O resto se refere a materiais
não energéticos, como asfalto, coque, nafta e lubrificantes. Os dados são do
Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023,
lançado nesta segunda-feira, 16, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP).
Dentre os combustíveis, o
mais produzido no país segue sendo o óleo diesel, com 42,4%. Em 2022, as 18
refinarias brasileiras produziram 45,53 milhões de m³ do combustível. Nos anos
anteriores, a produção do combustível foi de 40 milhões de m³.
Na sequência aparece a
gasolina, com 28,63 milhões de m³ produzidos (26,6%). O país já chegou a
fabricar 30 milhões de m³ em 2014, mas viu esse número cair nos anos seguintes.
Em 2020, por causa da pandemia, registrou uma produção de 23,3 milhões de m³.
Em terceiro lugar, com 17% da produção, está o óleo combustível, também chamado de óleo pesado. Trata-se de um tipo de diesel destinado exclusivamente para geração de energia térmica.
Também apresentaram ligeiro aumento de produção o querosene de aviação (QAV) e o gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. Atualmente, cada um responde, respectivamente, por 4,5% e 9,3% do refino de combustíveis no país.
Em 2022, o parque de refino
brasileiro contava com 18 refinarias de petróleo, com capacidade para processar
2,3 milhões de barris por dia. O fator de utilização das refinarias no ano foi
de 84% – o maior desde 2015.
Das 18 refinarias, dez são da
Petrobras. Outras quatro unidades eram da petroleira, mas foram privatizadas ao
longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). São elas: Rlam (Bahia),
Ream (Amazonas), SIX (Paraná) e Lubnor (Ceará).
Final de 2022 a estatal ainda
respondia por 92,5% do volume de óleo refinado no Brasil, enquanto as
operadoras privadas somavam 7,5%.
Importação
O crescimento da demanda no
pós-pandemia impulsionou também as importações de derivados de petróleo. O
Brasil não refina o suficiente para atender toda a sua demanda de combustível
por não ter capacidade para isso atualmente. Por isso, precisa comprar do
exterior cerca de 25% do diesel e 15% da gasolina consumidos internamente.
Importações de derivados do
petróleo cresceram 5,5% em 2022, atingindo 37,9 milhões de m³. Foi o maior
volume importado na década.
Do total, foram importados 15,9 milhões de m³ de diesel e 4,3 milhões de m³ de gasolina. Na sequência, os derivados mais adquiridos do exterior foram nafta e GLP.
Emissão de carbono: Cenário mundial pós pandemia.
As emissões de carbono no
mundo diminuíram em 2020. As do Brasil aumentaram, devido às queimadas. Mas
muito pode ser feito para reverter o problema.
O custo das importações de
derivados para o país foi de US$ 25,9 bilhões em 2022. Desse total, US$ 14
bilhões foram gastos só com diesel. (biodieselbr)
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