A indústria naval também está
caminhando rumo a descarbonização e um exemplo disso é o combustível renovável,
a base de cascas de madeira, da startup Vertoro.
No caminho da
descarbonização, os biocombustíveis desempenham um papel importante e um deles
se destaca em particular. A tecnologia de lignina líquida pode ser a resposta
para um combustível renovável sustentável, dentro da indústria naval. Uma
empresa na Holanda patenteou um processo termoquímico único, através das quais
os resíduos florestais e agrícolas são transformados, no que eles chamaram de
“ouro verde”. A Startup Vertoro desenvolveu um combustível de lignina estável e
fácil de processar, mantendo suas propriedades naturais e mudando o cenário da
indústria naval.
Entendendo o segredo por trás
do combustível renovável da indústria naval
De acordo com a startup
química apoiada por uma universidade – a lignina (biomassa lignocelulósica),
não é apenas o recurso natural mais abundante e econômico no mundo mas também é
altamente renovável.
Embora a biomassa contenha lignina em uma alta porcentagem (até 25%), a maior parte dela não é usada, por ser considerada de difícil processamento. A Vertoro desenvolveu um processo simples, no qual a lignina sólida é aquecida por 30 minutos, em qualquer solvente orgânico disponível no mercado, sem a necessidade de catalisadores adicionais.
O resultado é um produto que pode ser transformado em diversos combustíveis e materiais com alto desempenho, pois as propriedades naturais da lignina são preservadas, por meio desse método inovador e suave.
Maersk fecha parceria com
startup Vertoro e será a primeira empresa a fazer uso do combustível renovável.
A Maersk, uma das maiores
empresas de logística, fez parceria com a Vertoro para construir uma planta de
demonstração. O produto resultante será usado para obter combustíveis da
indústria naval para Maersk.
A nova parceria com a Vertoro
é o terceiro investimento recente da empresa no mercado de combustíveis
renováveis. Em agosto, a Maersk anunciou uma nova frota de navios neutros em
carbono, de 16.000 TEU, que devem entrar em serviço e substituir 150.000 TEU
com navios em fim de vida, a partir do primeiro trimestre de 2024.
“Este pedido prova que soluções neutras em carbono estão disponíveis hoje em todos os segmentos de navios porta-contêineres e que a Maersk está comprometida com o número crescente de nossos clientes que buscam descarbonizar suas cadeias de suprimentos”, disse AP Moller – chefe da Maersk, Soren Skou.
Sobre a empresa
Fundada em 2017 pelo CEO
Michael Boot e CTO Panos Kouris, a Vertoro é uma empresa holandesa spin-off de
uma parceria entre Brightlands Chemelot Campus, DSM, Chemelot InSciTe,
University of Maastricht e Eindhoven University of Technology.
Seu produto visa fornecer uma
alternativa de base biológica aos combustíveis fósseis para uso como uma
plataforma em combustíveis, materiais e produtos químicos dentro da indústria
naval. “Nosso objetivo é oferecer produtos competitivos e sustentáveis para
clientes que se preocupam com os custos e com o meio ambiente em todo o mundo”.
(clickpetroleoegas)
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