Painéis solares em terras agrícolas poderiam atender
demanda energética mundial.
Com condições climáticas favoráveis, apenas 1%
dessas terras seria o suficiente para atender demanda mundial, segundo estudo.
Universidade
Estadual de Oregon
Um
estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos
Estados Unidos, mostrou que painéis solares em apenas 1% das terras agrícolas
do mundo poderiam atender toda a demanda elétrica mundiais.
Utilizando
um painel solar de silício (o mesmo encontrado em kit de energia solar
residencial) instalado em terras agrícolas da universidade, o time da Faculdade
de Ciências Agrária coletou dados de geração a cada 15 minutos, durante todo o
ano.
Esses
dados foram sincronizados com as informações de microclima coletadas por um
sensor instalado junto ao painel, que registrava dados como a temperatura média
do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, direção do vento, umidade
do solo e energia solar recebida.
Os
resultados mostraram que a eficiência do painel solar aumentou em temperaturas
mais baixas e diminuiu na ocorrência de calor ou umidade, sendo beneficiada
ainda pela ação dos ventos.
Com
base nesses dados, os pesquisadores criaram um modelo de eficiência
fotovoltaica baseado na temperatura do ar, velocidade do vento e umidade
relativa.
Painéis
solares na agricultura aumentam eficiência da terra em 60%.
Através
do uso de imagens de satélites, os pesquisadores então aplicaram o modelo em 17
tipos de terrenos diferentes, incluindo terras agrícolas, florestas mistas,
áreas urbanas e savanas.
O
resultado mostrou que áreas agrícolas são os locais mais produtivos para a
instalação de um painel solar, enquanto os ambientes com neve ou gelo se
mostraram os menos produtivos.
Utilizar
áreas de agricultura convencional em conjunto com a implantação de projetos
fotovoltaicos é uma prática comum em vários países, e a qual foi batizada de
“agrovoltaica”.
Para
determinar o potencial de sistemas “agrovoltaicos” como geradores elétricos
globais, os pesquisadores se basearam na demanda projetada pelo Banco Mundial.
O
estudo, publicado na revista Scientific Reports, abre discussão sobre a prática
atual, e muito comum, de se construir grandes usinas solares em desertos ou
regiões áridas.
A
energia solar é a fonte de energia que mais cresce no mundo hoje, e pode se
tornar a maior fonte de eletricidade do mundo até 2050, segundo a Agência
Internacional de Energia. (ecodebate)
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