domingo, 10 de julho de 2011

Evolução na iluminação não gerou economia

Vamos refletir sobre o que aconteceu com a iluminação nos últimos três séculos. As pessoas partiram do uso de velas para lamparinas a óleo, e delas para lâmpadas incandescentes e outras. A cada troca, a quantidade de energia necessária para produzir uma fonte de iluminação despencou. Mesmo assim, as pessoas acharam tantos outros e novos lugares para iluminar que atualmente gastamos a mesma proporção de nossa renda com iluminação que nossos ancestrais gastavam em 1700.
“As implicações desta análise são importantes para as pessoas que se preocupam com o aquecimento global. Muitos começaram a acreditar que a nova e altamente eficiente tecnologia de iluminação – geralmente a LED, que é vista nos displays de aparelhos de som, micro-ondas e relógios digitais – irá resultar em um menor consumo energético. Des­­­co­­brimos que a verdade é o oposto”, disse Harry Saunders, co-autor da pesquisa.
Estas novas lâmpadas, todavia, produzem muitos outros benefícios – assim como muitas outras melhorias na eficiência energética contribuem para o bem-estar geral, reduzindo custos e estimulando a economia. No longo prazo, tal crescimento econômico pode fomentar novas tecnologias inovadoras para reduzir a emissão de gases estufa e abaixar os níveis de dióxido de carbono na atmosfera.
Retórica
A cobrança de imposto, obviamente, não é algo bom para a po­­pularidade de um governante, razão pela qual os políticos preferem enfatizar a questão da eficiência energética. Afinal, os custos e os outros conflitos de escolha associados à eficiência energética são geralmente ocultos. Além disso, o discurso de utilização de menos energia apela para os instintos de economia dos consumidores assim como às sensibilidades morais dos am­­bientalistas. (gazetadopovo)

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