Energia eólica em casa tem um
funcionamento igual ao de grandes turbinas em parques eólicos, no entanto, com
um tamanho reduzido.
Somente no Ceará, há 27 mini usinas distribuídas em oito municípios diferentes, que abastecem 90 unidades. Com um mercado ainda incipiente em todo o Brasil, o uso de mini turbinas eólicas (aerogeradores) para Geração Distribuída de energia ainda não é tão conhecido. A produção de energia eólica em casa tem um funcionamento igual ao de grandes parques eólicos, no entanto, com um tamanho reduzido.
Assista ao vídeo abaixo e veja como instalar sua mini turbina eólica: https://www.youtube.com/watch?v=HI0BNvEactU&t=18s
Alto custo da energia
elétrica no Brasil faz brasileiros migrarem para energia eólica e solar.
Com o custo alto da energia
elétrica em todo o Brasil, devido a crise hídrica e o uso das termelétricas, a
energia eólica pode ganhar novos adeptos no país, assim como acontece com a
energia solar.
De acordo com dados da
Agência Nacional de Energia Elétrica/Aneel fornecidos pelo Sindicato das
Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico no Ceará
(Sindienergia/CE), de 2008 a 2021 o Ceará conta com 27 mini usinas em oito
municípios, as quais abastecem 90 unidades, já que uma usina pode fornecer
energia para mais de uma residência.
Mini turbinas tem
funcionamento semelhante aos aerogeradores de grande porte
O coordenador do curso de
Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará/UFC, Raphael Amaral,
explica que o funcionamento é bem semelhante aos aerogeradores de grande porte.
“A diferença é que tem que
ser adaptado ao perímetro urbano, por isso não são tão difundidas quanto a
energia solar”, disse Raphael Amaral, professor de Engenharia Elétrica da UFC.
“Funcionam da mesma maneira e
tem os mesmos componentes. Tem um sistema de pás que absorve a energia dos
ventos, transforma em movimento e aciona um gerador que disponibiliza energia
elétrica de diferentes maneiras para a unidade”, acrescenta o engenheiro
mecânico Luiz César Sampaio.
Para que o sistema funcione,
é necessário que seja usada alguma tecnologia capaz de transformar a energia captada
de modo a ser utilizada como elétrica, conforme explica Sampaio, também diretor
e fundador da Enersud, empresa que atua com aparelhos de geração distribuída
para residências.
“Uma dessas formas é pegar a
energia e passar para um dispositivo chamado inversor, que vai transformar essa
energia. Isso vale tanto para os pequenos sistemas quanto para os grandes. Com
essa tecnologia é possível injetar na rede da sua casa e mesmo exportar para a
rua”.
Há também um sistema mais
tradicional, conhecido como off grid. Neste, são usados acumuladores, ou seja,
baterias que armazenam a energia na hora em que o vento está mais forte. A
energia é “guardada” na bateria e ela, por meio de outro tipo de inversor, faz
a transformação para ser utilizada.
“Essa energia gerada a partir
da bateria normalmente não pode ser injetada na rede, tem que ser usada
isolada, então é muito boa pra casas isoladas, sistemas isolados. Tem
propriedades que faltam luz com frequência e, neste sistema eólico, você pega a
energia gerada pela turbina, guarda na bateria e no momento que precisar ela tá
lá disponível”, aponta Sampaio.
Outra opção é usar apenas a turbina e, com dispositivos eletrônicos que custam menos de R$ 10, alimentar direto postos de iluminação e redes. “Você pega a energia direto da turbina e distribui para determinados usos, porém, a condição é que tenha um vem bem constante, além disso, a aplicação é mais simples”.
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poderosa, segura para crianças, animais de estimação, selvagens e aves.
Para quem é indicado o uso de
turbinas eólicas?
De acordo com Sampaio, as
turbinas eólicas são mais úteis nas aplicações off grid. Contudo, para decidir
se é vantajoso, é preciso avaliar as condições ambientais nas quais a
residência está instalada, uma vez que é necessária uma boa circulação de
ventos para que o sistema seja acionado.
Por isso, uma recomendação do
engenheiro é complementar o sistema eólico com o solar, de modo a garantir um
fornecimento completo de energia elétrica a partir de produção por fontes
renováveis.
“O sistema solar sofre muito
com a drenagem que ele sofre à noite, quando não tem sol. A eólica, por sua
vez, aumenta o tempo de autonomia da energia. Em locais que o vento é muito
bom, você pode usar a geração eólica sozinha, já em locais que tem muita
nebulosidade, ambas se complementam”, afirma Luiz César Sampaio, engenheiro
mecânico.
O coordenador da Engenharia Elétrica da UFC pontua também que o sistema eólico apresenta algumas inconveniências. “Tem o ruído e o fato de ter uma manutenção mais frequente por conta das partes móveis. É uma opção mais vantajosa para quem tem terrenos grandes”.
Quanto custa ter sua própria usina?
Os custos para a instalação
de um sistema eólico variam conforme a potência desejada, que podem ser de 500
W até 6 mil W, com preços de R$ 2,7 mil até R$ 50 mil. (clickpetroleoegas)
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