Usinas Solares: do protagonismo chinês às iniciativas que
começam a se destacar timidamente na matriz nacional brasileira.
A energia
solar fotovoltaica se projeta de forma gradativa no mundo, desde os anos 2000.
No contexto das implementações de usinas e fazendas solares (fontes
centralizadas), estão a China – ainda o maior poluidor do mundo, por causa do
carvão, e ao mesmo tempo o maior investidor em energia renovável -, o Japão, a
Alemanha e os EUA, com destaque ao estado da Califórnia, independente da atual
política ambiental retrógrada de Donald Trump e a Índia, entre outros países.
Apesar
dessa ordem no ranking se alterar continuamente nos últimos anos, à medida que
há novos empreendimentos, estas nações têm se destacado historicamente no
fomento desta matriz. Isso sem falar especificamente de energia fotovoltaica
produzida pelos próprios cidadãos (microgeração e minigeração distribuídas),
com os painéis solares residenciais e em condomínios, por meio de linhas de
incentivo. Um tema específico para outro artigo.
No país
asiático, o destaque é o Parque Solar de Longyangxia Dam (850 MW), com
capacidade para abastecer 200 mil famílias, onde antes ficava uma fazenda de
gado, que estava desmatada e está próximo a um complexo hidrelétrico de mesmo
nome, no Yellow River. O país tem uma meta ambiciosa de até 2020 produzir 110
GW de energia solar, atendendo principalmente os acordos internacionais do
clima para redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs).
Na Índia, a
Kamuthi Solar Power Project apresenta 648 MW de capacidade de geração. Com
capacidade de 70 MW, a Kagoshima Nanatsujima Mega Solar Power Plant, no Japão,
é capaz de abastecer 22 mil residenciais. Na Baviera, Alemanha, usina na cidade
de Hemau pode atender 4.600 habitantes.
Na
Califórnia, EUA, se encontram em funcionamento também algumas das maiores
instalações solares no planeta: a Solar Star (capacidade de 579 megawatts), a
Topaz Solar Farm (550 MW), a Desert Sunlight Solar Farm (550 MW), estas capazes
de abastecer 160 mil residências cada e a Ivanpah Solar Electric Generating
System.
Brasil
a passos lentos
O
Brasil, ainda lanterninha neste modelo de fonte começa a apresentar algumas
novidades, que podem modificar este cenário nos próximos anos. Comparativamente
aos outros países, que têm políticas mais incisivas quanto à matriz solar, não
aproveita o potencial, com altas taxas de irradiação durante todo ano (em
especial em Minas Gerais, Goiás, Tocantins e estados do Nordeste) e de recursos
minerais de quartzo (para produção do silício para a confecção dos painéis).
Placas
fotovoltaicas geram energia em Ribeira do Piauí.
No final de
2017, no estado do Piauí, começou a operar o Parque Solar Nova Olinda, com
capacidade de 292 MW e atendimento a 300 mil famílias, considerada o maior da
América Latina, e o Parque Solar Ituverava, na Bahia (254MW), sob gestão da
Enel Green Power Brasil.
De acordo
com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil, em 2016, possuía 81 MWp de
energia solar fotovoltaica instalados, correspondentes a 0,05% da capacidade
instalada total no país, sendo 24 MWp de geração centralizada e 57 MWp de
geração distribuída. (ecodebate)
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