Governo japonês proíbe distribuição de carne bovina de Fukushima
País confirmou que mais de 600 vacas foram contaminadas com césio radioativo
O governo do Japão proibiu em 19/07, a distribuição de carne bovina da província de Fukushima, após a confirmação de que mais de 600 vacas foram alimentadas com forragem contaminada com césio radioativo.
O ministro porta-voz, Yukio Edano, anunciou a proibição, que se produz em meio à crescente inquietação pela distribuição, em várias províncias, de carne contaminada com césio radioativo procedente da danificada usina nuclear de Fukushima.
Edano, citado pela agência "Kyodo", detalhou que o Governo oferecerá compensações aos criadores de gado, aos quais as autoridades regionais já tinham pedido que deixassem de distribuir carne temporariamente, embora sem uma proibição oficial.
Até o momento, as autoridades confirmaram que pelo menos 648 vacas foram alimentadas com forragem contaminada e tiveram sua carne distribuída em 38 das 47 províncias do Japão.
Os primeiros casos foram detectados em 10 de julho, quando as análises efetuadas em carne procedente de uma fazenda situada a pouco mais de 20 quilômetros da usina de Fukushima revelaram que continha níveis de césio radioativo muito superiores aos limites estabelecidos.
A confirmação dos últimos casos gerou preocupação no Japão, onde o próprio primeiro-ministro, Naoto Kan, se desculpou hoje por "não ter sido capaz de impedir que isto acontecesse".
O ministro da Agricultura e da Pesca, Michihiko Kano, assegurou por sua vez que trabalhará com a pasta de Saúde para assegurar que nenhuma peça de carne contaminada "chegará ao mercado", ao tempo que anunciou novas análises sobre a forragem produzida em amplas áreas do arquipélago.
O governo manterá a proibição sobre a carne bovina de Fukushima até que se possa assegurar que seu consumo é seguro, segundo a agência "Kyodo".
O Ministério da Saúde, em mensagem para tranquilizar os consumidores, assinalou que o consumo de carne com níveis de césio radioativo superiores ao limite fixado pelo governo não afeta seriamente a saúde. (OESP)
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