Atlas de Energia Solar do
Paraná mostra o potencial de produção de energia do estado, mesmo com muitos
dias nublados.
Novos investimentos em
energia solar no território paranaense acabam de ganhar um forte aliado. É o
Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná, projeto que é resultado de uma
parceria entre a Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu, Universidade
Federal Tecnológica do PR e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e
mostra produção de energia solar do estado.
O Atlas confirma o grande
potencial solar do Paraná que, embora seja menor que o de outros estados brasileiros
– como os do Nordeste – é 43% superior ao da Alemanha, um dos cinco países que
mais investe nessa fonte renovável, no mundo. O potencial paranaense é, ainda,
18% superior ao da França e 55% maior que o do Reino Unido.
“A
Itaipu tem como missão promover o desenvolvimento sustentável, o que inclui a
pesquisa de novas tecnologias e o fomento a outras fontes renováveis que são
complementares à hidráulica”, afirmou o diretor-geral brasileiro da Itaipu,
Luiz Fernando Vianna, durante a solenidade de lançamento do Atlas, realizada no
edifício Parigot de Souza, sede da Itaipu em Curitiba.
De acordo com o professor
Gerson Máximo Tiepolo, coordenador do Laboratório de Energia Solar (Labens) da
UTPFR e um dos autores do estudo, o Atlas permite saber com precisão a energia
solar disponível em cada um dos 399 municípios do Paraná ou em qualquer ponto
do Estado, inclusive de acordo com a época do ano.
O projeto utilizou uma
modelagem matemática que mede o espalhamento da energia solar no território,
aliando imagens de satélite, estações do INPE e estações do Inmet (Instituto
Nacional de Meteorologia).
“A metodologia também
considerou variáveis que influenciam no aproveitamento da energia solar, como
altitude, visibilidade, temperatura do ar, umidade relativa, entre outras”,
explicou Alisson Rodrigues Alves, do PTI, outro autor do estudo.
Com isso, é possível saber de
antemão quanta energia poderá ser produzida em um projeto de geração solar, até
mesmo residencial. E qualquer cidadão pode consultar a base de dados, que
também está disponível na internet, no site www.atlassolarparana.com.
“Não
é preciso ter conhecimento avançado de energia para ter uma estimativa com alto
grau de precisão de quanto um sistema de geração de energia solar vai gerar”, acrescentou
Tiepolo. “A geração de energia a partir de fontes renováveis, como a solar, é
um caminho sem volta”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e
Abastecimento, Norberto Ortigara, que representou o governo estadual no evento.
Potencial de produção em
Curitiba é superior ao da Alemanha.
Ele informou que o Estado
hoje conta com um grupo de trabalho que está estudando incentivos para fomentar
a geração distribuída no Paraná (incluindo, além da solar, a biomassa e a
eólica) e que pretende lançar um marco regulatório para o setor no Show Rural
Coopavel, em fevereiro de 2018.
Além
de Ortigara, a solenidade também contou com a participação do secretário de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Antônio Bonetti, do diretor-geral
do Campus Curitiba da UTFPR, Cezar Augusto Romano, do presidente da
Fecomércio-PR, Darci Piana, do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz
Fernando Vianna, do coordenador do Laboratório de Energias Renováveis do Inpe,
Enio Pereira, do diretor-superintendente da Fundação PTI, Ramiro Warhaftig, e
do superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Paulo Afonso Schmidt,
entre outras autoridades. (ambienteenergia)
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