Holanda construiu ciclovia sustentável capaz de gerar
energia solar
A Holanda é um país tradicionalmente conhecido pelo
grande número de bicicletas. Aproveitando-se disso, a pequena cidade de
Krommenie, que fica a 25 km da capital Amsterdã, inaugurou em 2014 a primeira ciclovia
com placas de painéis solares do mundo.
O primeiro protótipo, com cerca de 70 metros de extensão,
mas foi suficiente para produzir energia para abastecer três casas. Batizado de
"SolaRoad", o projeto está sendo conduzido pela Organização Holandesa
para Pesquisa Científica Aplicada em parceria com as autoridades locais e
outras empresas. Os testes devem durar cerca de três anos e medirão a
capacidade de energia gerada bem como do comportamento do equipamento sob uso
real. As informações são do portal Ecodesenvolvimento.
Segundo o Ministro da Economia, Henk Kamp, que
participou da inauguração da ciclovia, "a SolaRoad é a primeira do mundo e
coloca a Holanda no mapa como líder em inovação sustentável".
A ciclovia é composta por um módulo especial de concreto
(2,5 m x 3,5 m) que é coberto por uma camada de vidro bastante resistente de
apenas 1 centímetro de espessura e células fotovoltaicas que captam a energia
do sol e a converte em eletricidade. Além de não causar impactos na paisagem do
ambiente onde é instalada, é possível estender a ciclovia para geração de mais
energia.
O objetivo é que, no futuro, a energia gerada seja
suficiente para ser utilizada em iluminação pública, sinalização, carros
elétricos e residências.
Vale a pena mencionar que os módulos instalados no
chão são até 30% menos eficientes que as placas solares implantadas nos
telhados da casa por causa da inclinação. Segundo estudos, a SolaRoad é capaz
de gerar 50 quilowatts-hora por metro quadrado.
Segundo estimativas, o custo para instalação é três
vezes maior que o de uma ciclovia tradicional, mas a energia gerada ao longo do
tempo pode tornar o equipamento viável. Por isso, ainda é preciso determinar a
viabilidade econômica para a implantação da tecnologia em grande escala. Para
se ter uma ideia, só para este pequeno trecho que será testado, foram
investidos cerca de € 3 milhões, quase R$ 10 milhões. (canaltech)
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