A
crescente demanda por diesel renovável faz parte de uma ampla transição global
rumo aos combustíveis “verdes”, e pode aumentar os preços de safras como soja e
canola, das quais é derivado.
O
Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês) pretende
ajustar até a primavera deste ano (no Hemisfério Norte) a maneira como reporta
o uso de óleo de soja para a produção de biocombustíveis em seu relatório
mensal de oferta e demanda global (WASDE), segundo uma autoridade da agência.
Mudanças só serão realizadas depois que a Administração de Informação sobre Energia (AIE) passar a divulgar dados mais detalhados sobre o setor de diesel renovável, disse Keith Menzie, economista do Conselho de Agricultura Mundial do USDA, em entrevista.
A AIE planeja começar a incorporar dados sobre o diesel renovável em seu relatório mensal de oferta de petróleo, com o objetivo de publicar os números de janeiro até o final deste mês, afirmou a agência à Reuters.
A
rara alteração no relatório WASDE, visto como o padrão-ouro dos dados de
commodities agrícolas no mundo, seria um reconhecimento do forte potencial da
demanda por óleo de soja, em momento em que as ofertas da oleaginosa nos EUA figuram
nos níveis mais baixos em anos.
“Estamos seguindo a liderança da AIE. Quando eles começarem a publicar os dados, vamos adicioná-los ao WASDE”, disse Manzie. “Pode ser já em maio”.
“Isso nos permitirá ser mais granulares nos termos do componente energético e do componente alimentar”, acrescentou. (biodieselbr)
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