A Eficiência energética
é uma atividade que procura melhorar o uso das fontes de energia.
A utilização racional de
energia, às vezes chamada simplesmente de eficiência energética, consiste em
usar de modo eficiente a energia para se obter um determinado resultado. Por
definição, a eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de
energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua
realização.
A utilização das
energias renováveis como fonte de energia para consumo das necessidades
energéticas, quer de climatização como de aquecimento de águas quentes
sanitárias e de piscinas é uma das formas mais eficientes de reduzir o consumo
de energias de combustíveis fósseis. A instalação de painéis solares térmicos
na cobertura dos edifícios pode representar uma redução de 60% no consumo de
energia para aquecimento de águas sanitárias. Entretanto deve-se considerar que
mesmo em fontes limpas, sua eficiência está atrelada a sua taxa de consumo e
não à fonte geradora.
A eficiência energética
e as energias renováveis são os "dois pilares" da política energética
sustentável.
Medidas de Eficiência
Energética
Os equipamentos em nossa
casa, escritório, o nosso carro, a iluminação nas nossas ruas e até as centrais
que produzem e distribuem a nossa energia, quer ela seja eletricidade, gás
natural ou outra, consomem de alguma forma uma fonte de energia.
Edifícios
energeticamente eficientes, processos industriais e de transporte poderiam
reduzir as necessidades energéticas projetadas para o mundo em 2050 por um
terço, também é essencial o controle das emissões globais de gases que causam o
efeito estufa, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
A adoção de soluções ou
medidas eficientemente energéticas são necessárias, por exemplo, em edifícios
colocar isolamento térmico de modo a se consumir menos energia para aquecimento
e arrefecimento mantendo a temperatura confortável, substituir por lâmpadas
econômicas as antigas lâmpadas incandescentes, utilizar aparelhos desenvolvidos
com referência a melhor eficiência, ex: refrigeradores com inverter,
economizadores de energia. Redes de sensores sem fio são muitas vezes
utilizados para visualizar o uso de energia em cada ponto para melhorar a
eficiência, como no exemplo do Japão.
Como exemplos de medidas
de poupança de energia que contribuem para uma maior eficiência energética
temos:
Afinação dos parâmetros
de queima dos geradores de calor
Isolamento térmico de
superfícies quentes
Otimização das condições
de funcionamento de equipamentos
Eliminação das fugas de
fluidos quentes
Aproveitamento de
combustíveis ou fontes de calor residuais
Dimensionamento correto
das instalações energéticas
Eliminação das fugas de
ar comprimido
Recuperação da energia
térmica em compressores de ar
Substituição de motores
convencionais por motores de alto rendimento
Instalação VEVs
(Variadores Eletrônicos de Velocidade)
Alteração da opção
tarifária
Deslastre de cargas
Compensação do fator de
potência
Otimização e controlo da
iluminação
Melhor aproveitamento
das condições de iluminação natural
Implementação de sistemas
de gestão de energia
Instalação de sistemas
de cogeração
Conceito Southzeb
Impacto na arquitectura
Este conceito surge com
intuito de promover a eficiência energética no sector dos edifícios através da
adoção de conceitos que implicam que os edifícios consigam ter um desempenho
energético muito elevado.
Esses conceitos podem
ser aplicados em edifícios novos ou existentes e este projecto tem esse mesmo
nome (SouthZEB) porque os módulos de formação são orientados para profissionais
específicos de países do Sul da Europa.
Objtivo
O principal objetivo tem como propósito obedecer
a planos e metas concretas da diretiva Europeia do desempenho energético dos
edifícios (EPBD) que obriga os Estados Membros da União Europeia a que todos os
novos edifícios tenham necessidades quase nulas de energia a partir de
2018-2020.
No Brasil
Como todo país em
desenvolvimento, o Brasil tem uma grande demanda reprimida de energia - mas os
índices nacionais de perda e desperdício de eletricidade também são altos. O
total desperdiçado, segundo o Procel, chega a 40 milhões de kW, ou a US$ 2,8
bilhões, por ano. Os consumidores - indústrias, residências e comércio -
desperdiçam 22 milhões de kW; as concessionárias de energia, por sua vez, com
perdas técnicas e problemas na distribuição, são responsáveis pelos 18 milhões
de kW restantes.
Portanto qualquer
política energética deve estimular a eficiência e o combate ao desperdício por
meio de instrumentos de regulação - como a especificação de códigos com consumo
máximo de energia em construções ou padrão de desempenho e melhorias em
equipamentos para garantir a incorporação de novas tecnologias, mais
eficientes, pelos fabricantes.
Na União Europeia
A União Europeia assume
cada vez mais a redução do consumo de energia e a eliminação do desperdício
energético como uma questão determinante para a sua política energética. Em
2007, os países membros da UE assumiram um objectivo para 2020: reduzir o
consumo médio anual de energia em 20%. Portugal não foge à regra e traça até
metas mais ambiciosas, estabelecendo como objectivo uma redução de energia
primária de 25%.
O Conselho Europeu de 20
e 21 de março de 2014 salientou a eficácia da eficiência energética na redução
dos custos de energia e da dependência energética. A UE estabeleceu normas e
regras mínimas em matéria de eficiência energética aplicáveis à rotulagem e à
concepção ecológica dos produtos, serviços e infraestruturas. Estas medidas
visam melhorar a eficiência em todas as fases da cadeia da energia, desde o aprovisionamento
energético à utilização de energia por parte dos consumidores.
Em Portugal
Com vista a cumprir os
objetivos definidos pela UE e tendo em conta o Plano Nacional de Ação para a
Eficiência Energética (PNAEE), estão em vigor vários programas de apoio à
eficiência energética:
Fundo de Eficiência
Energética;
Plano de Promoção da
Eficiência no Consumo de Energia Elétrica;
Fundo de Apoio à
Inovação;
Fundos do Quadro de Referência Estratégia
Nacional. (wikipedia)