Ceara recebe mais de R$ 878
mi em projetos de energia eólica.
Estado foi o segundo maior
beneficiado do País pelo banco no ano passado; recursos vêm de green bonds.
Dois parques eólicos
cearenses foram beneficiados pelo financiamento do Banco Nacional do
Desenvolvimento, com recurso obtido através de capital estrangeiro, na listagem
de títulos na Bolsa Verde de Luxemburgo.
Reduto da geração de energias
limpas e renováveis, o Estado do Ceará foi o segundo maior beneficiado pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2017 em
financiamento de investimentos relacionados com projetos de energia eólica. A
instituição financeira captou US$ 1 bilhão no mercado internacional em green
bonds, isto é, títulos de investimento voltados para projetos ambientalmente
responsáveis, e aportou R$ 878,062 milhões em dois parques no Ceará.
Ontem,
o BNDES divulgou pela primeira vez o Relatório Anual Green Bond, que mostra
detalhes sobre os resultados da listagem de títulos verdes na Bolsa Verde de
Luxemburgo. A instituição foi o primeiro banco brasileiro a emitir green bonds.
"Esses títulos promovem
a reputação do BNDES no apoio à geração de energia renovável. Também consolidam
a presença internacional do Banco e oferecem uma série de vantagens, tais como
reforçar a prioridade atribuída à sustentabilidade socioambiental; divulgar as
melhores práticas de gestão social e ambiental; e incentivar o acesso de outros
emissores brasileiros ao mercado de green bonds", afirmou o banco, na
publicação.
Divisão
Para o Ceará, foram
destinados R$ 652,522 milhões para a usina Rio Energy 1, em Itarema e outros R$
225,540 milhões para o complexo Servtec 2 (Bons Ventos da Serra 2), localizado
nos municípios de Ubajara e Ibiapina. Na primeira, que tem capacidade instalada
de 207MW, houve redução de 66.248 toneladas deCO2 Eq ao ano. Na
segunda, que ainda está em fase final de implantação e deverá operar neste ano,
a capacidade de geração instalada é de 86,1 MW, e a redução prevista é de
23.292 toneladas de CO2Eq ao ano.
Segundo o BNDES, os recursos
líquidos da emissão e venda dos green bonds totalizaram US$ 993.901.395 após a
dedução das despesas da oferta, o correspondente a R$ 3.166.271.674.
"Os recursos foram
totalmente lastreados em oito projetos de geração de energia eólica que
totalizam 1.323 MW de capacidade instalada, o que corresponde a uma projeção de
421.608 toneladas de CO2 equivalente evitadas ao ano".
O título emitido pelo BNDES
no mercado internacional expira em 2024 e tem um cupom de 4,75% ao ano.
Capacidade
O secretário-adjunto de
Energia da Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), Adão
Linhares, exaltou a capacidade do Ceará no cenário de geração de energia limpa,
que culminou na visibilidade para investimentos no setor. "Isso é o
resultado não somente do posicionamento do Estado do Ceará como um estado com
condições de investimento em energia eólica confiáveis, do ponto de vista de
ventos, logística, de atração de investimentos no estado, mas também da
iniciativa privada. Tem muito da atuação do Estado na atração desses
investimentos para cá. A situação de gargalos de linha de transmissão está
deixando de existir, prova foi o resultado do leilão em abril".
Na
opinião de Linhares, a posição de destaque do Ceará acaba influenciando
positivamente inclusive na captação de recursos por parte de estados vizinhos,
como Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte. "Como potencial de geração
de energia eólica no Ceará está se descobrindo mais agora o Interior. O Ceará é
campeão em termos de potencial de geração. Tanto é de potencial bom que beneficia
até os estados vizinhos, próximos às chapadas do Araripe, do Apodi e da
Ibiapaba", apontou. (diariodonordeste)
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