Governo planeja reduzir imposto do carro elétrico e abrir mercado brasileiro.
Sem consenso sobre nova política de incentivo à indústria automotiva brasileira, presidente Michel Temer vai editar MP com estímulos à importação de veículos elétricos e híbridos.
Sem consenso sobre nova política de incentivo à indústria automotiva brasileira, presidente Michel Temer vai editar MP com estímulos à importação de veículos elétricos e híbridos.
O governo
planeja editar uma medida provisória para incentivar a produção de carros
híbridos e elétricos no Brasil. A informação é do jornal O Globo. A MP deve reduzir de 25%
para 7% o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para esse tipo de
veículo.
A avaliação
do governo é que as grandes montadoras que já estão instaladas no Brasil devem
trazer para o país os veículos elétricos e híbridos que já fabricam em outros
países, o que deve aumentar a entrada de importados. Como esse nicho de mercado
é mínimo no Brasil, não haveria impacto fiscal num primeiro momento. No ano
passado, foram emplacados apenas 1.872 carros elétricos no país, segundo a
reportagem de O Globo.
Além disso,
o fim do programa do governo anterior (Inovar Auto) que dava benefícios
para produção nacional e foi condenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), também deve ajudar a
fazer com que o percentual de importados aumente de 10% para 20% nos próximos
quatro anos.
Por ser
consenso entre a equipe econômica, o presidente Michel Temer autorizou que a
medida provisória fosse editada. Ela deve ser publicada em breve. No entanto, o
restante da nova política do setor está parado no governo e deve permanecer
assim até o próprio presidente tomar uma decisão em fevereiro. O grande impasse
é como conceder incentivos para o investimento em pesquisa e desenvolvimento
para as montadoras.
A equipe
econômica e as montadoras instaladas no Brasil estão em uma queda de braço em torno
da implementação de uma política industrial para o setor a partir de 2018, com
o fim do Inovar Auto.
Renúncia
fiscal
Em 12 anos, o setor automotivo "ganhou" R$ 28 bilhões. Esse é o valor
estimado para as renúncias fiscais que beneficiaram a indústria automobilística
entre 2006 e 2018. O cálculo foi feito pela Instituição Fiscal Independente
(IFI), do Senado Federal. Nessa conta estão os incentivos do programa Inovar
Auto, que será encerrado em dezembro, além de projetos específicos para a
instalação de novos projetos industriais nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste; descontos em impostos e política industrial para o setor. Mas
será que tanta ajuda do governo resultou em investimento e avanço? (gazetadopovo)
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