Oceanos se recuperaram após acidente de Fukushima,
dizem cientista
Usina
de Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube
da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes
proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as
consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que
permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
Os
cientistas acreditam que, após o acidente na usina nuclear japonesa de
Fukushima 1, o nível de radiação nos oceanos voltou ao normal. Esta conclusão
consta do relatório do Comitê Científico de Pesquisas Oceânicas (Scientific
Committee on Oceanic Research), que reúne especialistas de todo o mundo. O
acidente ocorreu em março de 2011.
O
relatório é baseado em 20 medições dos níveis de radiação em diferentes partes
do Oceano Pacífico — do Japão à América do Norte. Segundo os cientistas, as
razões de redução da radiação nos oceanos são as correntes submarinas, que
transportam as substâncias nocivas para o fundo do mar, onde elas parcialmente
perdem as suas características.
Pesquisadores
acreditam que durante cinco anos todas as substâncias radioativas serão
completamente dissolvidas em água ou serão inativadas.
No
que diz respeito à fauna, como foi observado por um dos autores do relatório, o
professor australiano de radioquímica Pere Masque, em 2011 cerca de metade das
amostras de peixe nas águas costeiras de Fukushima continham uma quantidade de
radiação significativamente acima da norma, mas, em 2015, este número caiu
abaixo de 1%.
Assim,
podemos esperar nova queda deste indicador, o que fará com que os peixes na
área se torne saudável. Apesar disso, a vigilância da situação ecológica vai
continuar.
Os
resíduos radioativos líquidos podem ser vertidos ao oceano de maneira especial
ou ser armazenados em fossas oceânicas, diz o geoquímico russo e especialista
em radioecologia Viktor Kopeikin:
“É
costume considerar um prazo de armazenamento dos resíduos fortemente
radioativos de mil anos ou mais. Ao mesmo tempo, deve ser garantida a segurança
do local de armazenamento. Mas quem realmente pode dar essa garantia? Vemos
como em diferentes áreas, calmas durante milhares de anos, de repente ocorrem
cataclismos fortes e muito destrutivos. Nem vale a pena falar do Japão, onde
constantemente há perturbações.”
Água armazenada
Água armazenada
Centenas
de toneladas de água armazenada na usina nuclear de Fukushima foram purificadas
de césio e estrôncio. Mas o trítio (um isótopo radioativo de hidrogênio)
modifica as moléculas de água e, portanto, é difícil separá-lo.
Este
ano, uma comissão especial vai considerar três projetos que chegaram à final do
concurso internacional para a purificação de água de trítio anunciado pelo
Japão. Os projetos são um russo, da companhia RosRAO, outro da empresa
norte-americana Kurion e um terceiro do consórcio nipo-canadense GE/Hitachi.
No
entanto, a purificação da água de trítio é um processo muito dispendioso, por
isso, é possível que a água seja lançada para o oceano. Os ambientalistas
japoneses exigem que o trítio seja removido da água, apesar de a sua radiação
ser mais fraca do que a de estrôncio ou de césio. Muitos cientistas dizem que
os receios são infundados, porque o trítio é considerado um dos materiais
radioativos menos perigosos produzidos em usinas nucleares.
“A
radioatividade do trítio é tão fraca que ela não penetra nem mesmo através de
um invólucro de plástico”, argumenta Shunichi Tanaka, físico japonês,
vice-presidente do Instituto de Pesquisas Nucleares (The Nuclear Regulation
Authority). (ecodebate)
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