ONS
diz que reservatórios terão este ano situação melhor que em 2017.
Reservatórios
de hidrelétricas terão em 2018 situação melhor que em 2017, afirma.
O
diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Barata, disse em
27/02/18 que os reservatórios das hidrelétricas brasileiras chegarão ao fim
deste ano em situação mais confortável do que no ano passado, ficando 30% acima
da capacidade no Sudeste e em melhores condições no Nordeste. Em 2017, os
reservatórios registraram níveis inferiores a 18% no Sudeste e a 15% no
Nordeste.
Além
de estimar maior volume de chuvas este ano, Barata lembrou que a melhoria dos
reservatórios depende também da entrada em operação de hidrelétricas como Belo
Monte, no Rio Xingu, e das usinas do Rio Madeira, além da geração de fontes de
energia renováveis. Para ele, “muito provavelmente”, os brasileiros terão um
verão de bandeira verde.
A
preocupação é com o abastecimento, acrescentou. "Hoje, o portfólio que a
gente tem de hidro, térmica e renovável dá conforto para que a gente não fique
com o fantasma do desabastecimento.”
Arcabouço
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, que também
participou do evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, disse que o
processo de desenvolvimento hidrelétrico no Brasil hoje está muito fragmentado
e necessita ser rediscutido, com participação da sociedade e das entidades do
meio ambiente para ter um norte, isto é, uma direção. “Nós temos que rediscutir
o processo como um todo, para tentar fazer as hidros certas, de forma certa.”
Barroso
ressaltou que a discussão hidrelétrica deve evoluir ao longo dos próximos
governos: a questão não se resolve agora. "Até pelo próprio prazo de
maturação dos projetos, ela [a discussão] perpassa diversos anos”. Há,
inclusive, espaço para construir usinas de todos os portes no país, afirmou.
Neste sentido, Barroso considerou natural que as pequenas e médias usinas
tenham menos dificuldades. Ele disse que é preciso "brigar" por
reservatórios, o que envolve duas etapas. A primeira é onde ainda há espaço
para isso e a segunda, a análise de custo-benefício para que os reservatórios
sejam construídos. “Porque nem todo reservatório pode trazer benefício,
dependendo do custo, inclusive socioambiental.”
Luiz
Barroso informou que o Brasil deve fazer este ano somente dois leilões para
contratação de energia nova: o A-4, marcado para abril, prevê a entrada em
funcionamento de novas usinas em 2022, e o A-6, previsto para o segundo
quadrimestre, com fornecimento de energia a partir de 2024. (agenciabrasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário