A aposta à energia solar, a
chamada “corrida solar” vai acelerar nos próximos anos, muito por culpa do
Governo que finalmente deu luz verde para que 12 centrais fotovoltaicas saíssem
do papel.
Isso, porque as metas
estabelecidas em 2018 ficaram aquém do esperado, por isso mesmo o Governo
insiste em triplicar a capacidade produtiva nos próximos anos com estas novas
centrais!
Uma aposta que tem estado no
topo da agenda política nos últimos anos. Em 2018 o Governo disse que pretendia
triplicar a energia solar no país até 2020, mas falhou a meta! Houve um crescimento
de cerca de 54% entre 2018 e 2020, um aumento, mas abaixo das metas anunciadas!
Motivo que levou o atual
executivo a acreditar que a tendência irá mudar nos próximos anos, desejando
que a capacidade seja triplicada, especialmente com a aprovação do
licenciamento de mais 12 centrais fotovoltaicas para acelerar a estratégia!
Crescimento abaixo do
objetivo
Quando questionado sobre o
motivo do crescimento ter ficado abaixo do objetivo traçado em 2018, fonte do
Gabinete de Matos Fernandes esclareceu que “nos últimos dois anos, foi dado um
impulso determinante à tecnologia solar fotovoltaica, não só com os leilões
solares realizados em 2019 (com 1292 megawatts) e 2020 (670 MW) e naquele que
será realizado este ano (destinado ao solar flutuante), mas também com o
mecanismo dos acordos entre promotores e os operadores de rede (3500 MW
contratualizados), para criação de capacidade de injeção na rede de energia
elétrica, produzida a partir de fontes renováveis, custeada pelos promotores”.
Contas feitas, foram
adjudicados mais de 5mil MW, números que deixam o Ministério do Ambiente e Ação
Climática a acreditar que nos próximos ano iremos ultrapassar, com larga
margem, os objetivos delineados em 2018!
O processo de licenciamento das centrais fotovoltaicas tem sido moroso, pois é necessário salvaguardar os impactos ambientais e outros decorrentes da implantação destas estruturas, sendo apenas aprovados os projetos conformes à legislação aplicável que mitiguem tais impactos.
Aposta na corrida solar com novas centrais fotovoltaicas
Em termos globais a aposta na
energia solar fotovoltaica tem crescido, mas ainda é pequeno… segundo os dados
mais recentes da REN, entre janeiro e maio deste ano, 4,4% da eletricidade
consumida foi gerada pelo sol, quando em 2018, no mesmo período, foi de apenas
2%.
No total de 2018, a produção
de energia solar representava apenas 1,1%. A eólica liderava com 25%, seguida
pela hídrica com 24,7%. Em que o carvão ainda pesava 23,7% no total da
produção, seguido de perto pelo gás natural (20%). Com uma potência instalada
de 572 MW.
Nos dados de 2020, esse peso
da energia solar aumentou para 1,4%, e uma capacidade instalada de 882MW. A
eólica e a hídrica continuaram a dominar, 33,9% e 30,5% respetivamente. Valores
que espelhavam o fim da produção de energia a partir do carvão, que no final
desse ano apenas contribuiu com 3,3%.
Durante 2021 a EDP antecipou
o fecho da central a carvão de Sines e do Pego também está prevista encerrar!
Aposta que leva a que o
executivo acredite que “Portugal está numa trajetória de crescimento sustentado
da incorporação de renováveis, não restrito à tecnologia solar, no consumo
final“. Espera-se assim que o país venha a cumprir as metas com que se
comprometeu no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2030.
Quanto à meta da União
Europeia, de 32% de quotas de energias renováveis, o Governo tem um objetivo
ambicioso de 47% até final de 2030! Mas para cumprir com esse objetivo o
Governo espera já ter as 12 novas centrais fotovoltaicas a funcionar!
Setembro é o mês de novidades
para a Corrida Solar
Em 2019 foram adjudicados 26
lotes na primeira ronda de leilões solares, com 12 a serem agora licenciados e
os demais 14 lotes ainda estão na etapa prévia ao licenciamento de construção.
No leilão de 2020, segundo o
caderno de encargos do concurso “os adjudicatários [dos 12 lotes atribuídos]
estão, presentemente, a fixar os terrenos para a implantação dos seus centros
eletro produtores solares, após a prévia emissão dos títulos de reserva de
capacidade de injeção na rede”.
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