Governo brasileiro irá
buscar novas formas de incentivar a energia solar fotovoltaica
O
governo brasileiro está estudando formas de impulsionar a geração solar
fotovoltaica no país, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho
Filho, em 30/06/16 na abertura do Brasil Solar Power, no Rio
de Janeiro. Para o ministro, o segmento de geração solar fotovoltaica é
fundamental para a matriz energética brasileira e novas formas de incentivar o
setor devem ser perseguidas, para que o segmento não fique dependente apenas
dos leilões.
“O
Brasil compete com outras oportunidades, não há sol só no Brasil, o sol existe
em muitos outros países. Se não criarmos um ambiente mais competitivo, mais
favorável, o recurso encontra rentabilidade em outro local e isso é tudo que
não queremos nesse momento”, disse o ministro.
Coelho
Filho destacou que o governo brasileiro continuará contratando energia por meio
de leilões, mas defendeu que seja feita uma reorganização da forma como a
contratação está sendo feita.
“Nós
teremos sim leilão de energia ainda neste ano, teremos sim participação
relevante para a energia solar fotovoltaica
nesses próximos leilões. Mas antes de contratarmos nova energia, há alguns
problemas que temos de endereçar como Ministério, e o diagnostico já está quase
pronto. Algumas medidas já estão sendo tomadas, sobretudo sobre a
sobrecontratação. Não podemos nos dar ao luxo e apostar apenas em uma receita,
a receita do leilão”, disse o ministro na abertura do evento.
A
expansão da geração de energia solar distribuída – quando a energia é gerada no
centro de carga, podendo ser gerada até mesmo pelo próprio consumidor – é uma das
possibilidades que se descortinam para a indústria solar no país, disse Coelho
Filho. Além disso, o MME estuda formas de viabilizar financiamentos para a
geração distribuída, inserido nos estudos do ProGD, lançado pelo Ministério no
final do ano passado com parceria da Associação Brasileira da Indústria Solar
Fotovoltaica (Absolar). Segundo o ministro, o MME já está dialogando com o
Ministério das Cidades para que seja analisada a possibilidade do FGTS como uma
das fontes de financiamento desse segmento.
Outra possibilidade de expansão da energia fotovoltaica está no Norte do país, para atender os sistemas isolados, exemplificou Coelho Filho. Segundo o ministro, está em estudo no Ministério formas de expandir o atendimento a essas áreas com a geração solar distribuída.
Outra possibilidade de expansão da energia fotovoltaica está no Norte do país, para atender os sistemas isolados, exemplificou Coelho Filho. Segundo o ministro, está em estudo no Ministério formas de expandir o atendimento a essas áreas com a geração solar distribuída.
“Temos
o sistema no Norte que gera uma das energias mais caras do mundo. Muito do que
passa a Eletrobras é fruto do alto custo e da dificuldade de geração no Norte
do Brasil. Estamos endereçando uma grande ação para que além dos leilões possamos
ter um outro flanco para animarmos o setor”, disse.
A
expansão da geração de energia renovável terá especial atenção MME, defendeu o
ministro: “O compromisso com as fontes renováveis não é somente um compromisso
da Absolar, mas sim um compromisso da minha geração. Minha geração tem
compromisso com as fontes de energia de baixo carbono. Estamos estudando uma
política energética que possa sinalizar de forma muito clara, uma política
industrial que possa dar isonomia tributária para essa fonte e também incentivarmos
a produção da indústria nacional”, afirmou. (ambienteenergia)
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