Investir em
tecnologia de baixo carbono agora economizará dinheiro no futuro.
Esperando por uma ‘tecnologia
unicórnio’ que fornece energia verde a baixo custo? Isto pode ser mais caro do
que adotar tecnologias de baixo carbono agora.
Pesquisadores do Imperial
College London dizem que, se a Grã-Bretanha investisse mais nas tecnologias de
energia de baixo carbono de hoje, economizaria mais dinheiro em longo prazo do
que esperar por uma tecnologia futura e mítica que talvez nunca se materialize.
Em um estudo publicado na
Nature Energy, eles dizem que usar tecnologias existentes agora, mesmo
imperfeitas, poderia economizar 61 por cento dos custos futuros.
Tecnologias de energia
renovável, como painéis solares e parques eólicos, estão crescendo em uso. Eles
são uma parte fundamental dos planos para atingir as metas climáticas até 2050
e até agora se beneficiaram de um apoio substancial para ajudar na sua
implantação.
No entanto, a energia
produzida usando outras tecnologias de baixo teor de carbono atualmente custa
mais para produzir do que as fontes tradicionais de combustíveis fósseis. Estes
incluem captura e armazenamento de carbono (CCS), que remove o dióxido de
carbono das emissões das usinas de combustíveis fósseis. Como resultado,
aqueles que planejam novos sistemas de energia frequentemente citam o custo
dessas tecnologias como uma razão contra uma maior adoção e investimento nelas.
Pesquisadores temem que, ao
planejar o futuro, alguns tomadores de decisão prefiram esperar por uma
‘tecnologia unicórnio’ que gera eletricidade a zero emissão de carbono, baixo
custo e alta flexibilidade, em vez de investir em tecnologias atuais
imperfeitas.
Para descobrir o impacto
dessa estratégia, pesquisadores do Centro de Política Ambiental e do
Departamento de Engenharia Química da Imperial modelaram uma série de cenários
futuros entre dois extremos. O chamado “Agora” seria a opção de investimentos
em tecnologias renováveis atualmente viáveis. A ‘Espera’ seria a opção defende
que as tecnologias energéticas de baixo carbono, mais baratas e mais avançadas,
eventualmente venham a existir, justificando a espera.
A equipe modelou a expansão
da rede elétrica da Grã-Bretanha sob esses cenários, incluindo o investimento
do governo em tecnologias como sequestro de carbono e energia nuclear, para o
surgimento de uma tecnologia inovadora de unicórnio e sua absorção imediata.
Eles descobriram que,
independentemente do ‘unicórnio’ se materializar ou não, atrasar o investimento
nas tecnologias de hoje pode ter grandes implicações no custo e nas emissões.
Por exemplo, esperar por uma tecnologia que não se materializa aumentaria os
custos em 61% sobre a implantação de tecnologias existentes agora.
Tecnologias de energia limpa
reduzem emissão de poluentes, mas ampliam uso de metais.
Mesmo que um ‘unicórnio’ se
materialize, a espera ainda aumentaria os custos, porque muita infraestrutura
de combustível fóssil ainda seria construída, mas não mais usada. Por exemplo,
poderiam ser construídas novas usinas de gás natural e oleodutos que
simplesmente não seriam usados quando a nova tecnologia surgisse, significando
que o custo de construí-los seria desperdiçado. (ecodebate)
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