terça-feira, 30 de novembro de 2021

Por que carros elétricos não podem ser rebocados?

Os carros elétricos já são uma realidade, embora ainda minoria nas ruas de todo o mundo, cenário que mudará gradualmente até que os veículos a combustão sejam proibidos. Diante disso, além de dúvidas relacionadas à autonomia e ao tempo de carregamento, que sempre vêm à tona quando o assunto é abordado, um outro tema tem gerado discussões.

Afinal, o que fazer quando um carro elétrico ficar sem bateria ou apresentar defeitos mecânicos no meio da estrada? Será que dá para simplesmente amarrar uma corda em outro veículo e ser puxado até chegar a uma oficina, “gambiarra” que já cansamos de ver por aí? A resposta mais sincera para essa pergunta é simples e direta: “Não”.

Agora, se sua pergunta é por que os carros elétricos não podem ser rebocados, a explicação é um pouco mais didática, e é isso o que o Canaltech vai esclarecer a partir de agora. De antemão, saiba que tentar fazer isso pode colocar em risco todo o sistema de motorização do carro. Ou seja: o “jeitinho” pode fazer a conta ficar bem mais cara do que chamar um guincho plataforma (pois os comuns também não podem ser usados).

O “N” da questão
O principal ponto a ser abordado para explicar o porquê de os carros elétricos não poderem ser rebocados pode ser chamado de “X” da questão. Ou melhor: de “N” da questão. O chamado neutro, ou ponto morto, que existe nos carros a combustão, é o que faz com que a placa de embreagem se desengate do motor e deixe as rodas livres para girar. Ou seja: permite que o carro seja rebocado sem qualquer prejuízo.

Nos carros elétricos, no entanto, ou na imensa maioria deles, não existe função para a marcha neutra. Afinal, os EVs utilizam a eletricidade para acelerar e para frear, e isso significa que não é possível desconectar as rodas do motor. O “N” de um carro elétrico funciona apenas para desconectar os freios e permitir que o carro seja empurrado por poucos metros, até o guincho do tipo plataforma (aquele em que o carro vai em cima, e não sendo puxado com duas rodas no chão).

A orientação de não rebocar um carro elétrico com as rodas no chão, sejam elas dianteiras (FWD) ou traseiras (RDW), como no Tesla Model 3 ou na BMW i3, seguem um princípio similar. No caso dos FWD, as rodas traseiras não acionam o motor elétrico, mas podem ter frenagem regenerativa. Já em relação aos RDW, acontece o oposto: as rodas dianteiras não têm força, mas podem regenerar a bateria. Em ambos os casos, o risco de danificar o sistema é bastante elevado.

“Chupeta” (ainda) não é opção

Se o carro elétrico ficar sem bateria, situação que não é nada impossível de acontecer, principalmente no Brasil, em que as estações de recarga ainda são escassas, um novo problema difere os EVs dos carros a combustão. Um carro elétrico (ainda) não aceita “chupeta”, ou seja, não dá para ligar a bateria dele a de um outro veículo (elétrico ou não) por meio de um cabo e esperar que ele funcione.

Chamar pelo tradicional socorro das companhias de seguro também não é opção, pois, diferentemente das baterias dos carros a combustão, a dos carros elétricos é bastante complexa e muito mais pesada. Isso inviabiliza por completo a presença do acessório em vans de resgate, por exemplo. Se a bateria acabar no meio do caminho, o carro elétrico precisará ser removido da única forma possível, e é isso que veremos agora.

Qual a solução?

Se você está pensando que estará em uma situação sem saída caso o carro elétrico quebre ou fique sem bateria, não precisa se desesperar. Apesar de não ser possível amarrar uma cordinha em outro carro e sair sendo puxado por aí, há uma forma segura de remediar o problema.

Para não danificar o sistema do carro e conseguir chegar a uma oficina ou a um posto de recarga para a bateria elétrica, a única saída é chamar um guincho tipo plataforma. Assim, o carro elétrico ficará com as quatro rodas no chão, mas em cima de outro veículo. Ou seja: não precisará usar energia para se movimentar.

Outra solução, que por enquanto está descartada na maioria dos países, como o Brasil, já começou a ser testada no Reino Unido. E é justamente a que se aplica para o problema causado pelo término da bateria. A empresa RAC vem desenvolvendo, desde 2019, o EV Boost.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/C9GlDfo6jx0

A ideia é equipar as vans da empresa com um sistema que usa o motor a diesel e um gerador para gerar eletricidade e, então, alimentar o carro com uma conexão Tipo 1 ou Tipo 2. O sistema serviria para fazer a famosa “chupeta”, ou seja, dar uma carga rápida nos carros que precisarem de socorro até que eles possam encontrar um posto ou oficina adequados. (yahoo)

Solar Coca-Cola inaugura usinas de energia renovável para abastecimento próprio em PE e MA

Solar Coca-Cola inaugura usinas de energia renovável para abastecimento próprio em Pernambuco e Maranhão; mais cinco plantas estão em construção nos estados da Bahia e Ceará.
Fábrica Coca-Cola

Ao todo, sete distribuidores de quatro estados do Nordeste, da Solar Coca-Cola — a maior engarrafadora do mundo, irão consumir energia proveniente de fontes renováveis.

A Solar Coca-Cola, segunda maior engarrafadora do Sistema Coca-Cola no Brasil, e seus Distribuidores Autorizados (DAs) iniciaram em , neste mês de outubro, a operação das duas primeiras usinas solares em distribuidores nas cidades de Barra do Corda/MA em Palmares/PE. Além delas, mais 5 plantas estão em construção nos estados da Bahia, Ceará e Maranhão (que terá 2 unidades).

No total, mais de 700 painéis de 370W e 450W serão utilizados para gerar energia limpa para as 7 unidades que estão localizadas nas cidades Barra do Corda/MA, Barreiras/BA, Cascavel/CE, Iguatu (CE), Maracanaú/CE, Palmares/PE e Tutóia/MA. Ao todo, as usinas terão uma potência instalada de mais de 361 kWp (kilowatt pico), o suficiente para abastecimento próprio.

Solar Coca-Cola tem investido em iniciativas que viabilizem uma matriz energética cada vez mais diversificada e sustentável.

“Ao longo dos últimos anos, a Solar Coca-Cola tem investido em iniciativas que viabilizem uma matriz energética cada vez mais diversificada e sustentável para a companhia como um todo. A ação tocada junto aos DA’s é mais um passo importante que estamos dando rumo a efetivação desse planejamento que está se estendendo a toda nossa cadeia de produção e distribuição”, explica Orlando Fiorenzano, Diretor de Planejamento Integrado e Suprimentos da Solar Coca-Cola.

A conclusão das instalações dos outros cinco projetos estão prevista para o primeiro trimestre de 2022. Juntas, as sete unidades vão gerar uma economia superior a R$ 250 mil de energia por ano aos distribuidores, além da redução anual da emissão de 36 toneladas de CO2, equivalente a 252 árvores.

“A ideia surgiu da vontade de apoiar os membros da nossa cadeia na aquisição de infraestrutura para o uso de fontes renováveis e sustentáveis nas suas operações. Para isso, organizamos uma espécie de clube de compras, no qual fizemos a ponte entre os DAs e a empresa fornecedora para a aquisição de um pacote de serviços com um valor de mercado mais competitivo”, conta Luciano Gomes, Diretor Comercial da Solar Coca-Cola. Atualmente, a Solar possui 63 DAs em nove estados.

Fontes de energias sustentáveis

Além dos projetos realizados em parceria com os distribuidores, a Solar Coca-Cola também desenvolve outras ações nas suas unidades corporativas e fabris. Em 2021, a companhia já alcançou a marca de 50% do seu consumo originados de fontes renováveis.

Com uma matriz energética diversificada, que inclui fontes como solar e eólica, a Solar já deixou de emitir mais de 2.600 toneladas de CO2 somente no ano passado. Neste ano, a companhia ainda está construindo mais duas usinas solares nos estados da Bahia e Mato Grosso, que irão suprir a necessidade energética de 10 Centros de Distribuição. Ao todo, as duas usinas terão uma potência instalada de 450 kWp.

Já nas fábricas da Solar, parte da energia consumida tem origem no parque eólico da Brennand, em Sento Sé, no interior da Bahia. A iniciativa é fruto de uma parceria firmada entre a companhia e o grupo Brennand/PE e tem como meta chegar a 100% das unidades abastecidas com energia oriunda de fontes renováveis até 2025. (clickpetroleoegas)

Novo Chery QQ elétrico estreia na China pela metade do preço de um Kwid

Agora elétrico QQ tem motor de meros 27 cv, mas pode rodar até 170 km com uma carga.
O novo Chery QQ Ice Cream é completamente diferente daquele que conhecemos. Agora ele é um pequeno carro elétrico de 2 portas e o aspecto simpático vem do conjunto de faróis com leds em forma de “U” e das cores da carroceria, sempre em tons pastel.

Mais que isso: e um carro elétrico acessível. O novo Chery QQ acaba de ter seus preços revelados na China, por ocasião do início de sua pré- venda. Os preços partem dos 29.900 yuan, o equivalente a R$ 26.000 ao câmbio atual. Na prática, custa pouco mais que a metade do preço de um Renault Kwid Life, básico (R$ 48.790).

Esse preço não tem segredo. A versão mais barata chama-se Pudim (é sério!) e não tem ar-condicionado, só aquecimento do ar, assim como o Kwid de entrada. Mas monitor de pressão dos pneus, sensores de câmera de ré e assistente de partida em rampa são equipamentos de série. A bateria também é mais modesta, com 9,6 kWh, garantindo autonomia para 120 km no ciclo NEDC.

Sem camuflagem exótica, nova geração do Chery QQ é um cubinho elétrico.

Renault Kwid, Chery QQ e Fiat Mobi: comparamos os mais baratos do Brasil.

Caoa Chery prepara marca de luxo, linha Pro e elétrico mais barato do País.

A versão intermediária, Casquinha, e a topo de linha, Sundae, têm bateria de 13,6 kWw, elevando a autonomia para 170 km (NEDC) e o tempo de recarga de 6 para 8 horas em tomada doméstica. O motor é sempre o mesmo, um elétrico síncrono com 27 cv e 8,5 kgfm. É suficiente para ter máxima acima dos 100 km/h. A tração é traseira e, como o antigo QQ, a suspensão traseira é por eixo rígido.

A simplicidade se destaca na cabine, sem grandes luxos além do volante multifuncional de 2 raios, do quadro de instrumentos digital, com tela colorida de lcd e do rádio com Bluetooth. Na falta de central multimídia, há um nicho no meio do painel para colocar o celular de pé. Os vidros elétricos têm botões no console central, à frente do seletor de marcha giratório.

Por exemplo, é preciso escolher entre ter porta-malas ou 2 lugares na traseira. Afinal, é um carro com meros 1,96 m de entre eixos e 2,98 m de comprimento. A altura é de 1,64 m e a largura, de 1,50 m. Os pneus têm apenas 12 polegadas.

A proposta do novo carro elétrico de entrada da Chery é convencer o público mais jovem a comprar um carro. Mas é estranho dizer que o Chery QQ Ice Cream Sundae é sua versão mais completa – e custa a partir de 43.900 yuan (R$ 38.150). As entregas começam em novembro/21.

Elétricos populares no Brasil

Ao menos uma unidade do Chery eQ1 já está no Brasil para testes Divulgação/Chery.

Talvez o novo QQ seja simplório demais para o Brasil, mas isso não quer dizer que a Caoa Chery não pretende explorar o segmento de compactos elétricos. Sua aposta será no pequenino elétrico eQ1, que já tem unidades no Brasil segundo apurou QUATRO RODAS. O carrinho de 2 portas tem apenas 41 cv, com motor traseiro de imãs permanentes que não representa grande problema para seu intuito de mobilidade urbana.

São 3,1 m de comprimento, com 2,15 m entre eixos Divulgação/Chery.

Na China ele é vendido por menos de R$ 60.000 e no Brasil, obviamente, deverá ser mais caro. No caso do eQ1 tamanho não é o único documento, e apesar da proposta econômica o subcompacto traz central multimídia de 10’’, quadro de instrumentos de LCD, assistente de estacionamento e suspensão independente. A autonomia da “formiguinha”, como é apelidado no país asiático, supera os 100 km.

Novo Chery QQ elétrico aparece na versão de produção pela 1ª vez.

Subcompacto urbano é revelado após a divulgação das imagens de homologação do governo chinês. (quatrorodas.abril)

domingo, 28 de novembro de 2021

Subcompacto elétrico "baratinho" segue líder de vendas na China

O mercado automotivo chinês é o maior do mundo e certamente dita algumas regras que, possivelmente, veremos em outras praças pelos próximos meses e anos. Segundo levantamento do mês de setembro, a China bateu recorde de vendas de carros elétricos ou que possuem bateria como forma de abastecimento, como os híbridos plug-in e leves. Ao todo, foram 355 mil emplacamentos, 24% a mais do que no mês de agosto e 170% a mais quando comparado com o mesmo período em 2020.

Em números brutos, os carros eletrificados chineses já somam 2 milhões de unidades em 2021, o que significa uma participação de 13,3% do mercado. Desta porcentagem, 10,8% são de carros essencialmente plug-in, ou seja, os 100% elétricos, enquanto o restante se divide entre os já mencionados híbridos plug-in, como o Volvo XC60 e o VW Golf GTE; ou híbridos leves, como o Toyota Corolla.

Entre os modelos mais vendidos estão o subcompacto Wuling Hong Guang MINI EV, que somou 35.169 emplacamentos em setembro, mais de 2 mil com relação ao segundo colocado, o SUV Tesla Model Y, com 33.033. O Tesla Model 3, que durante um bom tempo foi o carro elétrico mais vendido da China, aparece em 3º lugar, com 19.120. Já entre as marcas, mesmo sem colocar nenhum modelo no top 3, a BYD, que vai vender carros elétricos no Brasil, foi a marca com maior participação no segmento, com 17%

O subcompacto MINI EV é fruto de uma joint-venture formada pela General Motors e a Wullin. O modelo ostenta 1,49m de largura, 1,62m de altura e distância entre eixos de 1,94m, além de ter um motor de 27cv e 8,6 kgf/m de torque com duas variações de autonomia: 120 quilômetros e 6,5 horas para recarga total; e 170 quilômetros no mesmo sistema de abastecimento, mas com 9 horas para reabastecimento. Toda essa pujança sai por aproximadamente R$ 26 mil, podendo chegar a R$ 35 mil com opcionais.

Tesla Model Y é um dos carros elétricos mais vendidos da China e do mundo.

Segundo o pessoal do InsideEVs, se o ritmo de vendas na China for mantido, os carros eletrificados serão mais de 3 milhões até o final do ano.

Veja o ranking de carros elétricos mais vendidos na China em setembro:

• Wuling Hong Guang MINI EV: 35.169

• Tesla Model Y: 33.033

• Tesla Model 3: 19.120

• BYD Qin Plus PHEV: 15.164

• BYD Song Pro / Plus PHEV: 10.278

• BYD Qin Plus EV: 8.396

• Changan Benni EV: 7.968

• BYD Han (BEV): 7.796

• GAC Aion S: 7.679

• XPeng P7: 7.512 (yahoo)

Emae e KWP querem instalar usina fotovoltaica flutuante na Billings

Emae e KWP formam consórcio para instalar usina fotovoltaica flutuante na Billings.
Usina poderá contribuir com até 60 MWp para o sistema.

Em comunicado ao mercado, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) assinou instrumento de formação de consórcio com a empresa KWP Energia S/A para obtenção das licenças e autorizações necessárias para a implantação de centrais geradoras fotovoltaicas flutuantes a serem instaladas no Reservatório Billings que, somadas, poderão contribuir com até 60 MWp de potência injetada na rede de distribuição de eletricidade.

“Além da sua participação decorrente da disponibilização do direito de uso da superfície do reservatório, a EMAE poderá aumentar sua participação em até 49% do negócio, por meio de aporte de recursos”, disse em comunicado.

A formação do consórcio é resultado da Chamada Pública EMAE n.º 02/2020. Dessa forma, a companhia conclui a formação de consórcios resultantes da Chamada Pública que, em conjunto, possuem o potencial de até 90 MWp para instalação de empreendimentos. (canalenergia)

Países planejam dobrar produção de combustíveis fósseis até 2030

Países planejam mais que dobrar produção de combustíveis fósseis até 2030.

Relatório sobre Lacuna de Produção analisa as implicações da pandemia da COVID-19 - e das medidas de estímulo e recuperação dos governos - na produção de carvão, petróleo e gás.

Governos devem reduzir a produção de combustíveis fósseis em 6% ao ano para limitar aquecimento catastrófico irreversível.

Levantamento do Pnuma mostra que governos trabalham para produzir petróleo, gás natural e carvão num volume 110% maior do que o considerado consistente para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C; Brasil é destaque no relatório por ter plano nacional que estimula investimentos e aumento da produção até 2030.

Um levantamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, mostra que a produção global de combustíveis fósseis está, de forma muito perigosa, fora de sincronia com as metas estipuladas no Acordo de Paris.

Apesar das ambições demonstradas pelos governos, e por compromissos com emissões zero de carbono, os países preveem produzir, até 2030, petróleo, gás natural e carvão em um volume que é mais do que o dobro do ideal para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Brasil estimula investimentos

Setor de petróleo e gás corresponde a 13% do PIB brasileiro.

O Relatório sobre a Lacuna de Produção 2021 foi divulgado esta quarta-feira e traz detalhes dos planos de governos dos 15 maiores produtores, incluindo Austrália, Brasil, China e Estados Unidos. Os perfis mostram que a maioria dos governos continua oferecendo grande apoio político para a produção de combustíveis fósseis.

Este é exatamente o caso do Brasil. Apesar do país ter oficialmente a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030, o Pnuma revela que o governo “encoraja novos investimentos” e planeja aumentar a produção nacional de combustíveis fósseis.

Janela prestes a se fechar

O relatório cita o Plano Nacional de Energia 2050, aprovado pelo Ministério das Minas e Energia no ano passado. O projeto mostra que o governo brasileiro tem a intenção de “atrair investimentos para aumentar a produção de petróleo e de gás” e assim, ficar entre os “cinco maiores produtores do mundo”. Pelo plano, a produção de petróleo deve subir 60% e a de gás natural, 110% até 2030.

A diretora-executiva do Pnuma acredita que ainda há tempo para limitar o aquecimento em longo prazo, “mas essa janela de oportunidade está se fechando rapidamente”. Segundo Inger Andersen, os governos devem aproveitar a COP-26 para “tomar medidas imediatas para fechar a lacuna na produção de combustíveis fósseis”.

Os planos de produção dos governos levariam a 240% mais carvão, 57% mais petróleo e 71% mais gás em 2030 do que o volume que seria consistente para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

Estímulo para investir em energias renováveis

Energia limpa, como a eólica, é chave para emissões zero.

O Pnuma revela também que desde o início da pandemia da COVID-19, os países investiram mais de US$ 300 bilhões em novos fundos para atividades de combustíveis fósseis – mais do que eles têm direcionado para fontes de energia renovável.

Para o secretário-geral da ONU, o relatório mostra que “existe um longo caminho para um futuro de energia limpa”.

António Guterres declarou que continua sendo urgente que investidores públicos e privados, incluindo bancos comerciais, invistam em energias renováveis para promover a “descarbonização” do setor elétrico e para que todos tenham acesso às energias renováveis”. (ecodebate)

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Xpeng quer produção em massa de carro elétrico voador

Empresa chinesa quer produção em massa de carro elétrico voador.
O veículo Xpeng X2 está sendo desenvolvido pela afiliada HT Aero, uma startup de carros voadores, que arrecadou mais de US$ 500 milhões (R$ 2.8 bilhões) em sua última rodada de financiamento na semana passada.

• Xpeng quer produzir carros elétricos em massa até 2024, por R$ 880 mil.

• Carro voador de baixa altitude tem um volante para dirigir nas estradas.

• Modelo pode acomodar duas pessoas e ser usado em ambientes urbanos.

A startup de veículos elétricos chineses Xpeng lançou um carro voador no fim de semana, que a empresa diz que planeja produzir em massa até 2024. O veículo Xpeng X2 está sendo desenvolvido pela afiliada HT Aero, uma startup de carros voadores, que arrecadou mais de US$ 500 milhões (R$ 2.8 bilhões) em sua última rodada de financiamento na semana passada.

O carro voador de baixa altitude tem um volante para dirigir nas estradas, bem como uma única alavanca para modos de voo, de acordo com o TechCrunch. De acordo com uma postagem do site Xpeng, o X2 apresenta rotores que podem ser dobrados quando o carro está operando em estradas e expandidos quando o veículo está voando. Pode acomodar duas pessoas. Xpeng está divulgando o carro voador para uso em ambientes urbanos, como ir do aeroporto para o escritório. O veículo tem um tempo máximo de vôo de 35 minutos.
Xpeng da China anunciou um carro elétrico que pode voar e dirigir nas estradas.

Carros elétricos devem ser vendidos a R$ 880 mil

A fabricante de veículos elétricos listada na NYSE planeja vender o carro por um preço inferior a 1 milhão de yuans (R$ 880 mil), de acordo com a Techcrunch, citando o CEO He Xiaopeng. Também conhecidos como veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, esses táxis aéreos ainda não estão disponíveis comercialmente, mas um estudo divulgado em julho pelo corretor de crédito Pentagon Motor Group estimou que os primeiros carros voadores custariam mais de US$ 738.000 (R$ 4.1 milhões).

Carros voadores chamaram a atenção de fabricantes de veículos e investidores, com gigantes como General Motors, Toyota e Hyundai entre os participantes da corrida. Mas, mesmo enquanto mais empresas voltam sua atenção para carros voadores, os desafios permanecem, incluindo tecnologia de bateria e padrões de segurança, informou Eric Adams da Insider em janeiro.

A Xpeng, que é um dos rivais mais próximos da Tesla na China, lançou um sedã elétrico no início deste ano que reduziu os preços da Tesla em mais de um terço. A empresa chinesa tem registrado crescimento recorde na China este ano: ela disse que entregou mais de 30.000 veículos no primeiro semestre de 2021, um aumento ano a ano de 459%. (yahoo)

A energia solar aqui em casa

Um bom programa de energia solar descentralizada, com incentivos fiscais, beneficiaria a maioria da população brasileira e ajudaria – e muito – na geração de energia para abastecer o sistema total.

A energia solar no Brasil representa apenas 2% de nossa matriz energética. A eólica avançou mais e ocupa 10%. No geral, as chamadas energias limpas correspondem a 46% de nosso repertório e as ditas sujas 54%. Se as limpas não são totalmente limpas – e não são – ao menos são muito melhores que hidrelétricas – consideradas limpas – que devastam o ambiente e comunidades, melhor ainda que as atômicas que deixam lixo radiativo para as gerações futuras.

Entretanto, o potencial das limpas é quase infinito. Vou dar um exemplo caseiro, como o Fórum de Mudanças Climáticas sonha para todo território brasileiro.

Aqui em casa colocamos 18 placas de energia solar. Nossa conta girava em torno de R$ 700,00 ao mês. Hoje deveríamos estar pagando mais de mil reais mensalmente.

Entretanto, a relação mudou totalmente. Hoje nossa conta de luz é de R$ 33,00. O investimento que julgávamos levar quatro anos para pagar, será pago em dois anos. E aqui em casa tudo é elétrico: chuveiros, ar condicionado, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, forno elétrico, microondas, air fryer, tv, computadores, lâmpada e sei lá mais o que.

Um bom programa de energia solar descentralizada, com incentivos fiscais, beneficiaria a maioria da população brasileira e ajudaria – e muito – na geração de energia para abastecer o sistema total.

E se o governo comprasse o excedente ajudaria na renda das famílias mais pobres, substituindo os programas de distribuição de renda.

Mas, é claro, isso não pode ser. O modelo capitalista que gerencia nossas energias exige que ela seja centralizada e lucrativa para as empresas. O objetivo é gerar mercado, não abastecer a população e as demandas produtivas.

Ainda mais, nesses dez meses de uso da energia solar, o aplicativo do sistema informa que geramos em casa 7406.3 KWH, que reduzimos a emissão de 7384.1 kg de CO2 na atmosfera, que evitamos queimar 2962.5Kg de carvão e poupamos a derrubada de 407 árvores.

Pela poupança de custos e pela contribuição ao ambiente, parece de bom tamanho. (ecodebate)

Stella Vita é a casa ‘Kombi’ movida a energia solar com cozinha e autonomia de 724 km

Conheça a Stella Vita, uma ‘Kombi’ movida a energia solar com cozinha, área de estar, cama, chuveiro, banheiro e uma autonomia de 724 km.
Veículo tem o nome de uma pessoa, mas é, em verdade, a primeira van movida a energia solar.

Estudantes da Holanda desenvolveram uma Kombi movida a energia solar que consegue alcançar uma autonomia de 724 km e ainda servir de moradia.

A Stella Vita, possui cama, banheiro, área de estar e várias outras modernidades. Já imaginou viajar em uma Kombi movida a energia solar e não precisar abastecer em nenhum posto de gasolina? Essa é a proposta de uma equipe de estudantes da Holanda, que completou uma viagem e 3 mil quilômetros pela Europa em um carro movido a energia solar que eles mesmos desenvolveram. O modelo foi batizado como Stella Vita.

Kombi movida a energia solar pode percorrer até 724 km.

Apresentação Stella Vita – Kombi movida a energia solar.

O veículo lembra a icônica Kombi, e foi projetada para duas pessoas que desejem desfrutar do conforto da área de estar, cozinha, cama, banheiro e chuveiro. Utilizando apenas energia solar, a Stella Vita pode percorrer até 724 km e ainda fornecer energia a todos os cômodos internos.

A Kombi movida a energia solar possui painéis solares no teto que podem ser ampliados em uma cobertura fotovoltaica ao ser estacionado. Além disso, pode ser carregado através de portas de carregamento elétrico.

De acordo com Tijn ter Horst, de 20 anos, um dos estudantes da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, a tecnologia está ai, só é necessário mudar a maneira como pensamos. Segundo o universitário, se 22 alunos conseguem desenvolver e construir um veículo como este em um ano, é provável que uma empresa também possa.

A viagem com a Stella Vita começou em Eindhoven, na Holanda, em 19/09/21 e foi finalizada em Tarifa, no sudoeste da Espanha, em 15/10/21. O trajeto compõe o desafio dos alunos para demonstrar o potencial da fonte solar.

Estudantes constroem outros veículos do tipo e comprovam que a energia solar é a energia do futuro

Vale ressaltar que, a Kombi movida a energia solar não é o primeiro veículo a utilizar energia solar que foi desenvolvido pela universidade junto com o Bridgestone World Solar Challenge, que é uma competição de veículos solares australianos.

De acordo com o coordenador do time, Dr. Carlo Van der Weijer, este ano não houve competição, então os alunos traçaram seus próprios desafios e objetivos com a Stella Vita. Tanto que, embora as equipes anteriores tenham vencido competições consecutivas com seus designs de cinco assentos, o coordenador afirma que pode haver um maior interesse pela Kombi que é movida a energia solar. Isso se deve porque as pessoas que amam acampamento e que se preocupam com o meio ambiente podem se identificar com a Stella Vita que não depende de pontos de recarga.

De acordo com os universitários, a Kombi movida a energia solar ficou famosa nas estradas da Espanha, chamando a atenção de todos. O coordenador explicou que a Stella Vita é uma opção em locais menos expostos à luz solar. Em um dia nublado o modelo pode produzir ainda 60-70% de energia.

Stella Vita, primeiro motorhome de energia solar.

Volkswagen está desenvolvendo uma Kombi elétrica

A multinacional realizou em julho uma apresentação e revelou detalhes sobre seus próximos elétricos, entre eles está a versão de produção do ID. Buzz, o sucessor da Kombi, que tem previsão para chegar ao mercado em 2023.

O modelo contará com uma potência de 374 cavalos e poderá ir de 0 a 100 km/h em apenas 5 segundos e chegar a uma velocidade máxima de 160 km/h. (clickpetroleoegas)

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Brasil é o 2º no mundo em geração de empregos em 2020

Renováveis: Brasil é o 2º no mundo em geração de empregos em 2020.

País fica atrás apenas da China que respondeu por 39% do total de vagas de trabalho verificadas em todo o mundo no ano passado.

O número de empregos gerados em projetos de energia renovável em todo o mundo atingiu 12 milhões no ano passado. Esse número é de 500 mil a mais na comparação com 2019, de acordo com a oitava edição do relatório Energia Renovável e Empregos: Revisão Anual de 2021 (tradução livre do original, em inglês e disponível para download). A publicação foi divulgada pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em uma abertura de alto nível da Estrutura Colaborativa da entidade.

Somente a China respondeu por 39% dos empregos de energia renovável em todo o mundo em 2020 com 4,7 milhões, seguida por Brasil com 1,2 milhão, um valor que é quase o verificado em todo o bloco da União Europeia com 1,3 milhão. Muitos outros países também estão criando empregos em energias renováveis. Entre eles estão o Vietnã e a Malásia, os principais exportadores de energia solar fotovoltaica, Indonésia e Colômbia, com grandes cadeias de abastecimento agrícola para biocombustíveis. E ainda, México e Rússia, onde a energia eólica está crescendo. Na África Subsaariana, os empregos em energia solar estão se expandindo em diversos países como Nigéria, Togo e África do Sul.

O relatório confirma que covid-19 causou atrasos e interrupções na cadeia de abastecimento, com impactos nos empregos variando por país e uso final, e entre os segmentos da cadeia de valor. Enquanto os empregos solares e eólicos continuaram liderando o crescimento global no setor de energia renovável, respondendo por um total de 4 milhões e 1,25 milhão, respectivamente, a ocupação no segmento de biocombustíveis líquidos diminuiu à medida que a demanda por transporte caiu. As vendas de solar fora da rede sofreram, mas as empresas conseguiram limitar as perdas de empregos.

O trabalho da IRENA e da OIT conclui que mais empregos serão ganhos com a transição energética do que perdidos. Um cenário de sustentabilidade global da OIT até 2030 estima que os 24 a 25 milhões de novas vagas ultrapassarão de longe as perdas entre seis e sete milhões de postos de trabalho. Cerca de cinco milhões de pessoas que perderam seus empregos poderão encontrar novos na mesma ocupação em outro setor. O World Energy Transition Outlook da IRENA prevê que o setor de energia renovável poderá empregar 43 milhões até 2050.

A interrupção do fornecimento de equipamentos entre países, causada pelas restrições da pandemia, destacou o importante papel das cadeias de valor domésticas. Fortalecê-los facilitará a criação de empregos e a geração de renda local, ao alavancar as atividades econômicas existentes e novas.

Energias renováveis podem gerar 29,5 milhões de empregos até 2030.

Fonte solar já gerou mais de 37 mil empregos no Brasil em 2020.

Contudo, isso exigirá políticas industriais para formar cadeias de abastecimento viáveis, estratégias de educação e treinamento para criar uma força de trabalho qualificada, medidas ativas do mercado de trabalho para fornecer serviços de emprego adequados, reciclagem e recertificação junto com proteção social para ajudar trabalhadores e comunidades dependentes de combustíveis fósseis. E ainda, estratégias de investimento público para apoiar o desenvolvimento e a diversificação econômica regional. (canalenergia)



Hidrogênio verde está no foco de projeto do SENAI e CTG Brasil

Chamada pública para projetos está com as inscrições abertas até o dia 19 de novembro e a avaliação será realizada até final de 2021.

SENAI e CTG Brasil inauguram habitat de inovação em energia limpa no Rio Grande do Norte.

Na ocasião, será lançada a primeira chamada pública do SENAI em parceria com a CTG Brasil para prospecção e avaliação de tecnologias para desenvolvimento de hidrogênio verde.

A CTG Brasil é a primeira empresa a inaugurar seu Habitat de Inovação no Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), em Natal (RN). Uma das líderes em geração de energia limpa no país, a empresa vem ampliando seus investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, buscando soluções inovadoras para os desafios da empresa e do setor elétrico, e que beneficiem o meio ambiente e a sociedade.

A ação faz parte de uma grande parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para impulsionar o fortalecimento de pesquisas e projetos em inovação com foco no setor elétrico brasileiro. Durante a inauguração do espaço, será lançada também a primeira Chamada Pública – Missão Estratégica Hidrogênio Verde.

Os Habitats de Inovação são ambientes colaborativos para fortalecer o relacionamento com as indústrias, e, no caso deste que está sendo inaugurado, oferece espaço físico vinculado ao Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis.

O ISI-ER será responsável por compartilhar a infraestrutura e a equipe especializada para que empresas possam identificar e desenvolver produtos e processos inovadores utilizando o habitat. Os resultados esperados são o desenvolvimento local e nacional, com a cocriação de soluções personalizadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação ((PD&I).

"A rede nacional de Institutos SENAI de Inovação é a maior infraestrutura inovativa do país e está totalmente engajada no desenvolvimento de soluções inovadoras que vão ajudar na competitividade do setor elétrico no Brasil. A parceria com a CTG Brasil é fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias em energias renováveis, promovendo conexão com pesquisadores da Europa e China, acelerando as rotas tecnológicas no Brasil", ressalta o diretor nacional do SENAI, Rafael Lucchesi.

O Habitat de Inovação em Energia Limpa da CTG Brasil irá auxiliar na busca de parcerias com empresas, instituições e startups no Brasil e, posteriormente, pode colaborar para viabilizar parcerias internacionais. A empresa visa atrair soluções com foco em fontes renováveis de energia para novos negócios, comercialização de energia e na cadeia de valor do hidrogênio verde.

A produção de energia limpa e a inovação estão em nosso DNA e temos investido em parcerias estratégicas, como essa com o SENAI, com o objetivo de impulsionar o ecossistema de inovação e gerar soluções para os desafios da empresa, do setor elétrico e da sociedade, contribuindo também para o desenvolvimento, inclusive científico, do País. Seguimos investindo na matriz hidrelétrica brasileira, com foco na diversificação de nosso portfólio de ativos e na complementariedade das fontes de geração de energia, ressalta Silvio Scucuglia, diretor de Estratégia e Desempenho Empresarial da CTG Brasil.

O habitat do Rio Grande do Norte é o segundo espaço de inovação da CTG Brasil. A empresa conta ainda com o CTG Brasil Innovation Hub em São Paulo, outro fruto da parceria com o SENAI. Para o diretor do ISI-ER e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), Rodrigo Mello, a chegada da CTG Brasil é apontada como impulso para que o estado do Rio Grande do Norte se posicione na vanguarda da tecnologia.

É um passo importante em um contexto em que o Brasil, um país de commodities, precisa de produtos com mais valor agregado. E o RN, que é líder em geração de energia eólica, também se posiciona dessa maneira como um estado que contribui para o país entrar na vanguarda internacional da tecnologia em um setor estratégico, observou.

Missão Estratégica Hidrogênio Verde

O investimento inicial neste projeto é de até R$ 18 milhões, sendo R$ 3 milhões de contrapartida do SENAI

Além da inauguração do Habitat de Inovação em Energia Limpa, SENAI e CTG Brasil lançaram em 14/10/21 a Chamada Pública – Missão Estratégica Hidrogênio Verde para prospecção e avaliação de arranjos técnicos, comerciais e tecnologias que envolvam e fomentem a cadeia de valor do hidrogênio verde.

O objetivo é impulsionar soluções em energia limpa, com foco na produção, armazenamento, distribuição e novas fontes, mas também em outras áreas que fazem parte da cadeia de hidrogênio verde, como mobilidade, indústrias e agricultura.

•        Acesse aqui o regulamento

Para o Superintendente de Inovação e Tecnologia, Jefferson Gomes, é fundamental inserir o hidrogênio verde como alternativa de fonte de energia, além de criar mecanismos de apoio e incentivo para viabilização da tecnologia no Brasil. “Temos um grande desafio pela frente, em mostrar que é possível desenvolver outras fontes de energias. O uso do hidrogênio verde ainda é novidade na indústria, mas acreditamos que assumirá um papel importante na transição energética e sustentável no país”, afirma.

A chamada faz parte da categoria Missão Industrial e as inscrições podem ser feitas por meio da Plataforma Inovação para a Indústria. Empresas, startups, instituições de Ciência e Pesquisa, públicas ou privadas, interessadas em solução e desafios para desenvolvimento da cadeia de hidrogênio verde no País têm até 19/11/21 para se inscreverem.

O investimento inicial neste projeto é de até R$ 18 milhões, sendo R$ 3 milhões de contrapartida do SENAI para distribuição, conforme regras pré-estabelecidas em edital. O prazo máximo para execução dos projetos é de 36 meses, contados a partir da data de assinatura do Contrato de Desenvolvimento de Trabalho Técnico e Científico.

A ação será coordenada pelo Departamento Regional SENAI, do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis. O ISI-ER terá um papel fundamental na estruturação e curadoria dos projetos recebidos de acordo com o edital.

Rede Institutos SENAI de Inovação

A Rede de Institutos SENAI de Inovação foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios.

Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional. A rede é composta por 26 Institutos SENAI de Inovação. Desde a criação, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em 1.332 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

A estrutura conta com mais de 930 pesquisadores, sendo que cerca de 52% possuem mestrado ou doutorado. Por serem reconhecidos como Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT), os Institutos SENAI de Inovação possuem acesso a diversas fontes de financiamento não reembolsáveis para projetos de PD&I. Atualmente, 15 institutos compõem unidades EMBRAPII e possuem acesso direto a recursos para financiamento de projetos estratégicos de pesquisa e inovação.

Sobre a CTG Brasil

A CTG Brasil trabalha para desenvolver o mundo com energia limpa em larga escala. Segunda maior geradora privada de energia do País, conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. A empresa tem investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,3 GW. Criada em 2013, é parte da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em geração de energia limpa. (noticias.portaldaindustria)

Combustíveis fósseis dos governos estão além dos objetivos do Acordo de Paris

Planos de produção de combustíveis fósseis dos governos estão além dos objetivos do Acordo de Paris.
Governos ainda planejam produzir em 2030 mais do dobro da quantidade de combustíveis fósseis do que seria necessário para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

O Relatório sobre a Lacuna de Produção 2021, elaborado por renomados institutos de pesquisa e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), conclui que, apesar do aumento das ambições climáticas e dos compromissos líquidos zero, os governos ainda planejam produzir em 2030 mais do dobro da quantidade de combustíveis fósseis do que seria necessário para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

O relatório, lançado pela primeira vez em 2019, mede e compara os níveis da produção planejada de carvão, petróleo e gás pelos governos e os níveis de produção global que seriam necessários para alcançar os limites de temperatura do Acordo de Paris. Agora, dois anos depois, o relatório de 2021 encontra esta lacuna de produção praticamente inalterada.

Nas próximas duas décadas, os governos estão projetando coletivamente um aumento na produção global de petróleo e gás, e apenas uma modesta diminuição na produção de carvão. Em geral, seus planos e projeções preveem um aumento na produção de combustíveis fósseis até pelo menos 2040, criando uma lacuna de produção cada vez maior.

“Os impactos devastadores da mudança climática estão aqui para todos verem. Ainda há tempo para limitar o aquecimento em longo prazo a 1,5°C, mas esta janela de oportunidade está se fechando rapidamente”, diz Inger Andersen, Diretora Executiva do PNUMA.

“Na COP26 e adiante, os governos do mundo devem dar um passo à frente, adotando medidas rápidas e imediatas para fechar a lacuna da produção de combustíveis fósseis e garantir uma transição justa e equitativa. É assim que se parece a ambição climática“, acrescentou Andersen.

O Relatório sobre a Lacuna de Produção 2021 apresenta o perfil de 15 grandes países produtores: Austrália, Brasil, Canadá, China, Alemanha, Índia, Indonésia, México, Noruega, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Os perfis dos países mostram que a maioria desses governos continua a fornecer apoio político significativo para a produção de combustíveis fósseis.

“A pesquisa é clara: a produção global de carvão, petróleo e gás devem começar a declinar imediatamente e de forma acentuada para ser consistente com a limitação do aquecimento em longo prazo a 1,5°C”, afirma Ploy Achakulwisut, um dos principais autores do relatório e cientista do SEI. “Entretanto, os governos continuam a planejar e apoiar níveis de produção de combustível fóssil que são muito superiores ao que podemos queimar com segurança”.

As principais conclusões do relatório incluem:

• Os governos do mundo planejam produzir cerca de 110% mais combustíveis fósseis em 2030 do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 1,5°C, e 45% mais do que consistente com 2°C. O tamanho da lacuna de produção permaneceu em grande parte inalterado em comparação com nossas avaliações anteriores.

• Os planos e projeções de produção dos governos levariam a cerca de 240% mais carvão, 57% mais petróleo e 71% mais gás em 2030 do que seria consistente com a limitação do aquecimento global a 1,5°C.

• A produção global de gás é projetada para aumentar mais entre 2020 e 2040 com base nos planos dos governos. Esta expansão global contínua e de longo prazo na produção de gás é inconsistente com os limites de temperatura do Acordo de Paris.

• Desde o início da pandemia da COVID-19, os países direcionaram mais de 300 bilhões de dólares em novos fundos para as atividades de combustíveis fósseis – mais do que eles têm direcionado para energia limpa.

• Em contraste, as finanças públicas internacionais para a produção de combustíveis fósseis dos países do G20 e dos principais bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês) diminuíram significativamente nos últimos anos; um terço dos MDBs e das instituições financeiras de desenvolvimento (DFIs, na sigla em inglês) do G20, por tamanho de ativos, adotaram políticas que excluem as atividades de produção de combustíveis fósseis do financiamento futuro.

• Informações verificáveis e comparáveis sobre a produção de combustíveis fósseis e apoio – tanto de governos como de empresas – são essenciais para lidar com a lacuna de produção.

“Os primeiros esforços das instituições financeiras de desenvolvimento para cortar o apoio internacional à produção de combustíveis fósseis são encorajadores, mas estas mudanças precisam ser seguidas por políticas concretas e ambiciosas de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis para limitar o aquecimento global a 1,5°C”, diz Lucile Dufour, Assessora Sênior de Políticas do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD, na sigla em inglês).

“As nações produtoras de combustíveis fósseis devem reconhecer seu papel e responsabilidade em fechar a lacuna de produção e nos orientar para um futuro climático seguro”, diz Måns Nilsson, diretor executivo do SEI. “À medida que os países se comprometem cada vez mais com as emissões líquidas zero até meados do século, eles também precisam reconhecer a rápida redução na produção de combustíveis fósseis que suas metas climáticas exigirão”.

Emissões com a queima de carvão contribuem para a poluição em Ulaanbaatar, na Mongólia.

Na contramão do Acordo de Paris, países planejam mais que dobrar produção de combustíveis fósseis.

O relatório é produzido pelo Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD), Instituto de Desenvolvimento Internacional (ODI, em inglês), E3G, e o PNUMA. Mais de 40 pesquisadores contribuíram para a análise e revisão, abrangendo numerosas universidades, grupos de reflexão e outras organizações de pesquisa. (ecodebate)

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Combustível renovável a partir de cascas de madeiras revolucionará a indústria naval

Startup desenvolve combustível renovável a partir de cascas de madeiras capaz de revolucionar a indústria naval.
Transporte de contêineres pode ser um dos primeiros a receber a solução.

A indústria naval também está caminhando rumo a descarbonização e um exemplo disso é o combustível renovável, a base de cascas de madeira, da startup Vertoro.

No caminho da descarbonização, os biocombustíveis desempenham um papel importante e um deles se destaca em particular. A tecnologia de lignina líquida pode ser a resposta para um combustível renovável sustentável, dentro da indústria naval. Uma empresa na Holanda patenteou um processo termoquímico único, através das quais os resíduos florestais e agrícolas são transformados, no que eles chamaram de “ouro verde”. A Startup Vertoro desenvolveu um combustível de lignina estável e fácil de processar, mantendo suas propriedades naturais e mudando o cenário da indústria naval.

Entendendo o segredo por trás do combustível renovável da indústria naval

De acordo com a startup química apoiada por uma universidade – a lignina (biomassa lignocelulósica), não é apenas o recurso natural mais abundante e econômico no mundo mas também é altamente renovável.

Embora a biomassa contenha lignina em uma alta porcentagem (até 25%), a maior parte dela não é usada, por ser considerada de difícil processamento. A Vertoro desenvolveu um processo simples, no qual a lignina sólida é aquecida por 30 minutos, em qualquer solvente orgânico disponível no mercado, sem a necessidade de catalisadores adicionais.

 

O resultado é um produto que pode ser transformado em diversos combustíveis e materiais com alto desempenho, pois as propriedades naturais da lignina são preservadas, por meio desse método inovador e suave.

Maersk fecha parceria com startup Vertoro e será a primeira empresa a fazer uso do combustível renovável.

A Maersk, uma das maiores empresas de logística, fez parceria com a Vertoro para construir uma planta de demonstração. O produto resultante será usado para obter combustíveis da indústria naval para Maersk.

A nova parceria com a Vertoro é o terceiro investimento recente da empresa no mercado de combustíveis renováveis. Em agosto, a Maersk anunciou uma nova frota de navios neutros em carbono, de 16.000 TEU, que devem entrar em serviço e substituir 150.000 TEU com navios em fim de vida, a partir do primeiro trimestre de 2024.

“Este pedido prova que soluções neutras em carbono estão disponíveis hoje em todos os segmentos de navios porta-contêineres e que a Maersk está comprometida com o número crescente de nossos clientes que buscam descarbonizar suas cadeias de suprimentos”, disse AP Moller – chefe da Maersk, Soren Skou.

Sobre a empresa

Fundada em 2017 pelo CEO Michael Boot e CTO Panos Kouris, a Vertoro é uma empresa holandesa spin-off de uma parceria entre Brightlands Chemelot Campus, DSM, Chemelot InSciTe, University of Maastricht e Eindhoven University of Technology.

Seu produto visa fornecer uma alternativa de base biológica aos combustíveis fósseis para uso como uma plataforma em combustíveis, materiais e produtos químicos dentro da indústria naval. “Nosso objetivo é oferecer produtos competitivos e sustentáveis para clientes que se preocupam com os custos e com o meio ambiente em todo o mundo”. (clickpetroleoegas)