Em tempos de inverno seco e
chuvas ocasionais fracas nas regiões Sul e Sudeste do país, geração recorde da
binacional contribui para segurança energética do país.
Após bater os recordes de
produtividade e eficiência mensal em julho, a usina de Itaipu ultrapassou no
sábado, 17 de agosto, a marca dos 50 milhões MWh acumulados no ano, volume que
nenhuma outra geradora de energia no Brasil conseguirá atingir neste ano. O
valor é bastante significativo dentro dos 35 anos de operação da hidrelétrica,
na medida em que o cenário hídrico nacional tem passado por um momento nada
favorável em relação a produção de energia.
O inverno costuma ser um
período seco nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e as chuvas ocasionais, que
sempre ocorrem junto com as frentes frias, têm sido fracas. Com isso, o
armazenamento de água para geração de energia também está abaixo da média, o
que levou a Aneel a acionar a bandeira vermelha em agosto. No entanto não há
risco de faltar energia elétrica no país, porque a produção das termoelétricas
e das eólicas, na região Nordeste, tem compensado essa redução da geração das
UHEs. Não fosse a boa produção de Itaipu, a situação poderia estar pior. Quanto
mais a hidrelétrica produz, mais contribui para baixar a conta de luz do
consumidor.
Além dos contratos
Por obrigação contratual, a
usina precisa entregar 75 milhões de MWh por ano para a Eletrobras e para a
Ande, estatal paraguaia. Desde a década de 1990, a binacional tem entregado
muito mais que isso. Em 2016, produziu 103,1 milhões de MWh – maior produção
anual registrada no mundo por uma usina.
O diretor-geral brasileiro,
general Joaquim Silva e Luna, afirmou que a usina só tem conseguido obter bons
números na operação em um ano atípico especialmente pela excelência dos
equipamentos e o compromisso e capacidade técnica dos empregados brasileiros e
paraguaios, que não medem esforços para melhorar os índices da usina,
considerando todos os aspectos da geração. “É um time jogando junto e afiado
pelo melhor resultado”, comentou.
Usina de Itaipu chega aos 50
milhões de MWh.
O diretor técnico executivo
da binacional, o engenheiro Celso Torino, vai na mesma linha. “Esse resultado é
fruto de diversas variáveis, entre elas, o desempenho da usina e a dedicação
dos profissionais brasileiros e paraguaios.” No acumulado de todos os anos em
funcionamento, a hidrelétrica já produziu 2,6 bilhões de MWh, o suficiente para
suprir o planeta inteiro por 41 dias. (canalenergia)
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