Incerteza política não deve
atrapalhar negócios em geração renovável em 2018.
As incertezas a respeito das
eleições de 2018 não devem atrapalhar o ambiente de negócios no Brasil. A
opinião é de investidores em energia renovável em expansão no país que apostam
na continuidade das operações de fusão e aquisição. Um dos motivos é o espaço
para atuar, já que o mercado nacional ainda precisa de aportes expressivos. A
tendência é de que o processo de consolidação seja reforçado com menos players
e um nivelamento de atuação onde os chamados aventureiros do passado não terão
chances de permanecer no mercado.
Esse maior nivelamento das
competições entre os investidores é vista pela diretora de Equity Funding e
Fusões e Aquisições da Omega Energia, Andrea Sztajn. Em sua avaliação, há um
grande volume de estoque projetos no mercado. Mas mesmo com novos entrantes a
competitividade não sairá do racional. Ela classificou esse cenário como um
processo mais saudável ao invés de preços irreais do passado, disse ela durante
sua participação no 9º. Fórum Brasileiro Anual de Energia e Infraestrutura ,
promovido pela Euromoney Seminars.
Na
avaliação de Cláudio Ferreira, vice-presidente corporativo da Echoenergia, uma
empresa do fundo inglês Actis, o ambiente político deve direcionar os caminhos
que os negócios deverão tomar a partir de 2018. “Se a linha do próximo governo
estiver mais amigável a uma economia de mercado e possível que se abra uma
janela para a realização de IPOs no Brasil. Já no sentido contrário, se houver
uma nova guinada à esquerda e uma percepção de mais stress no mercado as
oportunidades poderão surgir por meio de aquisições”, comentou ele à Agência
CanalEnergia.
O vice-presidente sênior para
fusões e aquisições da Brookfield Asset Management, Carlos Gros, lembra que o
segmento de infraestrutura não é um setor em que se deve pensar em curto prazo.
Por isso, apesar dessas incertezas os investimentos continuarão. “Se você
precisa, por exemplo, de investimentos de US$ 10 bilhões e o governo não tem
esses recursos, de onde verão esses recursos? Do investidor privado”, disse ele
em sua apresentação.
Tanto Gros quanto Ferreira,
lembraram que mesmo em mercados turbulentos houve a continuidade dos aportes
das empresas. Para o representante da Brookfield a volatilidade é parte do jogo
e deve ser contornada. Já Ferreira destacou que a Actis é um investidor global,
que a empresa continuará a investir localmente. Até porque a empresa entrou no
Egito em meio à revolução conhecida como a primavera árabe. (csenergia)
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