimentos
para instalar sistemas de geração de eletricidade em telhados residenciais e
comercias no Brasil irão receber um aumento de subsídios em cerca de 16.4
biliões de reais.
O
aumento destes subsídios irá permitir uma capacidade instalada destes sistemas
em 5,4 GW, atualmente apenas estão instalados 2 GW. Será assim um crescimento
de 170% comparativamente, disse a Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar).
2020
será assim o ano de maior expansão para este setor da energia solar, sendo
mesmo superior à das centrais solares de grande porte, que de momento é de 2.4
GW (cerca de 1.45% da rede elétrica).
Mas
estes investimentos também vão influenciar o crescimento anual, em 25%,
aumentando a capacidade instalada nas grandes centrais até fim do ano em cerca
de 3 GW.
As
projeções inicias apontam para um investimento total de 19.7 biliões de reais
em energia solar só neste ano 2020, mas surgem num momento em que se está a
debater pelo país propostas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
para alterar regras de remuneração das instalações de geração de eletricidade.
Esta
proposta de alteração na remuneração aos pequenos produtores veio no seguimento
do “boom” da tecnologia, que entre 2018 e 2019 teve um aumento de 235% na
capacidade, estando a ser usados argumentos de que os incentivos atualmente
concedidos ao segmento podem levar ao aumento do custo cobrado aos consumidores
de eletricidade em geral.
A
Aneel defende assim a mudança das regras para evitar custos estimados em 55
biliões de reais até 2035 para clientes que não usam a geração distribuída
(clientes residenciais que produzem eletricidade para autoconsumo e enviam o
excedente para a rede elétrica). Uma visão que recebeu o apoio do Ministério da
Economia.
No entanto esta proposta da Aneel foi duramente
criticada por Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil, que no início de janeiro
2020 disse que os presidentes da Câmara e do Senado estão em consenso para
bloquear esta medida caso seja aprovada.
Mudanças
a caminho
Atualmente
os consumidores que instalam sistemas de produção de eletricidade, painéis
solares fotovoltaicos, que estejam ligados à rede, podem abater nas contas da
sua fatura de eletricidade toda a produção gerada pelos seus equipamentos, mas
a proposta da Aneel é de descontar dos créditos gerados o que considera serem
custos necessários à manutenção da rede.
Enquanto
isso, empresas do setor, as representadas pela Absolar, concordam com a
intervenção do Presidente do Brasil, estão em reuniões com parlamentares em
vista a apresentar um projeto de lei para regulamentar a remuneração dos
sistemas de auto geração para a rede, um projeto de lei que virá assim
substituir a medida proposta pela Aneel!
Esse
projeto de lei foi dado a conhecer ainda durante o mês de fevereiro 2020 pelo
deputado Lafayette de Andrade, disse o presidente da Associação Brasileira de
Geração Distribuída (ABGD) à agência Reuters Brasil.
O
projeto de lei terá como característica uma transição mais suave, enquanto que
a proposta da Aneel implicaria um corte de até 68% nos créditos gerados por
quem está no mercado da geração distribuída, pois teria que ser a partir desse
valor que se iriam cobrar os custos de rede e encargos, assim, com este projeto
de lei esse corte será apenas de 28%!
A
nova geração de telhados solares já está a caminho.
Além
disso, o projeto de lei irá legislar as regras para as novas instalações de
autoconsumo, e serão aplicadas gradualmente. (portal-energia)
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