quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Brasil é o 2º no mundo em geração de empregos em 2020

Renováveis: Brasil é o 2º no mundo em geração de empregos em 2020.

País fica atrás apenas da China que respondeu por 39% do total de vagas de trabalho verificadas em todo o mundo no ano passado.

O número de empregos gerados em projetos de energia renovável em todo o mundo atingiu 12 milhões no ano passado. Esse número é de 500 mil a mais na comparação com 2019, de acordo com a oitava edição do relatório Energia Renovável e Empregos: Revisão Anual de 2021 (tradução livre do original, em inglês e disponível para download). A publicação foi divulgada pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em uma abertura de alto nível da Estrutura Colaborativa da entidade.

Somente a China respondeu por 39% dos empregos de energia renovável em todo o mundo em 2020 com 4,7 milhões, seguida por Brasil com 1,2 milhão, um valor que é quase o verificado em todo o bloco da União Europeia com 1,3 milhão. Muitos outros países também estão criando empregos em energias renováveis. Entre eles estão o Vietnã e a Malásia, os principais exportadores de energia solar fotovoltaica, Indonésia e Colômbia, com grandes cadeias de abastecimento agrícola para biocombustíveis. E ainda, México e Rússia, onde a energia eólica está crescendo. Na África Subsaariana, os empregos em energia solar estão se expandindo em diversos países como Nigéria, Togo e África do Sul.

O relatório confirma que covid-19 causou atrasos e interrupções na cadeia de abastecimento, com impactos nos empregos variando por país e uso final, e entre os segmentos da cadeia de valor. Enquanto os empregos solares e eólicos continuaram liderando o crescimento global no setor de energia renovável, respondendo por um total de 4 milhões e 1,25 milhão, respectivamente, a ocupação no segmento de biocombustíveis líquidos diminuiu à medida que a demanda por transporte caiu. As vendas de solar fora da rede sofreram, mas as empresas conseguiram limitar as perdas de empregos.

O trabalho da IRENA e da OIT conclui que mais empregos serão ganhos com a transição energética do que perdidos. Um cenário de sustentabilidade global da OIT até 2030 estima que os 24 a 25 milhões de novas vagas ultrapassarão de longe as perdas entre seis e sete milhões de postos de trabalho. Cerca de cinco milhões de pessoas que perderam seus empregos poderão encontrar novos na mesma ocupação em outro setor. O World Energy Transition Outlook da IRENA prevê que o setor de energia renovável poderá empregar 43 milhões até 2050.

A interrupção do fornecimento de equipamentos entre países, causada pelas restrições da pandemia, destacou o importante papel das cadeias de valor domésticas. Fortalecê-los facilitará a criação de empregos e a geração de renda local, ao alavancar as atividades econômicas existentes e novas.

Energias renováveis podem gerar 29,5 milhões de empregos até 2030.

Fonte solar já gerou mais de 37 mil empregos no Brasil em 2020.

Contudo, isso exigirá políticas industriais para formar cadeias de abastecimento viáveis, estratégias de educação e treinamento para criar uma força de trabalho qualificada, medidas ativas do mercado de trabalho para fornecer serviços de emprego adequados, reciclagem e recertificação junto com proteção social para ajudar trabalhadores e comunidades dependentes de combustíveis fósseis. E ainda, estratégias de investimento público para apoiar o desenvolvimento e a diversificação econômica regional. (canalenergia)



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