A energia solar no Brasil
representa apenas 2% de nossa matriz energética. A eólica avançou mais e ocupa
10%. No geral, as chamadas energias limpas correspondem a 46% de nosso
repertório e as ditas sujas 54%. Se as limpas não são totalmente limpas – e não
são – ao menos são muito melhores que hidrelétricas – consideradas limpas – que
devastam o ambiente e comunidades, melhor ainda que as atômicas que deixam lixo
radiativo para as gerações futuras.
Entretanto, o potencial das
limpas é quase infinito. Vou dar um exemplo caseiro, como o Fórum de Mudanças
Climáticas sonha para todo território brasileiro.
Aqui em casa colocamos 18 placas de energia solar. Nossa conta girava em torno de R$ 700,00 ao mês. Hoje deveríamos estar pagando mais de mil reais mensalmente.
Entretanto, a relação mudou totalmente. Hoje nossa conta de luz é de R$ 33,00. O investimento que julgávamos levar quatro anos para pagar, será pago em dois anos. E aqui em casa tudo é elétrico: chuveiros, ar condicionado, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, forno elétrico, microondas, air fryer, tv, computadores, lâmpada e sei lá mais o que.
Um bom programa de energia
solar descentralizada, com incentivos fiscais, beneficiaria a maioria da
população brasileira e ajudaria – e muito – na geração de energia para
abastecer o sistema total.
E se o governo comprasse o
excedente ajudaria na renda das famílias mais pobres, substituindo os programas
de distribuição de renda.
Mas, é claro, isso não pode
ser. O modelo capitalista que gerencia nossas energias exige que ela seja
centralizada e lucrativa para as empresas. O objetivo é gerar mercado, não
abastecer a população e as demandas produtivas.
Ainda mais, nesses dez meses de uso da energia solar, o aplicativo do sistema informa que geramos em casa 7406.3 KWH, que reduzimos a emissão de 7384.1 kg de CO2 na atmosfera, que evitamos queimar 2962.5Kg de carvão e poupamos a derrubada de 407 árvores.
Pela poupança de custos e pela contribuição ao ambiente, parece de bom tamanho. (ecodebate)
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