Para BP crescimento da
exploração por petróleo deve parar na década de 2030.
O crescimento da procura
mundial de novas fontes petróleo vai parar durante os últimos anos da década de
2030. A projeção é da petrolífera britânica BP que divulgou em 20/02/18 na sua
análise anual das perspectivas do mercado de energia.
Segundo "Energy Outlook
2018", o aumento da produção de petróleo de xisto pelos EUA vai determinar
o crescimento da oferta na próxima década. Em torno de 2030, porém, os
analistas previram que os produtores do Médio Oriente vão adotar novas
estratégias para aumentar a sua fatia de mercado.
O crescimento na demanda no
setor de transportes também deve começar a apresentar sinais de esfriamento
antes da década de 2040. Em parte isso será alimentado pela maturação dos
veículos elétricos que, por volta de 2040, devem representar 15% dos automóveis
e 30% da quilometragem rodada por veículos leves.
Mesmo assim, "a ideia de
que o rápido crescimento dos carros eléctricos vai provocar o colapso da
procura de petróleo simplesmente não está apoiada nos números primários",
assinalou, em comunicado, o economista-chefe do grupo, Spencer Dale.
De qualquer forma, a
desaceleração no setor de transportes fará com que a principal fonte de
crescimento por óleo passe a vir de usos "não combustíveis" – em
particular como matéria-prima para a indústria petroquímica.
Durante o período
considerado, a BP antecipa que a procura de gás natural vai crescer "de
forma sólida" e chegar a superar o carvão como a segunda fonte de energia
global.
Renováveis
A BP antecipou também um
aumento em 400% das energias renováveis, avanço este impulsionado pela crescente
competitividade da produção de energia solar e eólica.
Os subsídios a estas fontes
devem desaparecer de forma paulatina a partir da segunda metade da década de
2020, à medida que possam fazer concorrência às energias fósseis.
A China será a principal
fonte de crescimento neste setor, acrescentando mais potência a partir de
fontes renováveis do que todos os estados membros da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) ao longo dos próximos 20 anos. "Em
2040, o petróleo, o gás, o carvão e os combustíveis não fósseis vão
representar, cada um deles, um quarto da energia mundial", previu Dale.
O
cenário analisado pela BP contempla um aumento das emissões de dióxido de
carbono em 10% até 2040. Apesar de se tratar de um aumento mais lento do que o
ocorrido nos últimos 25 anos, "todavia está acima da acentuada descida que
é necessário para conseguir cumprir os objetivos" do Acordo do Clima de
Paris, preveniu o grupo petrolífero. (biodieselbr)
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