Setor eólico deve gerar 200
mil empregos no Brasil até 2026, diz ABDI.
Salários mais altos são
necessários diferentes profissionais do ramo da engenharia.
A Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que até 2026 a cadeia de produção de
energia eólica poderá gerar aproximadamente 200 mil novos empregos diretos e
indiretos. Em 2016, o número de empregos diretos no setor passava de 150 mil.
Pelos cálculos da Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), para cada novo megawatt instalado, 15
empregos diretos e indiretos sejam criados. No ano passado, foram instalados
mais 2,02 GW no país. Em 2017, o Brasil alcançou a marca de 12,8 GW de
capacidade instalada, o que coloca o país em oitavo lugar no ranking mundial de
usinas eólicas, ultrapassando o Canadá.
O estudo da ABDI mapeou 52
profissões/ocupações distribuídas nos cinco grupos de atividades que compõem a
cadeia de energia eólica: construção e montagem (dez diferentes profissões);
desenvolvimento de projetos (11 profissões); ensino e pesquisa (seis
profissões); manufatura (15 profissões); operação e manutenção do parque eólico
(nove profissões).
O presidente da Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, explica que o
potencial de criação de empregos é grande porque a cadeia eólica é longa, além
do potencial de crescimento do mercado. “São cinco etapas envolvidas na cadeia,
desde o desenvolvimento do projeto, a fabricação, a montagem e operação de um
parque eólico. Para cada fase é preciso uma ampla gama de profissionais. Na
fase de projeto, por exemplo, são necessários pelo menos 11 tipos de
profissionais. Entre manufatura, construção e operação são mais 34
especializações diferentes”, destaca.
Segundo o estudo da ABDI,
existem carreiras para todos os graus de formação. “A cadeia eólica precisa de
profissionais que tenham apenas o ensino médio e fundamental, como é o caso de montadores
e motoristas, mas contempla também os altos graus de formação, como engenheiros
aeroespaciais, onde a pós-graduação e especialização são pré-requisitos para a
contratação”, explica Ferreira.
O documento da ABDI mostra ainda as possibilidades de crescimento do profissional dentro do setor. Uma profissão que chama a atenção no estudo é o técnico em meteorologia, exigido em três das cinco fases da cadeia – montagem, desenvolvimento do projeto e operação. A formação dura em média três semestres (1200 horas) e o salário estimado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) é de R$ 2 mil. O técnico vai atuar no levantamento de dados sobre a velocidade e direção dos ventos, realizando a instalação e a manutenção das torres de medição (chamadas de anemométricas). Pelo estudo, esse tipo de profissional pode progredir no setor e se tornar Técnico em Operações e Manutenção de Parques, aumentando, assim, seu rendimento.
O documento da ABDI mostra ainda as possibilidades de crescimento do profissional dentro do setor. Uma profissão que chama a atenção no estudo é o técnico em meteorologia, exigido em três das cinco fases da cadeia – montagem, desenvolvimento do projeto e operação. A formação dura em média três semestres (1200 horas) e o salário estimado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) é de R$ 2 mil. O técnico vai atuar no levantamento de dados sobre a velocidade e direção dos ventos, realizando a instalação e a manutenção das torres de medição (chamadas de anemométricas). Pelo estudo, esse tipo de profissional pode progredir no setor e se tornar Técnico em Operações e Manutenção de Parques, aumentando, assim, seu rendimento.
Já para os salários mais
altos são necessários diferentes profissionais do ramo da engenharia. Os ganhos
médios mensais dos engenheiros aeroespaciais passam de R$ 8 mil. Para o
engenheiro de vendas, o mercado oferece vencimentos próximos a R$ 15 mil.
Somente para a fase de manutenção, permanente depois que o parque eólico está
instalado, são contratados profissionais com formação em sete engenharias
diferentes (engenheiro de produção, industrial, de qualidade, de vendas,
eletricista e projetista). Os salários giram entre R$ 5 e R$ 15 mil. Na mesma
faixa também existem vagas para advogados, administradores e biólogos.
A maioria dos parques eólicos
do Brasil está no Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram o ranking
com 135 e 93 parques, respectivamente. Outros sete estados da região concentram
184 parques de torres eólicas. O Sul também apresenta parte considerável da
geração. Na região estão 95 parques, sendo a maioria no Rio Grande do Sul (80).
Isso não significa que os empregos estejam somente nessas regiões. “Uma torre instalada no Rio Grande do Norte gera empregos mais perenes para a população local, na fase de operação e manutenção. Entretanto, o desenvolvimento do projeto pode ocorrer em um escritório em São Paulo, e os componentes das torres são construídos em Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina”. Guto Ferreira também explica que durante a construção são geradas muitas vagas temporárias, empregando locais e pessoas de outras regiões. (canalenergia)
Isso não significa que os empregos estejam somente nessas regiões. “Uma torre instalada no Rio Grande do Norte gera empregos mais perenes para a população local, na fase de operação e manutenção. Entretanto, o desenvolvimento do projeto pode ocorrer em um escritório em São Paulo, e os componentes das torres são construídos em Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina”. Guto Ferreira também explica que durante a construção são geradas muitas vagas temporárias, empregando locais e pessoas de outras regiões. (canalenergia)
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