segunda-feira, 18 de julho de 2011

Veículos elétricos: FIEP cria câmara técnica

O país ganhou mais uma iniciativa para acelerar o uso em maior escala de uma alternativa de mobilidade eficiente e sustentável. Trata-se da Câmara Técnica de Veículos Elétricos (CTVE), lançada na semana passada pela Coordenação de Desenvolvimento da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). A iniciativa busca disseminar e incentivar o desenvolvimento de projetos relacionados a veículos elétricos no Paraná.
“A CTVE é um espaço para a troca de informações e experiências. Promoveremos a interação entre empresas, universidades, centros de pesquisa e órgãos de governo”, explicou o economista Marcelo Alves, da Coordenação de Desenvolvimento da FIEP e responsável pelo acompanhamento da cadeia automotiva e coordenador executivo da CTVE, que contará com grupo de trabalho para estruturar soluções para problemas específicos que venham a surgir ao longo das discussões. Estes grupos proporão, executarão e monitorarão projetos e ações dos participantes, de acordo com a FIEP.
Durante a primeira reunião da CTVE, a empresa Itaipu apresentou seu case de veículos elétricos. Ela foi responsável pelo primeiro projeto deste tipo no Paraná e é conhecida nacionalmente pela sua expertise tecnológica. Desde 2004, quando firmou acordo de cooperação com a empresa suíça KWO, a Itaipu já produziu 54 carros, um caminhão e um ônibus movidos exclusivamente com energia elétrica e um ônibus híbrido, que funciona com energia elétrica e etanol. Todos estes protótipos são abastecidos em eletropostos, criados por meio de uma parceria com o LACTEC e a Copel.
Na opinião do coordenador técnico da Itaipu, Celso de Novais, responsável pelo projeto do veículo elétrico, atualmente o motor elétrico é mais caro do que o convencional apenas por uma questão de escala. “Para produzi-lo são necessários menos componentes. Quando a indústria nacional passar a produzir este motor ele ficará mais barato”, disse.
Para enfrentar esta situação, além da tecnologia é preciso uma estrutura de mercado que viabilize a produção em larga escala. Por isso, a criação da CTVE é oportuna para informar o setor produtivo. “O Paraná tem grandes chances de ser o protagonista desta mudança, do motor a explosão para o motor elétrico, pela experiência da Itaipu e pela iniciativa da FIEP de promover essa tecnologia.”, afirmou Novais. (ambienteenergia)

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