Fundo das nações unidas aprova US$ 350 milhões para
energias renováveis na América Latina.
Fundo
Verde da ONU aprova US$ 350 milhões para energia limpa na América Latina.
Complexo
Solar Pirapora, em Minas Gerais.
O
diretor-executivo do Fundo Verde do Clima (GCF, na sigla em inglês), Howard
Bamsey, anunciou nesta segunda-feira (5), em Bogotá, que aprovou cerca de US$
350 milhões para "financiamento climático" em países latino-americanos.
O GCF é uma entidade criada pela Convenção Marco das Nações Unidas para a
Mudança Climática para apoiar os países na transição para investimentos limpos
e resilientes nesta área. A informação é da EFE.
"Na
semana passada, a junta tomou a decisão de aprovar quase US$ 350 milhões em
financiamento climático para os países latino-americanos e isso alavanca mais
de US$ 1 bilhão em co-financiamiento de outros projetos", disse Bamsey na
capital da Colômbia, durante o Primeiro Diálogo Estrutural do Fundo Verde do
Clima.
Eficiência
energética
Segundo
ele, os projetos que serão financiados impulsionarão os mercados para que haja
uma maior eficiência energética "em nível de pequenas empresas e em escala
industrial. Isto é muito importante para remover obstáculos e ter uma maior
absorção comercial da forma mais econômica de energia".
Além
disso, ele disse que a junta do GCF "comprometeu" recursos, sem
precisar a cifra, para melhorar "a resiliência dos casos vulneráveis no
Paraguai, o que vai ser feito promovendo práticas sustentáveis de terras, para
poder ter uma produção bioenergética", apontou.
Bamsey
acrescentou que após uma junta realizada na semana passada, o Fundo Verde do
Clima se comprometeu a fortalecer projetos em nove países da América Latina:
Peru, México, Guatemala, Equador, El Salvador, Argentina, Chile, Brasil e
Paraguai.
Por
sua vez, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, avaliou o GCF como um
"aliado determinante" para que os países latino-americanos possam
mobilizar recursos adicionais para financiar projetos.
Riqueza
natural e desafios comuns
"Não
podemos negar que todo apoio de financiamento terá sempre maiores impactos se
os países receptores contarem com um marco normativo que favoreça os
investimentos, como ocorre na Colômbia. No caso do Fundo Verde do Clima, o
valor agregado para ter acesso aos seus recursos reside no financiamento de
projetos com padrões muito exigentes", assegurou.
Santos
falou que o Primeiro Diálogo Estrutural do GCF é "um sinal da vontade da América
Latina" para defender o planeta perante os efeitos da mudança climática.
"Os nossos países se caracterizam, em grande medida, pela sua grande
riqueza natural e por ser o lar de incontáveis espécies e ecossistemas (...).
Semelhante riqueza nos exige uma responsabilidade frente a nossos compatriotas
e também frente ao mundo, e nos impõe desafios comuns", disse.
O
encontro, que começou hoje em Bogotá e prossegue até o próximo dia 8 de março,
tem 170 convidados de 19 países, entre eles altos funcionários da Costa Rica,
Honduras, Nicarágua, República Dominicana e Colômbia. (ebc)
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