quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Produção de combustíveis fósseis cresce depois da pandemia

Produção de combustíveis fósseis volta a crescer depois da pandemia, mostra ANP.
Depois da queda na produção de combustíveis em 2020, provocada pela pandemia da covid-19, o volume de petróleo refinado no país voltou a crescer. Em 2022, o parque de refino nacional produziu 123,5 milhões m³ de derivados do petróleo. É o maior número desde 2014. Do total, 107,4 milhões de m³ foram de combustíveis (87%).

O resto se refere a materiais não energéticos, como asfalto, coque, nafta e lubrificantes. Os dados são do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, lançado nesta segunda-feira, 16, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Dentre os combustíveis, o mais produzido no país segue sendo o óleo diesel, com 42,4%. Em 2022, as 18 refinarias brasileiras produziram 45,53 milhões de m³ do combustível. Nos anos anteriores, a produção do combustível foi de 40 milhões de m³.

Na sequência aparece a gasolina, com 28,63 milhões de m³ produzidos (26,6%). O país já chegou a fabricar 30 milhões de m³ em 2014, mas viu esse número cair nos anos seguintes. Em 2020, por causa da pandemia, registrou uma produção de 23,3 milhões de m³.

Em terceiro lugar, com 17% da produção, está o óleo combustível, também chamado de óleo pesado. Trata-se de um tipo de diesel destinado exclusivamente para geração de energia térmica.

Também apresentaram ligeiro aumento de produção o querosene de aviação (QAV) e o gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. Atualmente, cada um responde, respectivamente, por 4,5% e 9,3% do refino de combustíveis no país.

Em 2022, o parque de refino brasileiro contava com 18 refinarias de petróleo, com capacidade para processar 2,3 milhões de barris por dia. O fator de utilização das refinarias no ano foi de 84% – o maior desde 2015.

Das 18 refinarias, dez são da Petrobras. Outras quatro unidades eram da petroleira, mas foram privatizadas ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). São elas: Rlam (Bahia), Ream (Amazonas), SIX (Paraná) e Lubnor (Ceará).

Final de 2022 a estatal ainda respondia por 92,5% do volume de óleo refinado no Brasil, enquanto as operadoras privadas somavam 7,5%.

Importação

O crescimento da demanda no pós-pandemia impulsionou também as importações de derivados de petróleo. O Brasil não refina o suficiente para atender toda a sua demanda de combustível por não ter capacidade para isso atualmente. Por isso, precisa comprar do exterior cerca de 25% do diesel e 15% da gasolina consumidos internamente.

Importações de derivados do petróleo cresceram 5,5% em 2022, atingindo 37,9 milhões de m³. Foi o maior volume importado na década.

Do total, foram importados 15,9 milhões de m³ de diesel e 4,3 milhões de m³ de gasolina. Na sequência, os derivados mais adquiridos do exterior foram nafta e GLP.

Emissão de carbono: Cenário mundial pós pandemia.

As emissões de carbono no mundo diminuíram em 2020. As do Brasil aumentaram, devido às queimadas. Mas muito pode ser feito para reverter o problema.

O custo das importações de derivados para o país foi de US$ 25,9 bilhões em 2022. Desse total, US$ 14 bilhões foram gastos só com diesel. (biodieselbr)

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